Capitulo 26

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Ele ainda estava abraçado a mim. Ele cheirava o meu perfume e fazia cafuné em meu cabelo curto. Eu segurava seus ombros e me permitia sentir seu corpo no meu. 2 anos sem ele, 2 anos em um ambiente frio e estranho. Eu senti tanta falta dele, tanta falta do meu menino.

- Eu ainda não consigo me perdoar por ser fraco na época. - ele falou baixo. - Esse meu descuido me custou ficar sem você por 2 anos. Eu sofri tanto esses anos sem você... pensei que não ia ter fim...

Eu me mantive calada apenas ouvindo sua voz e sentido suas carícias. Logo ele se afastou e me beijou. Um beijo sedento de amor e saudade, faminto certamente. Minhas mãos foram de encontro ao seus cabelos e os puxei. Ele jogou a cabeça para trás, deixando seu pescoço exposto, aproveitei para beijar lo, mas logo voltei para seus lábios.

- Você não sabe o quanto que eu senti falta disso. - Ele falou em meio aos suspiros. Me pegou no colo e me sentou na mesa, se colocando entre minhas pernas. O clima estava quente, o escritório parecia menor que antes. Meu corpo tinha se esquecido como era ter o Izuku e sua excitação sob mim.

Tudo parou quando fomos pegos desprevenidos com um grito vindo do andar de cima. Foi algo de se surpreender já que a casa era enorme e quase não se ouvia nada por causa das paredes grossas. Olhei para Izuku confusa, mas logo eu percebi... Ela tinha acordado.

- Kaori! - falei e empurrei Izuku de cima de mim. Arrumei a roupa de meu corpo e segurei a mão de Izuku, o puxando para o andar de cima. Assim que chegamos no andar de cima, encontrei Kaori no final do corredor com Kirishima e Kaminari em sua frente. Kaminari tinha a mão esquerda na bochecha.

- Ei! - Chamei sua atenção. - Você lembra de mim, né? Sou eu, [Nome]. Ka! Sou eu!

- Mentira! A [Nome] é uma menininha de 9 anos de idade.

- Eu não sou mais aquela garotinha, Kaori. - um aperto surgiu em meu coração. - Eu cresci. Eu não tenho 9, eu tenho 17 anos agora. E o Kurono tem 27 anos... Você desapareceu a anos atrás, tecnicamente, 8 anos atrás. Eu te achei a alguns dias atrás... Olha, não se lembra desse corredor? Bem ali é o meu quarto, e ali o quarto do Kurono! Você lembra?

- Isso é mentira!! - ela falou deixando a guarda baixa.

- Se você acha que eu estou mentindo, usa a sua individualidade. Qual é a probabilidade do que eu estou dizendo agora seja verdade? - Kaori tinha a individualidade de ver e manipular a propriedade de algo.

- 100% - ela falou baixo e caiu de joelho. Izuku se mexeu e eu já sabia o que ele ia fazer, e o parei e corri até ela. Abracei forte.

- Está tudo bem.  - e olhei para os meninos que a olhavam com raiva e incompreensão. - O que vocês estão fazendo? Vamos! Tragam algo para ela comer!

- Beleza.

- Do que você se lembra? - perguntei assim que ouvir os passos diminuírem pelo corredor.

- Eu... eu me lembro de está em uma missão... em alto mar. - os olhos dela estão agitados. - Tinha muitas probabilidades para aquele dia... mas... mas tinha uma probabilidade que eu não conseguia mudar... e então... eu vi um barco vindo em nossa direção... estava apenas alguns metros do nosso barco e... então...eu acordei naquele quarto.

- Você tem uma grande parte em branco... - falei. A levante e a levei de volta para o quarto.

- Não, eu quero o quarto do Kurono. - concordei com a cabeça e a levei até lá. Ela sorriu. - Ah, ele não mudou nada.

- Não mesmo...

Ela andou pelo o quarto e parou em frente a um porta retrato. Ela suspirou triste.

- Ele não me esqueceu... todos esses anos. E ele ainda tem nossas fotos e presentes...

- Ele te ama de verdade. Não há ninguém além de você. Para ele, você é única. - me lembrei do Izuku, ele fez o mesmo. Me esperou por 2 anos.

- Ele sempre foi o cara certo, desde o momento que eu vi... não havia nenhuma probabilidade negativa com ele. Eu o chamava de menino positivo.

- Kurono tem um coração bom. Só foi criando na família errada...

- Você mudou... - Ela se virou para mim e riu. - Sempre dizia que nunca iria corta seus grandes cabelos negros e olha só, está acima do ombro.

- Não foi escolha minha. - sorri tristonha. - Mas eu sei, eu mudei... outra pessoa também mudou... e eu não sei se foi o certo.

- Entendo... me responde uma coisa, cadê o Kurono?

- Izuku falou que ele estava viajando.

- E sua vó? - realmente, estava a um dia aqui e não tinha visto minha vó ainda. Balancei a cabeça e uma expressão confusa surgiu.

- Eu..eu não sei. - mordi o lábio, ao percebe o quão idiota eu fui em não lembrar da minha vó. - Da licença, vou procurar por ela.

Sai do quarto e comecei a minha busca por toda a casa. Foi quando nos últimos degraus da escada que eu  vi Izuku. Ele estava conversando com um dos capangas do meu pai. Ele me olhou de relance e viu o meu desespero.

- O que houve? Ela te machucou? - ele me olhou de cima a baixo.

- Não! - Balancei a cabeça. - Izuku, onde está a vovó?

Percebi que seus músculos ficaram tensos, ele abaixou a cabeça evitando contato visual.

- [Nome], ah, sua vó... se suicidou, logo depois que tudo aconteceu...


Tranquei no ar e saí.

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( só estou postando frequente pq vou viajar em breve e sinto q n postarei por um tempo) luv yall

Ruínas - Imagine Izuku Midoriya (BNHA)Onde histórias criam vida. Descubra agora