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JASMINE FREIRE

Ao meio dia almoçamos e quando o relógio marcou uma hora, nos despedimos com foco em ir para o mercado. Ben estava animado e dava até uns pulinhos.

O carrinho de compras deslizava sobre o piso, meu irmão ia colocando o que era necessário. Em um certo momento, enquanto ia colocando os pacotes de cereais, falou algo que me fez sentir mais saudades ainda das pessoas citadas por ele.

— É uma pena o Fred e a tia Marina não vir esse ano... Por que será que não vieram com a Margarida?

— Eu também não sei...

— Eu estou morrendo de saudade dos dois... — o puxei dando um beijo em sua cabeça.

— Eu também meu amor, eu também...

Com as alças das sacolas em mãos caminhamos em direção ao ponto que passou o carro. O relógio em meu pulso destacava o horário de meio dia e meio. É, demoraríamos.

Chegando em casa soltei um suspiro enquanto Benjamin corria em direção a porta com às chaves da mesma em mãos. Como fizemos uma compra grande trouxemos apenas o que aguentamos em mãos, a outra parte seria levada por um dos funcionários do mercado para nossa casa. Terminando de abrir todo o ambiente e com o sangue frio em nossos corpos o chamei para lavarmos às mãos. Como ele foi o primeiro, me deixou só enquanto eu secava para ir organizar os produtos. Antes de sair pedi para que tomasse cuidado.

De roupa trocada fui até a cozinha, meu irmão já não estava mais pois foi pôr às vestimentas de sempre. Surpreendi-me com o horário, não sabia que passou tão rápido.

Eu secava louça enquanto Ben terminava de comer seus cereais. O falar de alguém espantando às galinhas me deixou atenta. Será que um dos meu amigos veio e nem me consultou? São tantos que me ajudam que chego até ficar sem saber a quantidade certa — agradeço ao Sr.Joan por isso.

Pedi licença para Ben enquanto levava uma de minhas mãos até o chapéu preso no prego da parede. O pus em minha cabeça e sai pela sala pois minhas botas acabaram ficando na varanda. Com elas em meus pés desci às escadas dando a volta na moradia. Com passos rápidos fui até meu destino sentindo meu coração bater um pouco acelerado. Mesmo que tenha pessoas de confiança me ajudando na pequena fazenda é sempre bom verificar.

Hesitei ao reconhecer o homem que segura uns dos meus cordeirinhos.

— Fred... — murmurei num fio de voz. Os olhos castanhos se encontram com o meu e logo um sorriso se faz em seus lábios — FRED! — grito, corri em sua direção com uma alegria imensurável.

Me distanciei do homem a minha frente ainda com um sorriso. Ele estava tão sorridente e bonito — mais do que normal... A viagem o fez bem, disso eu tinha certeza.

— Como assim você está aqui?! Margarida me disse que não veio junto com ela...

— Não fique brava, está bem? Eu pedi para que fosse surpresa. — sorriu mostrando a beleza de sua covinha.

— E pelo visto vocês conseguiram me surpreender!

O grito de meu irmão me fez virar e logo o vimos correr em nossa direção numa velocidade que me fez rir. Agradeci mentalmente a Deus pela sombra da árvore a qual não deixava os raios solares queimarem nossas peles.

— FRED! — exclamou Ben, o abraço dos dois me fizeram sorrir mais ainda. Quando se afastaram Ben o olhou de forma interrogatória — A Margarida mentiu, então...

— Eu pedi para que ela fizesse isso.

— Hum, entendi. — cruzou os braços.

— Mas me contem, como vão a vida de vocês, a fazenda?

A Verdadeira Felicidade | Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora