Capitulo 5

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Midoryia View

  - Eu me sinto um idiota - falei dando uma olhada no salão de festas onde estavam comemorando a empresa do pai da [Nome] pelo vidro da porta da cozinha.

A equipe do bufê estava acendendo os candelabros e verificando as taças de cristal. Na imensa cozinha em que eu esperava, havia várias mesas postas com frutas bem lavadas e diferentes tipos de entradas. Eu não faço a mínima ideia do que eram feitas aquelas entradas e se tinham de ser servidas de alguma forma especial. Tudo o que pediam era simplesmente que as taças de champanhe não caíssem da bandeja.

Eu não estava conseguindo colocar as abotoaduras. A faixa do meu smoking alugado com ajuda da Uraraka e Jiro, não parava de cair, pois o velcro não estava funcionando direito. Um dos meus sapatos pretos e engraxados, um número menor que o meu, estava amarrado com cadarço verde improvisado.

- Eu não devia ter escutado Uraraka. - cochichei comigo mesmo. Mas logo pensei, ela é uma amiga de verdade, me ajudando a me aproximar da [Nome], nem que eu tenha que está trabalhando mas pelo menos vou ver-lá. Ochaco também estaria na festa, ela foi convidada pela [Nome], bem ela e Jiro foram convidadas. As outras meninas também foram, mas não poderiam vim por terem outros compromissos hoje.

- Não pareço um idiota. Estou com cara de idiota. - falei pegando uma bandeja de prata e a usando como espelho

- Você é um idiota! - Jiro falou entrando na cozinha com Uraraka.

Jiro pegou um espanador e colocou na cabeça de forma que as suas fibras parecessem cabelos longos que o dela.

-  Oh, Zuzu – disse tentando imitar o jeito que [Nome] fala. - Que legal que você pode me ajudar com isso.

-  Ah, gente. - Falei envergonhado

-  Oh, Zuzu, deixa essa bandeja para lá e vem dançar comigo – Jirou sorriu passando a mão nos cabelos de espanador.

  -  O cabelo dela não é assim.

-  Oh, Zuzu, papai não aceita o nosso amor. Vamos fugir e nos casar. - Uraraka seguiu as piadas da Jiro.

- Eu não quero me casar com ela! - a repreendi. - Eu..eu so quero que ela me note, quero que ela me veja com outros olhos.

- Cavalheiros - disse o chefe da cozinha ou melhor o mordomo da casa - Os convidados já chegaram e estão prontos para serem servidos. Meninas! Vou pedir para saiam, a cozinha não é lugar para damas.

- Boa sorte, Deku. - elas passaram por mim e correram para fora.

  Nos primeiros dez minutos, eu preocupei em observar os outros garçons trabalhando, tentando aprender a minha função. Sabia que mulheres gostam de um sorriso, e fazia uso disso, especialmente quando o caviar que estava servindo saiu voando, como se fosse um peixe desenvolvido, indo parar bem no colo de uma senhora.
Perambulei pelo imenso salão de festas, procurando por [Nome], sempre olhando enquanto os homens de ombros grande continuavam esvaziando minhas bandejas. Dois deles passaram por mim resmungando alguma coisa, mas eu nem tomei conhecimento. Meus pensamentos estava focado em [Nome]. E se ficasse cara a cara com ela, o que iria dizer? Aceita um croquete de lulas? Ou talvez posso sugerir algo mais extravagante.

Sim, isso iria impressioná-la.

Tinha prestado atenção nela desde o dia da admissão na U.A.. Não era só a sua beleza exótica, os seus pretos cabelos lisos longos que iam até o meio de suas coxas, com as pontas roxas escuro, e os seus olhos azuis como o céu, que faziam com que eu não conseguisse parar de olhar, desejando tocá-la. Era a maneira como ela parecia desprendida das coisas que interessavam às demais pessoas da escola, a maneira como prestava atenção na pessoa com quem estava conversando, sem ficar olhando para o lado para ver se tinha mais alguém por ali; a maneira como se vestia diferente de todo mundo. Um dia, fiquei parado na porta da sala de treinamento, maravilhado com suas habilidades. É claro que ela nem percebeu minha presença.

Ruínas - Imagine Izuku Midoriya (BNHA)Onde histórias criam vida. Descubra agora