Capítulo 40

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Depois da conversa com minha vó, me despedi. Também, me despedi da Kaori, disse que voltaria para outra realidade com Kosei e sua esposa, e logo traria os pais dela de volta, junto com o Kurono, é claro.

De fato, eu menti. Eu não vou levá-los para a minha realidade. Era melhor matar eles aqui, do que os levar para uma dimensão arruinada. Demorei um pouco até consegui mata-los. Eu não sou mais assim, não sou mais violência e ódio, como antes. Mas eu precisava me tornar aquilo por um certo momento, para proteger os que eu amo do meu pai, e do Izuku. Meu maior amor.

Meu peito subia e descia descompassadamente, um suor gelado decia de minha testa e nuca. Respirei fundo e com minhas maos tremulas bati na porta. Logo foi aberta pela mesma moça de mais cedo, e ao fundo, na sala de estar, pude ver Kosei em pé olhando para a porta com curiosidade. Os dois sorriram para mim, e antes que qualquer um pudesse falar algo comigo, usei minha individualidade para os segurar pelo seus pescoços e entrar na casa, fechando a porta atrás de mim. Os matei ali mesmo, dentro daquela casa, os transformando em partículas e, junto com eles, qualquer resquício de que eles vivam ali.

Depois de fazer isso, me ajoelhei no chão tentando me acalmar. Meu corpo todo tremia, e eu tentava controlar minha respiração. Tomando cuidado para não me sobrecarregar e usar minha individualidade inconscientemente. Devagar eu levantei e segui rumo à minha casa, com a intenção de voltar para a minha realidade.

Entrei em casa, e por sorte não havia ninguém. Corri para a sala onde tinha a máquina e a programei para a minha realidade rapidamente. Assim que ela começou a funcionar, eu me preparei para entrar, ou melhor, fugir antes que alguém visse.

- [Nome]. - escutei Kaori me chamar. Fechei os olhos com força e mordi o lábio inferior.

- Sim? - falei, ainda de costas para ela.

- Onde eles estão?

- Eles? Ah, eles já entraram. Foi difícil fazer eles sairem de casa, mas eles já estão na outra realidade. - menti. Me virei para ela, e a vi concordando com a cabeça. - Era só isso?

- Ah, não. - ela falou. - Eu quero que você volte. Quero que você também tenha uma segunda chance. Então-

- Não, Kaori- - a interrompi. Mas logo ela me interrompeu também.

- Pronto. Aumentei a probabilidade de você sair viva de qualquer coisa, e a probabilidade de você voltar para cá, quando tudo acabar. - Ela sorriu. Dei um pequeno sorriso para ela, e me virei de costas para a mesma novamente.

- Ah, Kaori. - a olhei por cima do ombro direito. - Qual é a minha probabilidade de ser boa?

- Essa é a unica coisa sua que eu não sei ao certo, ela está sempre mudando, e eu não consigo mexer nela. É.. indefinido, sabe? Desde que eu te conheço, eu não consigo ver essa porcentagem certa. Não sei porque. - ela olhou para cima da minha cabeça, possivelmente, era onde ela via as porcentagens.

- Entendo. - falei, e me virei. - Não deixei ninguém entrar nessa sala, até eu voltar, falou?

Assim que voltei para a minha realidade, sair do quarto e tranquei a porta com a minha individualidade. E fui em direção as escadas, mal pude subi as escadas por completo antes de ser parada por um general de cabelo loiro.

- Aonde você estava? - Ele parou no topo da escada, bloqueando minha passagem.

- Eu sai, precisava esparecer. - falei passando por ele.

- Aonde. Você. Estava. - ele falou, pausado e com irritação na voz.

- Não enche, Katsuki. - falei, também irritada.

- Você sumiu por um dia. - um dia? me virei para ele com cara confusa. - Nenhum lugar a ser encontrada.

- Eu estava andando por ai. - falei. Me virei e continuei a andar para o meu quarto. - O Japão é grande, é claro que não me encontrariam em um dia.

- Já deixei o Izuku sabendo dessas saidas suas, viu? - ele falou. Eu apenas dei dedo do meio para ele, e entrei no quarto, trancando a porta logo em seguida. Pude escutar seus resmungos do corredor.

Um dia? Passou um dia aqui? Lá foi apenas algumas horas. Espera, isso quer dizer que o Izuku chega em breve. Merda. Meu pai também, o verei depois de anos, e como eu vou reagir sabendo que ele é o culpado por tudo isso. Devo me acalmar, devo figir calma e paz. Jogar o jogo dele e não deixar com que ele saiba o que eu fiz com a Kaori e meu plano de... de matar ele, assim que todos estejam seguros.








Bom dia, boa tarde, boa noite 😏
Alô, alô, alô você sabe quem sou eu?
Como vocês estão gente??? Eu estou bem graças a Deus. Cada dia mais esquecendo o português 😔
Mas é isso, mais um capítulo delicioso para vocês! Estamos próximos do fim!
Me contem o que acharam ❤️❤️❤️ love yaaaaa
Não esqueçam de comentar pfff 🥰

Ruínas - Imagine Izuku Midoriya (BNHA)Onde histórias criam vida. Descubra agora