Capitulo 7

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- ...pela... nossa amizade.

É sério isso, Izuku? Mais que merda de desculpa! Se declara logo de uma vez, ela está bem aqui na sua frente.

- Ah - foi a única coisa que saiu de seus lábios.

- Por que? - a perguntei, será que ela sente o mesmo.

- Por nada.. - ela falou. Foi minha imaginação ou [Nome] corou um pouco? Definitivamente, sua boca tinha um tom de cor-de-rosa. Ela virou o rosto para outra direção, evitando contato visual. O cabelo dela esvoaçava por causa da corrente de vento deixada pela cortina aberta. Queria tocá-la. Queria tirar o cabelo dela do rosto e beijá-la.

- Você quer sobremesa? - ela me olhou novamente, e a cor rosada tinha desaparecido de seu rosto.

- Sim.. - falei bobo, pois com certeza a cor rosada estava em meu rosto.

(...)

Estava deitando em minha cama, relembrando de todas as vezes que fiz [Nome] sorrir essa noite. Ela tinha um sorriso radiante, iluminava tudo como os raios do sol.

Contei a mamãe sobre meu fracasso na festa como garçom, mas não houve fracasso em me aproximar da [Nome], graças a sua vó. Mamãe ficou bem feliz ao ver que eu tive progresso em minha missão, ela está preocupada por seu filho que sempre teve olhos para o All Might, agora tinha olhos para uma menina. Ela falou até que queria conhecer [Nome].

[Nome] POV

Já ia da 3 da manhã, o vento frio da madrugada batia em minha pele, o oitavo andar de um prédio qualquer em uma madrugada qualquer parecia bem convidativo. Adorava ver as coisas por esse ângulo, adora ficar longe de tudo e todos. Meu sono era inexistente, claro, as conversas e risadas que tive com Izuku mais cedo ainda percorriam por minha mente perturbada. Lembrando de algumas coisas me faziam rir novamente e me deixavam boba de lembrar do esverdeado.

Me encolhi, apoiando minhas mãos nos joelhos e minha cabeça sobre as mesma. Observava as estrelas que brilhavam no céu preto de Tokyo, e os olhos verdes escuros de Izuku veio em minha mente, os olhos dele brilhavam igual as estrelas.

- O que você está fazendo comigo, Izuku? - cochichei deitando minha cabeça sobre minhas mãos geladas. - Isso está certo? Somos de mundos diferentes.

(...)

Uma semana levou depois dessa aproximação na noite do jantar em minha casa. Sempre que via Izuku na escola, meu coração batia forte e as borboletas surgiam em meu estômago. Sempre me dava um sorriso que iluminava todo o meu ser, e eu o olhava boba. Mas sempre que as meninas estavam por perto eu mostrava indiferente a ele.

- [Nome]. - Escutei meu nome ser chamado. Me virei e vi Izuku.

- Sim? - voltei a atenção para minha mochila.

- Você..eu, ah... você gostaria de sair comigo hoje? - ele estava vermelho igual a um pimentão. E mesmo não fazendo um movimento estranho se quer meus olhos estavam arregalados.

- Está me chamando para um encontro? - tentei soa normal, fechei a mochila e me virei para ele.

- Ah, sim.. Quer dizer.. É saída de amigos.. - ele se embolou todo. - Ma..s está tudo.. Bem se não.. Quiser

- Que horas?

- Ahm? - ele pareceu surpreso. - Ah.. 7h ?

- Esta bem. - Tombei minha cabeça para o lado. - Eu te busco as 7h

- Não seria melhor eu-

- Não. Eu te busco. - Passei por ele e fui até a saída, onde todas as meninas estavam assistindo de camarote. - Foi vocês né ?

- O que aconteceu? - Mina fez cara de quem não estava entendendo nada. Eu a olhei com ironia.

- Ele me chamou pra sair hoje.

- Ele te chamou pra sair? - Uraraka fingiu falsa surpresa.

- Vocês são péssimas! - suspirei. - Vocês forçaram ele a fazer isso?

- Não, a gente ouvi ele falando com o Todoroki e Iida. - Momo levantou o indicador enquanto falava. - Nos só falamos que você pensou o mesmo.

- Eu o que??

- Cala a boca ele vai ouvir! - Uraraka tampa minha boca. - Você vai linda pro encontro e da uma chance para o nosso menino.

- Ou você acha que a gente não ver sua cara de trouxa olhando para ele? - Jirou falou com as mãos no bolso. Eu apenas a olho. Ochaco ainda tampava minha boca, usei minha individualidade para movê-la para longe de mim. Ela parou bem perto da Tsuyu

- Isso foi rude! - Ela faz um bico.

- A vida é rude! - Imitei o bico dela. - Vamos! Tenho que ir para casa.

Ruínas - Imagine Izuku Midoriya (BNHA)Onde histórias criam vida. Descubra agora