Tirei minha blusa de manga cumprida preta, estava com uma regata roxa por de baixo. Por sorte, eu ja não tinha mais nenhum traço das roupas que estava vestindo alguns minutos atrás.
- Onde vai? - Kurono perguntou colocando as joias de minha mochila na dele.
- Eu tenho um lugar para ir. Alguém precisa de mim. - Antes de me virar e caminhar na direção contrária da dele. - Não pense em me seguir.
- Pra que? - ele colocou a mochila nas costas. - Não tenho nenhum interesse...
- Que bom. - me virei e comecei andar para longe.
- Mas você sabe.. Nosso pai não gostaria de saber que você e aquele heroizinho estão realmente juntos. É aquele que vive no apartam...
- Kurono..
- Meu pai me pediu para ficar de olho em você. Eu te seguir um dia e vi que você se encontravam com ele, o mesmo menino que foi garçom na festa. Eu pesquisei um pouco, mas eu não vou contar para o papai, você está feliz agora... Não vou tirar isso de você.
- Obrigada... eu te amo.
(...)
Izuku estava deitado em cima de mim. Demorou um pouco até ele se acalmar, ele estava bem agitado. Ele me contou tudo sobre o resgate e como foi ver a última luta de seu herói favorito. Ele não chorou nenhum segundo mas a tristeza e a agonia estava em seu rosto. Minha mão direita fazia cafuné em seus macios cachos verdes enquanto a outra, ele a segurava firme.
- Você está melhor? - Perguntei a ele.
- Um pouco. Obrigado. - Ele me deu um beijo em meu tórax. Olhei para a fresta da porta e estava tudo apagado, isso significa que a mãe de izuku estava dormindo. O relógio em sua mesa de estudos marcava 1h da manhã.
- Vai ficar tudo bem, Okay? - ele concordou com a cabeça. Logo largou minha mão e abraçou minha cintura com força.
Um carro passou na rua e as luzes dos faróis iluminaram pela fresta da janela o quarto de Izuku. Mostrando todos os posts e bonecos de ação do All Might, esse quarto era para ser meu maior ódio, já que a cara do homem que eu odeio está estampada a cada milímetro, mas me trazia paz. Devia ser por causa do Izuku, ele era paz. Meu corpo estava melhor, acho que foi por que vi All might em sua ruína. Ele deixou minha família em ruínas. Sorrir ao lembrar dele magro, mas logo uma dor se estalou em meu peito. Izuku não está bem, era o herói dele. Passei a mão direita em meu rosto e logo suspirei. O amor era isso, sentir a dor do outro sem precisar passar por lá.
Eu fiquei a noite toda com o Izuku, agarrados. Ele me emprestou uma blusa dele, que mais parecia um vestido em mim. Meu pai não se importava se seus filhos estavam em casa ao anoitecer ou não, ele sabia que podíamos nos cuidar sozinhos. O que importava para ele era só a excelência em missões. Me encontrava deitada ao lado de Izuku contando histórias de aventura que li em alguns livros, até que ele pegasse no sono em meus braços.
A manhã tinha chegado, e tinha dormido muito bem. Não sei se era pelo fato do All Might, ou por ter dormido agarrada com Izuku. Ele me envolvia bem firme, se rosto estava bem em minhas costas. Me afastei com cuidado para não acordar ele e sair de seu quarto deixando a porta entre aberta.
- Bom dia. - Falei baixinho para Inko, mãe de Izuku. Ela estava na cozinha fazendo algo para o café da manhã.
- Bom dia! - Ela sorriu feliz. - Obrigada! Ele estava devastado ontem. Obrigada por ajudá-lo!
- Não é nada. - Sorri sem graça. Olhei para Izuku através da fresta. - A senhora precisa de ajuda?
- Uhm? Não não querida. Eu prefiro que você fique lá com o Izuku. Além do mais, eu já estou acabando.
- Esta bem! - A olhei e fiz uma reverência. Eu estava com fome, por isso ofereci ajuda.
(...)
Depois do acontecido de ontem e do sequestro do Bakugou. Os professores resolveram fazer um dormitório para os alunos dentro da escola. Eles foram na casa de cada aluno, tentando convencer os pais de permitirem eles cuidar da gente. E é claro, não foi diferente na minha casa.
- Você vai querer ir para o dormitório? - minha vó perguntou, assim que os professores foram embora.
- Eu acho uma boa ideia. - Meu pai falou. - Você vai ter mais tempo com os projetos de heróis e consequentemente mais informações para mim.
- E consequentemente, não poderei participar de suas missões. - O respondi. - Terá toque de recolher. Estarei com heróis a minha volta... não poderei sair.
- Merda, tem isso também. - Kurono falou, ele estava sentado ao meu lado, todo jogando no sofá. - E se demos uma desculpa que nossa família sempre comemorar as conquistas da empresa.
- É uma boa, mas eles não acreditariam tão fácil assim. - Meu pai estava com a mão esquerda no queixo, enquanto andava de um lado para o outro.
- Então me tire das missões. - sugerir.
- Não. - Ele parou e me olhou. - Você não vai sair das missões. Não posso perde um bom soldado. Você não vai para o dormitório da U.A.
- Soldado? - O questionei. - Eu sou um soldado?
- Você me entendeu. - ele respirou fundo e veio até mim. - Minha filha, eu estou fazendo isso pelo seu bem. - Ele se agachou em minha frente e com sua mão esquerda tocou meu rosto. - Não quero que seja contaminada pelo falso heroísmo deles.
- Está bem. - Sussurrei e abaixei a cabeça. - Como queria.
- Senhor, está tudo pronto. - Um dos empregados do meu pai apareceu na sala. Meu pai concordou com a cabeça e se levantou.
- Onde vai? - Perguntei.
- Vou para os Estados Unidos por alguns dias, tenho negócios a resolver lá. - ele andou para fora da sala e logo depois escutei a porta principal ser fechada.
- Um tchau seria legal. - Kurono falou irônico o que me fez rir.
(...)
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Ruínas - Imagine Izuku Midoriya (BNHA)
Action[Nome] é filha da um vilão. Enviada para U.A. para monitorar e estudar cada estudante que um dia deseja ser um herói. Mal ela sabia que iria se apaixonar pelo queridinho do Número 1, Izuku Midoriya. - ... Me ame como uma heroína. - Izuku me olhava...