Capitulo 10

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Fazia uma semana que havíamos trocado nosso primeiro beijo, trêmulo. Toda noite, ao dormir, sonhava com aquele beijo, e todos os outros que vieram em seguida. Naquele mesmo dia, Izuku se declarou. Com toda a sua timidez, o que deixou tudo mais fofo.

- Você ganhou! - Izuku disse. Estávamos sentados no chão da sala de jogos da minha casa. - Das três partidas que jogamos, você ganhou duas. - minha vó parou de ler seu livro, nos olhou e riu.

- Eu sou boa! E por pouco, eu não ganhava as três. - me gabei. Izuku deitou no chão e resmungou.

- Ela sempre jogou esse jogo com o Kurono. Por isso que ela é boa. - minha vó falou fechando o livro. - Acho que é ritual.

- Ritual? - Zombei confusa.

- Sim, sua mãe acostumava jogar com Kurono. E ele jogava com você, e agora, você joga com Izuku.

- Uhm...

- Ah, o que aconteceu com ela? - Midoriya perguntou minha vó. Eu virei meu rosto para o outro lado.

- Hinata estava no prédio, quando tudo aconteceu... ela estava no quinto andar. Foi tudo muito rápido... o prédio desmoronou em cima dela.

Eu me levantei e observava o lado de fora da casa.

- Ninguém foi salvá-la. - eu sussurrei. - All might foi o responsável pelo desmoronamento do prédio. Ele não foi salvar ninguém daquele prédio...

- Isso é impossível... - Izuku levantou e me olhou. - All Might foi o número 1. Ele ajudou tanta gente!

- Mas muitas coisas que ele fez teve destruição na cidade! E essas destruições mataram muita gente! - Eu olhei para ele, com raiva.

- Você sofreu muito, por isso não a culpo por acreditar que isso foi culpa dele - Izuku falou.

- Você não me culpa? Você não me culpa? O que você quer dizer com isso? - mas eu sabia exatamente o que ele queria dizer. Para ele, All Might foi o maior herói de todos os tempos.

Me deu um abraço bem apertado.

- Não posso acreditar, [Nome]. All Might me ajudou muito com a minha individualidade, eu sou muito grato a ele.

- Eu não. - Me afastei dele.

Ele pôde ver a amargura em meus olhos. Foi aí que começamos a brigar. Eu percebi, pela primeira vez, que quanto mais você ama, mais você se magoa. E o que era pior, você magoa a pessoa que ama assim como a você mesma. O amor era doloroso.
Depois que ele foi embora, eu passei a manhã toda chorando. Minha vó falou que eu agi errado, e que deveria me desculpa por força-lo a parar de gosta do All Might, porque apesar de tudo, tínhamos experiências diferentes pela mesmos pessoa. Ele não retornou as minhas ligações naquela tarde. Mas voltou à noite, com 8 lírios vermelhos.

- Um para cada ano que você passou sem sua mãe. - ele disse. Nos dos nos desculpamos pelas coisas ditas mais cedo, fomos insensíveis. Passamos horas abraçados vendo qualquer filme que estava passando na TV.

(...)

- [Nome], [Nome]! Você ouviu? - Hagakure me chamou. - Nos vamos para um passeio.

- Ah, é? - Tombei minha cabeça para direita. - Que demais!

- Você é péssima em fingir empolgação. - Jiro falou me cutucando.

- Odeio sair de casa.

- Ah, mas para sair com o Izuku você vai né! - Ochaco falou sarcástica.

- Prioridade. - dei língua para ela.

- Mas como ela é danada! - Ela falou rindo.

- Você ouviu!? - Izuku vem correndo e minha direção. - A gente vai ter um passeio! Que legal!

- Pelo menos alguém está animado. - Jiro riu da empolgação dele.

- Estamos falando disso agora. - Apontei para as meninas. Ele apenas concordou animado.

- Está pronta? - ele me perguntou.

- Você não vai embora com a gente hoje? - Mina perguntou.

- Hoje não! Eu vou com o Izuku. - Disse pegando a mão esquerda dele. - Tchau, meninas

Hoje iríamos estudar na casa dele, minha vó tinha me mandado mensagem dizendo que meu pai estaria em casa, então, resolvi ir para casa do Izuku. Mesmo que estejamos juntos, não queria que meu pai soubesse que eu estava com um menino que sonha em ser um herói.

(...)

Já tinha terminado a minha tarefa. Izuku ainda estava fazendo a dele, me pediu para não ajudá-lo na últimas 3 perguntas. Então, resolvi andar pelo quarto dele, vendo os post do All Might e seus bonecos. Peguei um boneco, e o olhei bem. Izuku era fanático pelo All Might e eu o odiava com todas as minhas forças. Balancei a cabeça negativamente e botei o boneco na estante.

- Eu estou ansioso para esse acampamento! - Izuku exclamou guardando o livro e vindo até mim.

- Vai ser interessante. - o abracei, colocando meus braços em volta do seu pescoço. As mãos dele foram de encontro a minha cintura. - Você é tão bonitinho.

- E você é maravilhosa. - ele me envolveu mais. - Eu adoro te beijar, me deixa tão feliz.

- Eu também! - sorrir para ele e o beijei. Foi um beijo calmo e cheio de afeto. Minha mãos passeavam pelos fios verdes de seu cabelo. Enquanto as dele me segurava forte na cintura. Eu mordi de leve seu lábio inferior e ele sorriu.

- Eu tenho tudo o que preciso e tudo o que quero bem aqui. Nos meus braços. - ele me olhou e sorriu. Deitei minha cabeça em seu peito. Parecia nada de mais, mas essas demonstrações de afeto me deixava feliz. Um dia eu teria coragem de desafiar meu pai a favor do Izuku. Na verdade, desafiar o mundo inteiro.

Ruínas - Imagine Izuku Midoriya (BNHA)Onde histórias criam vida. Descubra agora