Capítulo 28

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- Oi, Lindalva. - A cumprimento assim que entro no berçário. Fico um pouco surpresa de vê-la, que eu saiba era para ser o Gabriel.

- Oi, Ari. - Sorriu se levantando da poltrona. Parecia que tinha passado horas observando essa menininha. 

- Gabriel não devia estar aqui? - Perguntei com a sobrancelha arqueada. Ando até a incubadora para ver a pequena. 

- Devia. Dei um puxão de orelha, mas o menino saiu. - Disse ela ao dar um suspiro pesado.

- Sem querer ser grossa, mas ele não é mais menino. - Me virei para ela. - Se diz que é homem, então ele que aja como um. - Puxei uma cobertinha que estava amarrotada na poltrona e a dobrei. - Eu vim cuidar dela, não para cuidar de outro bebê. Estou cansando. Já é uma semana que ele está agindo igual criança.

GABRIEL

- Sabe, Gabs. Eu jurava que você estava com a irmã do Ney. - Disse uma loira com uma voz forçadamente sexy. Apoiada no balcão da área vip que aluguei, fazia que seus seios quase saltassem do seu vestido.

- É, nunca estive. - Bebi meu uísque antes de ir para o seu lado. - Não quero falar sobre isso. - A puxei para mais perto pela cintura. Já ela, abraçou meu pescoço. 

- É, temos algo mais interessante não, é? - Questiona aproximando sua boca da minha. Com um beijo lento, vamos seguindo para o sofá atrás de nós.   

    Sentada no meu colo, ela vem reborando lentamente. Minhas mãos passeavam da sua cintura para suas costas procurando desamarrar o pedaço de pano que cobria seus seios. Ao tirá-lo, jogo bem longe antes de começar a descer os beijos pelo pescoço dela. A deito no sofá a beijando enquanto simulava estocadas. Minha calça estava mais apertada do que o normal. Ela tira minha camisa e começo a descer os beijos até o cós de sua saia. Com pressa vou tirando tudo o que vinha pela frente, também a minha calça e cueca antes de pegar uma camisinha.... 

ARIZONA

- Desculpe o atraso. - Escuto o menininho entrado de mancinho no berçário. Estou a madrugada inteira aqui. Cheguei às 22h para render a Lindalva, agora são 6h. 

- Me espera lá fora. - Digo antes mesmo que ele entrasse por inteiro. Ele franze a testa, mas faz o que mandei. Levantei que coloquei a pequena na incubadora. Era a sexta vez que chorou. Deixei ela bonitinha e fui para o corredor onde se encontrava um Gabriel em um estado deplorável. - Você não se atrasou não, você não veio. Não veio fazer a sua obrigação.

- Eu estava ocupado, Arizona. - Disse meio arrastado. Ri desacreditada.

- Ocupado? Bebendo? - Digo sentindo um cheiro forte de longe. - Transando por ai? Tenho mais dois filhos, que eu tenho que cuidar. Acho melhor você fazer a sua parte. 

- Transei com ninguém. - Se aproximou de mim. Claramente transou. Idiota. E ainda está bêbado.

 - Se fosse vir bêbado e cheirando a bebida, nem precisava pisar aqui. - Sou ríspida.

- Ela é minha filha, tenho que vê-la. - Rio irônica. 

- Que estranho, você é pai e não está agindo como um. - Me aproximei dele. - Qual é, Gabriel, estamos nessa há um semana. Não seja um moleque. - Bato em seu peito.

- Ari, deixa eu passar. - Pediu com a voz embargada. 

- Não, não dou passo livre para homem bêbado. - Impeço que ele passe por mim. - Está achando que é Neymar para fazer merda sabendo que todos vão passar a mão na cabeça dele? Se eu fosse você não me afundava nisso não. Agora faz o favor, vai embora. Se recomponha e só volta aqui como homem e não como um moleque. Ninguém aqui precisa de moleque que não leva a sério a nada. - Ele apenas assentiu em silêncio. Mas antes que ele tomasse a decisão de ir embora, Fabinho apareceu atrás dele.

- Cara, eu estava te procurando há séculos. - Fabinho vem afobado, recuperando o fôlego antes de acenar para mim. Com a testa minando água. Parecia que estava correndo uma maratona. - Você não pode vim ao hospital nesse estado, cara. Vamos embora. - Fabinho puxou o Gabriel pelos ombros até assumir pelos corredores.

  GABRIEL

- O que que você fez, irmão? - Fabinho me perguntou bolado. Ele estava revoltado por eu estar no estado que eu não sabia que eu me encontrava no hospital. 

- Ela disse que eu não podia ver minha filha desse jeito. - Digo de uma forma que a língua quase embolava dentro da boca.

- De que jeito? Todo cagado? - Disse dirigindo. Apenas fiz uma careta jogando minha cabeça no encosto do banco  do carro. - Porque está tão acabado assim? Não estava desse jeito depois de ter voltado da área vip.

- Broxei pela sexta vez. - Revelei sem nem pensar. Não demorou para ele começar a rir de mim. - Isso não tem graça.- Resmungo igual criança.

- Vou te falar uma coisa. - Olhei para ele com expectativa esperando. - Bem feito. Eu e seu pau achamos que você não merecia dar uma bimbada.

- Quem fala bimbada? - Perguntei confuso.

- Não vou te dar um sermão agora, pois sei que não vai se lembrar quando essa merda ai passar. Então, apenas me aguarde.

CONTINUA??

VÁRIOS ENCONTROS - Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora