Capitulo 43

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O Kurono tinha voltado com os pais da Kaori. Novamente, Izuku e meu pai estavam no escritório. Entrei com eles no quarto, onde tinha a máquina. Enquanto, ligava e arrumava os dados da máquina para que fosse para a outra realidade, Kurono ficou do lado de fora vigiando.

-  Está pronto? - Kurono perguntou, botando a cabeça para dentro do quarto.

- Quase. Essa porra é chata pra caralho de usar, okay! - murmurei. Olhei para o lado, e vi os pais da Kaori esperando pacientemente. - Me desculpe pelo palavrão.

- Esta tudo bem, querida. - a mãe dela fala. - Obrigada por trazer a nossa Kaori de volta.

Eu apenas sorrir fraco. Se não fosse a minha curiosidade, ela ainda estaria lá.

- Terminei. - falei. A máquina comecou a funcionar, agradeci mentalmente por ser silenciosa. Eles passaram pelo arco de metal. Antes que o Kurono fizesse o mesmo, eu o segurei pelo pulso. - Não demore muito. Eu não sei ao certo quantas horas lá são o sufiente para ser um dia aqui.

- Beleza. Não se preocupe, vou fazer tudo muito rápido. Já já estarei de volta.

- Quando voltar, só apertar esses botões e a primeira opção na tela é daqui. - Apontei para a tela. - Estarei aqui te esperando. Joga o outro Kurono primeiro, antes de você entrar.

Ele concordou e passou pelo arco, logo desaparecendo. 

Depois que sai do quarto, me sentir mais tensa que antes. Meu medo era de Kurono não conseguir voltar ou perde no mano a mano pro Kurono de lá. Ou até mesmo, de se perde no tempo quando ver nossa mãe.

Passei o dia todo no andar de baixo, mas especificamente perto do quarto. Atenta a qualquer barulho que possa sair de lá. Meu pai me perguntou diversas vezes onde Kurono estava, continuei a dizer que ele não tinha voltado do mini-passeio dele.

Já estava de noite, e o Kurono não tinha voltado. Tentei permanecer calma, ja que o tempo passa diferente nas duas realidades. Eu esperei Izuku e me pai dormirem, para fugir para o andar de baixo e esperar o Kurono. Fiquei na cozinha com um copo d'água na mão, já me preparando para qualquer desculpa, caso alguém aparecesse.

- Cade você, Kurono? - Perguntei olhando o relógio, que marcava 1h da manhã. Deixei o copo de lado, e andei até o quarto. Entrei no mesmo, e o tranquei. Liguei as luzes e fui ate a cadeira para me sentar. - Vou esperar aqui dentro, então.

Não demorou um segundo e a máquina começou a funcionar. Me levantei e esperei para ver quem sairia primeiro. Tinha que ter certeza que era o outro Kurono que iria sair primeiro. O primeiro a sai, parecia confuso e irritado. Com certeza era o da outra realidade. Usei minha individualidade para segurar suas mãos e calar sua boca.

- Está tudo bem. - sussurei para ele. Seus olhos estavam arregalados e confusos.

- Ai, ele é um pé no saco. - Kurono falou saindo do portal. Ele limpou o nariz com o dedão.

- Ha! Esse é você. - rir dele.

- Deve ser a pior versão de mim. - ele falou sarcástico. Ele parou e ficou cara a cara com o outro. - Criatura irritante.

- Okay, vamos acabar com isso logo. - o olhei sugestiva. Ele concordou com a cabeça.

- Deixa que eu faço.

- Não, pode deixar que eu faço. - falei.

- Não. - ele colocou a mao no meu ombro. - Eu faço.

Kurono nunca me deixou matar ninguém em todas as tarefas que o nosso pai mandava a gente fazer. Ele só me permitia torturar e limpar a bagunça depois dele ter os matado. Ou até mesmo, assistir ele matando, mas nunca me deixou tirar a vida de ninguém. Kosei e sua esposa foram os primeiros que eu matei, realmente. Preferi não contar a ele sobre o que eu fiz, nem a ninguém, na verdade.

- Pronto. - ele falou segurando o outro Kurono sem vida em suas mãos. Eu estava tão perdida em meus pensamentos que nem vi ele fazendo o trabalho sujo. Eu apenas estalei os dedos e ele virou pó. Ele passou a mão no cabelo e suspirou. - Uma etapa completa. Qual é a proxima?

- Por que você nunca me deixou matar alguém em nossas tarefas dadas pelo pai? - falei de repente. O vi me olhar surpreso pela pergunta repentina. - Você acha que eu não seria capaz de fazer isso?

- Não. - ele falou. Olhou rapidamente para o topo da minha cabeça e voltou a olhar nos olhos. - Não é isso. Eu acho que você é capaz de qualquer coisa. Mas se eu deixar você fazer isso... se eu permitir que você vá por esse caminho, eu sei que você nunca voltará.









Oi, meus cheiros! Mais um capítulo para vocês!
Como vocês estão!?
Eu estou bem graças a Deus!
Me digam o que estão achando? Me conte os pensamentos loucos de vocês.
Não esqueçam de votar pf❤️❤️❤️ love yalll

Ruínas - Imagine Izuku Midoriya (BNHA)Onde histórias criam vida. Descubra agora