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Ângelo Vitello

Deitado sobre a cama com uma de minhas mãos sobre a barriga, a outra em minha cabeça, e olhos fixos no teto, lembrei da mulher que vinha  mudando minha vida. Os seus olhos, a forma que falava, sua gargalhada e principalmente quando dizia sobre Jesus... Os pequenos momentos se me faziam sentir uma paz única. Eu não conseguia visualizar meu mundo sem a sua presença, o tanto que vinha me ajudando me trouxe uma segurança tão grande!

Com uma certa confusão em minha mente mas determinado, desci da cama e dobrei meus joelhos. Fechei meus olhos ligando minha consciência em um ser que, segundo Jasmine, me escutaria, só bastava chamá-lo...

Otto Vitello

Tudo a minha volta pareceu parar por um segundo.

— Como assim? Eu tenho que me casar com você? — Valentina diz com um fio de voz, incrédula.

— É, exatamente o que você ouviu — diz levantando-se da cadeira — Assim, a nossa aliança se tornará forte não só por me casar com um dos Vitello, mas também ter o direito de carregar como um dos meus sobrenomes.

— NEM EM OUTRA VIDA ISSO ACONTECERÁ! — gritou Patrick — A MINHA PRIMA NUNCA IRÁ SE CASAR COM VOCÊ!

— Hum, péssima resposta.

Dois seguranças ficaram atentos e próximos a porta

— Mas é isso que você tem como uma! — confirmou Edgar, pondo-se de pé. Valentina permaneceu estática, em outro mundo...

— Bom sendo assim...

— Espera! — gritou a mulher, ficamos calados. Seu primo tocou em seu braço.

— Valentina, não!

— Me deixe, Patrick...

— Filha, vamos embora — pedi, a mulher deu de ombros focando sua atenção no “inimigo”.

— Me dê alguns dias e voltarei aqui com sua resposta.

— VALENTINA! — eu, meu sobrinho e seu pai gritamos ao mesmo tempo.

— Me deixem! Eu decido.

— Muito bem, escutaram? — meu sangue corria tão rápido em meu corpo que me senti em puro êxtase.

— Filha, não... — tentei falar mas ela me tratou com indiferença.

— Vamos para casa... — a mulher saiu deixando-nos para trás.

— SE ACHA QUE VAI CASAR COM A MINHA PRIMA, ESTÁ MUITO ENGANADO! — Patrick voltou a gritar, os dois homens enfardados o pegou pelos braços impedindo seu avanço — ME SOLTEM!

— Os soltem, está tudo bem. Não tenho mais nada para dizer, o que tenho somente eu e Valentina conversaremos. Se me dão licença, tem pessoas esperando por minha presença...

Sem dizer mais nada, olhei para Edgar, no fundo desejei que tivesse o mesmo temperamento do filho e o agredisse, porém, observar era o que fazia de melhor. Deixamos a sala e assim que saimos, vimos as mulheres, Valentina estava calada e a mãe tentava fazer com que dissesse alguma coisa.

— Meu amor, o que aconteceu dentro daquela sala? — questiona quando estamos próximo.

— A idiota da Valentina quase que aceitou se casar com o babaca do Aaron! — responde Patrick.

— O que?! Minha filha — a tocou

— Mas foi por pouco...

— Cale a boca Patrick! Eu faço da minha vida e tomo as decisões que bem entendo! — reagiu.

A Verdadeira Felicidade | Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora