Capitulo 16

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Já fazia alguns dias desde que eu e Izuku tivemos nossa primeira vez, toda vez que me pegava lembrando da mesma e da do banheiro que ocorreu logo depois, sentia meu rosto queimar e um sorriso bobo no mesmo.

Estava no jardim, deitada de baixo das copas das árvores. Eu olhava o céu azul através das frestas das folhas verdes. Eu estavam bem perto do lago que meu pai fez, eu gostava daqui era calmo. Eu precisava disso, desses minutos sozinha antes de Izuku chegar. Eu estava dividida, entre viver minha vida antiga e ser quem Izuku está me tornando. As coisas que eu acostumava a fazer me deixam tão desconfortáveis agora.

Me sentei, passei a mão esquerda na testa. Minha cabeça ia explodir de tantos pensamentos. Olhei para o lago a minha frente e ele parecia tão convidativo. Tirei minha roupa, ficando apenas de calcinha e sutiã.
É uma sensação maravilhosa. Ficar boiando no meio de um lago, circundado pelas árvores, olhando para o céu azul. É só ficar lá, deitado na água, com o brilho do sol aquecendo meus dedos. Fazia tempos que eu não sentia essa sensação, a sensação que mamãe amava sentir.

- Você está aí! - Escutei ao longe, deixei meu corpo afundar e me coloquei de pé, abaixei um pouco a cabeça deixando a água até o meu queixo. Vi izuku, ele tinha uma bandeja com comidas em sua mão. - Sua vó fez para a gente comer.

- Ela fez para você comer. - falei sarcástica. Eu sabia, desde que eles se tornaram próximos, minha vó vive cozinhando para ele.

- Ela fez para você comer, também. - ele se sentou no pano que antes mais cedo eu estava deitada. - Ela me contou que você não comeu direito hoje.

- Oh, velha fofoqueira. - Murmurei.

- Vamos, sai daí. - Ele ficou me olhando, esperando eu me mover para fora d'água. Balancei a cabeça, mostrando meu descontentamento em sair da água, mas mesmo assim eu fiz. Me esqueci que estava com roupas íntimas, e vi Izuku ficar vermelho igual um pimentão quando sai da água. - Ah, vo-você..

- Você me pediu para sair da água. -rir, e me sentei ao lado dele e me cobrindo com minha própria blusa. Nós conversamos por horas até o por do sol vim a nos. O tom alaranjado do céu deu outro tom a nossa conversa, que resultou em nos dois deitadossobre o pano azulado, sem roupas.

- Fica assim. - Izuku falou com o celular na mão. Eu estava deitada de barriga para baixo. - O tom alaranjado do céu batendo em sua pele.. Você está linda, uma verdadeira paisagem.

(...)

- Mas isso não podia ter acontecido no filme! - Kaminari falou indignado. A turma tinha combinado de sair para ver um filme hoje. - O desenho não tinha aquela parte!

- Eu não acho que tenha ficado ruim. - Kirishima falou um pouco baixo.

- Você falou o que? - ele virou para Kirishima.

Olhei para Izuku que se divertia com a situação. As meninas estavam perdidas entre qual ator era mais bonitos e se o filme era realmente bom. Eu permaneci quieta, mal tinha prestado atenção no filme. Meu pai me mandou mensagem pedindo para eu pegar uma vacina, algo desse tipo. Passei o filme todo pensado no que deveria fazer, como enganar eles e encontrar o contrabandista.

Meu telefone tocou, olhei no visor e vi o nome do meu pai. Cutuquei Izuku e o indiquei que estaria lá fora no telefone. Ele me falou o endereço e eu fui antes que o pessoal sentisse minha falta.

(...)

- Está aqui dentro. - ele me mostrou a mochila, tinha pequenos frascos com um líquido com a tonalidade avermelhada dentro.

- Beleza. - Peguei meu telefone e liguei para meu pai. - Sim, está tudo aqui. Okay, beleza.

- Ah, que legal! - O homem falou olhando para o telefone, possivelmente tinha recebido o dinheiro. - Muito bom fechar negócio com você.

- Hey! - Escutei. Olhei para o começo do beco e Izuku e Shouto.

Eles correram em nossa direção, minha reação foi pegar a bolsa do homem e correr para longe. Voei para o topo do prédio residencial que tinha a minha esquerda, olhei para baixo e vi Izuku vindo atrás de mim. Botei a mochila na costas e comecei a correr para longe. As únicas coisas que passavam em minha cabeça era fugir e que Izuku não me alcançasse. Olhei para trás mais uma vez e não o vi.

- Está fugindo mim, é? - ele apareceu na minha frente, sua voz tinha um tom de raiva e.. tristeza?

- Izuku...

- O que você está fazendo? - Ele me olhou com cenho franzido. - O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? VOCÊ SABE QUE ELE É UM CRIMINOSO? VOCÊ SABE QUEM ELE É?

- Sim.. Eu sei..

- Por que? - Saiu como um sussurro. - O que você é?

- Izuku..

Ele permaneceu calado.

- Eu sou filha de um vilão. - Seus olhos se arregalaram mas logo, o espanto virou raiva.

- O que? Você mentiu para mim?

- Eu..

- Era tudo mentira? Você não me ama?.. me usou..?

- Que? Meus sentimentos por você são verdadeiros!

- Eu não acredito em você. - Ele falou frio.

- O que? Eu-u juro, eu to falando a verdade! E-Eu mataria por você! Eu tonaria o mundo meu inimigo por você. Eu estou te falando a verdade!

- Eu não quero isso! Eu não quero que você mate por mim, porque você não salva por mim? Por que você torna o mundo seu amigo por mim? - havia tristeza pelo seu rosto. Parecia até que Tóquio se entristeceu também, começou a chover.

- Eu..eu..

- Viva como uma heroína... Me ame como uma heroína. Se for para você viver como uma vilã, eu não quero. - Ele falou. Meus olhos se arregalaram, as lágrimas caiam junto com a chuva. Meu coração doía, ele estava tão sério. Eu nunca vi ele me olhou olhar desse jeito.

- Izuku... - Tentei me aproximar dele.

- Sai daqui. VAI EMBORA! ANTES QUE EU CHAME A POLÍCIA. - Seus punhos estava cerrados, ele não me olhava mais. Seu rosto estava virando para outra direção. - Você não me ouviu? SAI DAQUI!

- Está bem. - Sussurrei.

Ruínas - Imagine Izuku Midoriya (BNHA)Onde histórias criam vida. Descubra agora