Katsuki deu pequenos tapas em meu rosto na intenção de me acordar. Intenção essa que funcionou, olhei em volta e todos continuavam lá, devo ter apagado por alguns minutos ou talvez, segundos. Me levantei zonzo e vi um pano por cima do corpo dela. Balancei minha cabeça e me virei de costas.- Deku? - Ochaco me chamou.
- Agora não. - Falei frio. Me afastei deles, meu andar estava lento e afastado. Cambaleei algumas vez ao lembrar de toda a cena e ao lembrar que não a teria mais. Me sentei em uma escada e me permitir surtar de tristeza e ódio.
- D-desculpa a culpa é minha... Eu ainda não sou forte o suficiente pra proteger você... O seu mundo nos juntou... Eu te trouxe para o meu mundo e o meu mundo te tirou de mim. - Eu me odiava por não ter feito nada para salvá-la. Eu preciso fazer alguma coisa, tenho certeza que se fosse eu, ela se vingaria por mim. Eu preciso fazer algo...
(...)
- Izuku? - Kurono falou, sua voz está rouca e seu nariz vermelho. Sim, ele estava chorando.
- Oi...
- Entra... Eu não estou bem... - Ele virou de costas para mim e começou a andar pelo corredor enorme da casa. - Tenho certeza que você também não está bem e-
- Eu preciso fala com o seu pai. - O cortei. Ele parou e me olhou por cima dos ombros.
- Meu pai?
- Sim.
- Um momento.. vou ver se ele está...disponível. - ele saiu, me deixou esperando por alguns minutos, logo vi voltar e me chamar. Ele me conduziu para outro corredor, onde tinha apenas 2 portas. Escutei alguns gritos e coisas quebrando enquanto nos aproximávamos do quarto. Kurono abaixou a cabeça, possivelmente estava envergonhado por eu ouvir, mas eu entendo que ele está de luto.
- Senhor? - Bati na porta e o chamei. Logo o barulho parou e escutei um "entra". O escritório era enorme, as paredes e chão eram brancos e os móveis marrom escuro e preto.
- Me desculpa... - Ele murmurou.
- Está tudo bem... - eu peguei uma das cadeiras de couro e arrumei, me sentei e o vi de pé, arrumando o cabelo.
- O que eu posso te ajudar? Em nome da [Nome].
- Eu sei que vocês... não sou do lado do bem... Ela não era. E eu a tirei, a ensinei a andar como uma heroína, a agir como uma heroína... até disse para ela me amar como uma heroína. - respirei fundo e sentir o ódio em minha garganta. - Me amar como uma heroína, mas não mais. Eu não mais agirei como um herói...
Alguns dias antes...
- Você acha que isso vai da certo? - Shigaraki perguntou. Ele estava sentado em uma cadeira de couro preto de uma sala de reunião. A sala tinha as parede brancas e o chão de mármore acompanhava a cor.
- Seu mestre não quer o One for All? - o homem a sua frente perguntou. - Não vejo um outro jeito, ao invés de correr atrás, é melhor trazê-lo para a gente.
- E como faremos isso? - Shigaraki se inclina para a frente.
- Eu só preciso que você me emprestar 3 Nomus e o Twice. O resto eu faço... - ele sorriu malicioso. - Trato fechado?
- Fechado. - Ele se levanta e antes de sair da sala, ele se vira e pergunta. - O que vai fazer com ela? Onde vai colocá-la?
- Da minha filha, cuido eu.
(...)
Lá de cima, Kurono podia ver todos os heróis e os alunos. Viu sua irmã com uma menina, bem, uma menina criada pela individualidade do Twice. Seu coração batia forte no peito e as gotas de suor escorriam de sua testa. Parecia que nunca tinha feito algo errado na vida...
-Pai!?
- Ou você faz isso ou mato sua irmã de verdade. - o homem alertou Kurono.
Ele engoliu seco e focou no Endevor, o fazendo esquecer do Nomu a sua frente e focar na pobre menina que tinha escolhido ser herói. O homem fez um sinal para o Nomu se recolher. Kurono fez com que Endevor imagina um Nomu em [Nome], fez com que ele pensasse que ela fosse um monstro e atacasse até a morte.
- Quis brincar de herói, e assim que essa brincadeira acaba, [Nome]. - o homem falou vendo ela sendo brutalidade atacada pelos heróis e principalmente pelas chamas do Endevor.
O homem tomou um remédio que fez com que sua individualidade expandisse. Ele conseguiu parar o tempo do mundo todo. Mandou um de seus homens desce e pega [Nome], e colocar outra pessoa em seu lugar. Em um estalar de dedos tudo voltou ao normal, e a pessoa foi queimada viva em seu lugar. O homem viu de longe o desespero e a ruína de Izuku Midoriya... ele sorriu vitorioso.
(...)
- Você é realmente patética. - ele riu, vendo [Nome] jogada no canto uma cela, inconsciente. Ele havia criado esse lugar para deixar pessoas que um dia poderiam ser úteis a ele. - Pensou mesmo que poderia escolher seu próprio caminho? Não. Mas não se preocupe, sua falsa morte valerá a pena. - Ele riu com ironia e arrumo o terno em seu corpo.
- Senhor, temos que ir.
- Ah, claro. - ele passou a mão no cabelo os jogando para trás. E saiu da cela e andando pelo enorme corredor. - Que comece a revolução.
O fim de uma Era.
O começo de Ruínas...
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Ruínas - Imagine Izuku Midoriya (BNHA)
Action[Nome] é filha da um vilão. Enviada para U.A. para monitorar e estudar cada estudante que um dia deseja ser um herói. Mal ela sabia que iria se apaixonar pelo queridinho do Número 1, Izuku Midoriya. - ... Me ame como uma heroína. - Izuku me olhava...