ARIZONA
- Você 'tá me dizendo que transou com Gabriel gostoso Barbosa?! - Simone quase grita, quase não, ela realmente gritou dentro do meu escritório.
- Para de gritar. - Falei focada na tela do computador. - Não sei nem, porque te falei.
- Porque você está doida para desabafar com alguém o tanto que ele é gostoso e...
- E mais nada. - Levantei saindo de trás da minha mesa e a encaro. - Só estou falando que nas últimas duas semanas só sai notícia dele com a namorada. - Cruzei os braços. - Só estou me sentindo mal por participar dessa traição toda que ele fez.
- Mas em sua defesa você não sabia. - Ela pareceu me entender. - Sei que deve estar se sentindo culpada, mas pensa pelo lado bom... - Deu um tapinha no meu ombro antes de dar um sorriso malicioso. — ... Pelo menos você deu chá nele bem-dado.
- Não dá para conversar com você na seriedade. - Falei bufando voltando para minha poltrona.
- Mas é verdade, ué. - Se sentou na poltrona na frente de minha mesa. - Agora de verdade, ninguém ficou sabendo de vocês dois. - Isso é. - E você é séria demais. - Me crítica ainda. A olho com cara de tédio por alguns segundo e mudo de assunto.
- Menos mal. — Suspirei. - Mudando de assunto, por que está aqui? - A mulher é lá de Angra, que porra tá fazendo aqui?
- Que isso, não posso visitar minha amiga na minha folga? - Deu ênfase no ''minha'' duas vezes na medida que cruzava os braços.
- Pode fazer o que quiser. - Levantei as mãos em rendição.
- Então podemos comer? - Disse esfregando a barriga.
- Não acabamos de comer polvilho? - Sou viciada nesse biscoitinho, na verdade, ultimamente eu estou viciada, nunca comi tanto.
- Aquele isopor que você chama de '' oitava maravilha do mundo '' não sustenta nada. - Faço uma cara para de ela de indignação. Ela debochou do meu biscoitinho.
- Então por que comeu? Deixava tudo para mim. - Digo revoltada, levantando e indo para a saída do escritório, sendo seguida por ela.
- Eu hein. - Ela nem tinha argumento. Chegamos no salão, que estava bastante cheio no horário de pico. - Espera aí, aquele não é o nosso assunto entrando naquela porta? - Me parou apontando para a porta.
- Pelo visto. - Murmurei no tédio. - Pega uma mesa, eu vou ir para cozinha e trago nossa comida. - Deixo ela e sigo para a cozinha, de onde aquela maluca me tirou. Começo a preparar nosso risoto. A cozinha estava particularmente impecável hoje, que orgulho.
- Ari, um homem pediu para explicar o cardápio, aparentemente ele não entende. - Bufo revirando os olhos, antes de sair da cozinha pronta para tentar não ser grossa com um cliente, mas desisto disso quando vejo quem é.
- Oi, chefa gata, gata chefa. - Ele diz todo debochado. Mas é chato, puta merda. Testa minha paciência.
- O que foi, jogador? - Falei meio rude, levemente. Tão tedioso. O que ele quer? Sei que ele não veio almoçar como uma pessoa normal.
- É assim que trata seus clientes? - Falou com falsa indignação. - Que horrível. - Olho mais séria para ele esperando que ele fale.
- Creio que não veio me dar seu dinheiro por um almoço. - Cruzei os braços assistindo deixar o cardápio sob a mesa. - Desembucha.
- Quero conversar. - Levantou ficando em minha frente. Ele pouquíssima coisa maior que eu. Tipo, eu estava na altura de seu peitoral, como eu disse, pouquíssima coisa.
- Sobre? - Franzi a testa. Realmente não sei o que ele teria que falar.
- Quer conversar sobre a nossa intimidade aqui? - Quase ri quando ele falou '' nossa '', que intimidade tenho com ele? Não é como se fossemos casados e tomassemos banho juntos.
- Que intimidade, garoto? - Pensava que ele fosse mais foda-se para o que os outros pensam. Ele fez uma cara e realmente, não podemos conversar aqui, estamos no meio do salão. Pode atrapalhar os clientes. - Me segue logo. - Falei quase bufando pelas ventas. Não sei nem o que é ventas. Cheguei perto do balcão que faz a divisa para a cozinha. - Simon, fica na contenção e manda um risoto para a 34.
- Sí, chefe. - Concordou tomando a frente da cozinha. Assim, segui caminho.
- Você fica bonita mandando nos outros. - Comentou atrás de mim, enquanto subíamos as escadas.
- Aham, aproveita e para de olhar minha bunda. - É fácil sentir a sensação de ser observada.
- Tem olhos na bunda? - Questionou indignado. Abri a porta do escritório e entrei ouvindo-o fechá-la.
- Não, mas você acabou de confirmar. - Apoiei o quadril na mesa, cruzando os braços e o encarei. - Agora, me diga. - Ele demora me olhar, está entretido demais com tudo ao redor. Principalmente pela grande janela de vidro que me dar uma maravilhosa visão do Rio.
- Tá, é... Transamos duas vezes. - Coçou a nuca. Ele trouxe uma novidade. Apenas o olhei esperando que continuasse. - E não usamos camisinha, queria saber se tem, possui, a possibilidade, probabilidade de estar grávida. - Seguro forte o riso. Ele estar praticamente branco. Percebo seu nevoso e sua seriedade, então irei livrá-lo desse peso na consciência.
- Vou ser sincera, jogador. - Ajeitei a postura, ficando de frente para o mesmo, que olhou nos meus olhos. - Eu não estou grávida. E saberia se tivesse. - Respirou aliviado.
- Tem certeza? Não vai vir do nada dizendo que estar grávida? - Ele está insinuando que eu poderia fazer o golpe da barriga, por acaso?
- 'Tá achando que sou quem? - Aumentei levemente o tom de voz. - Acha que sou essa Maria chuteira por acaso? Vai se ferrar.
- Não quis dizer... - Tentou explicar.
- Quis sim, você não me conhece, então não venha me acusar de ser interesseira. - Bufei voltando para minha mesa e me sentando na poltrona.
- Escuta, eu tenho que averiguar. - Que defesa é essa?
- É mais fácil você encapar a minhoca. - Tento não ri do que sua cara se tornou.
- O quê ? Minhoca?! - Se apoiou na mesa, se inclinando. - Deixa eu te mostrar a minhoca. - Disse sugestivo, mas puto enquanto se aproximava.
- Não, valeu. - Não vou ajudá-lo trair a namorada mais uma vez. Idiota. - Acho mais fácil você esquecer tudo que rolou e sumir daqui. - Falei mais calma.
- Ok, tudo bem. - Concordou conformado com minha resposta, Seguiu para a porta, mas voltou rapidamente. - Mas tem certeza mesmo?
- Sim. - Reviro os olhos respondendo, o vendo concordar e sair pela porta.
CONTINUA....
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VÁRIOS ENCONTROS - Gabriel Barbosa
FanfictionUma empresária e chefe de cozinha, dona de redes de restaurantes, boates e bares pela América do Sul, que se tornaram muito famosos pelos países, que acaba virando patrocinadora de um time de futebol do Rio de Janeiro ao realizar o sonho de seu avô...