Ruínas - Imagine Izuku Midoriya (BNHA)

Capitulo 12

Depois de me desculpar com a turma toda pelo meu descuido, todos foram dispensados. Eu estava sentada na diretoria, com o diretor Nezu em minha frente. Professor Aizawa estava ao seu lado, em sua mão tinha um controle da televisão. Ele dava play e replay do vídeo da câmera de segurança do acampamento. Eu estava sentada na cadeira de cabeça baixa, enquanto meu dedo do meio e o dedão da mão direita massageava a raiz do meu nariz.

- ...Seu poder é intenso demais para você. - Professor Aizawa falou. - Você perdeu o controle e desintegrou metade do acampamento.

- Mas depois, eu os trouxe de volta. - parei meu ato e o olhei. - Minha mente estava cansada. Eu sei como me controlar.

- Quando entrou na escola, você disse que fazia coisas básicas com a mente. - Ele apontou para a TV. - Isso não é básico. Você tem poder pra destruir o país inteiro, ou até o mundo. Por que escondeu esse fato de nós?

- Eu não escondi. - murmurei e abaixei a cabeça novamente. - Eu só não sei exatamente o que é um meu poder... eu consigo fazer coisas muito maiores que esse. E é por isso que eu evito cansar minha mente.

- E é por isso que você tem que cansar sua mente. Sua mente tem que entender que quem está no controle é ela não sua individualidade. - o Direito Nezu falou, sua voz estava calma como sempre. - Não precisa se preocupar em perde o controle, é por isso que estávamos aqui.

- Uhm...eu entendo.. Me desculpe pelo meu descuido.. posso ir agora. - Eu não queria mais ouvir. Eles concordaram e me permitiram sair.

(...)

- Você vai participar da missão hoje. - ele falou passando por mim. 

- Mas porque?! - o segui até a garagem. - Você me disse que se eu aceitasse a missão da escola, ficaria fora de muitas missões.

- Seu irmão me contou que você estava boazinha lá no tal acampamento! Você deixou ser manipulada pelos heróis! - ele se virou para mim.

- Eu!? Eu tenho que seguir o plano, não tenho? - ele semicerrou os olhos.

- Você está com bastante respostinhas né! - Ele passou a mão no cabelo. Logo, ele voltou a andar. - Decidir que parti de agora você participará mais das missões.

- Okay. - Cruzei os braços e voltei a andar.

- Vai ser bem simples. - Ele começou a falar, assim que entramos no carro. - Você e Kurono vão apenas apagar a existência da gang Thrust da face da terra.

- Por que?

- Eu já usei eles para o que eu precisava, eles agora são um lixo a ser descartado. - Ele falou com total frieza em sua voz. Eu nunca me importei com isso, mas pela primeira vez, sua frieza me deixou incomodada. Izuku estava amolecendo meu coração. Merda...

(...)

- Terminou? - Kurono me perguntou, tinha acabado de juntar todos os integrantes da Gang Thrust. Eu os apaguei e o Kurono ia matá-los. - Beleza, pega as informações dos computadores. Eu cuido deles.

- Beleza!

- Acabei! Limpa o local! - Ele falou arrumando a mocinha em suas costas. 

- Ah, que saco! - Resmunguei. Me virei de costas para ele, vi todos os 100 membros da Gang mortos. Respirei fundo e com minha individualidade os desintegrei, deixando nem átomos de seus células. Restando apenas os móveis e computadores em branco no local.

- Beleza, vamo embora! - Ele dei dois toques em meu ombro esquerdo e saiu andando. - Bora fazer uma competição?

- Competição? - O olhei duvidosa.

- Sim! Tem algo acontecendo na cidade. Daqui até em casa, vamos ver quem consegue roubar mais dinheiro e joias. Quem perder paga um lanche pro perdedor.

- To nessa. - Rir sacana. - Corremos para o lado de fora do apartamento. Paramos por um segundo na escada de emergência do prédio. Havia helicópteros e fumaça um pouco perto do centro da cidade. - O que está acontecendo na cidade?

- Eu não sei. Mas sei que foi perfeito para nos. - Ele se apoiou no corrimão e esticou o corpo para frente. - 3..2..1 vamos nessa!

Passamos pela multidão de pessoas, usávamos nossa individualidades. Nos dispersamos para o povo não desconfiar, eu estava bem perto do telão. Vi All Might, ele não estava como antes, estava magro. Parei e observei por alguns minutos, o vi apontar para a câmera e dizer que agora era a vez de alguém.

- Preciso sair daqui. - Sussurrei e corri passando pelas pessoas e continuando meu trabalho de roubo. Acabo esbarrando em alguém, nos olhamos e vi que era Izuku. Ele não podia me reconhecer mesmo eu estando de máscara que tampava a boca e nariz. Mas de alguma forma ele ainda parecia que ele me reconheceu.

- Hey! - ele falou, mas logo eu corri em direção contrária em meio a multidão. Meu coração estava disparado, eu deixei a competição de lado e fui em direção a um prédio que era o ponto de encontro.

Foi por pouco. Ele de alguma forma percebeu... olhei meu telefone e vi uma mensagem dele. Ele disse que queria me ver. O respondi dizendo que o encontraria em sua casa.

- Nossa! Quase que fui pego! - Kurono falou ofegante. Ele me mostrou a mochila cheia. Eu tinha acabado de trocar minha calça jeans por um shorts preto.

- Eu pago! - Falei, ele me olhou estranho. Tirei a mochila das costas e joguei nele. - Eu não peguei quase nada. Amanhã eu te pago, agora tenho um lugar pra ir.