Capitulo 36

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Meu corpo estava mais relaxado que antes. Eu estava deitada em algo pequeno, que tinha que encolher minhas pernas para caber. De certo modo, era macio. Percebi que estava em um carro, quando senti a velocidade diminuir.

Me sentei e coloquei a mão na testa, a dor de cabeça ainda estava aqui, mas bem mais fraca. Escutei uns resmungos, e olhei para frente, vendo Katsuki dirigindo com uma cara seria. Em sua mão tinha uma seringa, já vazia.

- Quem falou para você entrar lá? - ele perguntou ríspido.

- Você usou isso em mim? - o ignorei, apontando para o objeto, que logo foi jogado para fora do carro.

- Foi necessário. Quem falou para você ir lá? - ele repetiu a pergunta, com um tom ainda mais ríspido.

- Eu queria ver Inko... Já que ela não estava vivendo em minha casa, como vocês.

- Era só perguntar! - ele me repreendeu. - Agora, eu vou ter que explicar essa porra para o Izuku.

- Explicar o que? - o perguntei. Ele não me respondeu, apenas mexeu a cabeca indicando para eu olhar para trás. Assim o fiz. - Eu fiz isso?

- Fez. Izuku estava evitando sobrecarregar você, não queria que você visse coisas assim. Às vezes penso que você se esquece do poder que tem.

Tudo atrás da gente estava destruido. A única coisa intacta era o predio que antes eu estava. Tudo se resumiu em poeira e destroços, eu fiz aquilo tudo. Realmente, eu tinha me esquecido da extensão do meu poder. Dois anos presa sem usar minha individualidade, me fez esquecer as coisas.

- Eu fiz tudo isso? - perguntei. - Em questão de minutos?

- Eu diria segundos. - ele me corrigiu. - Por isso eu usei o soro. Você vai ficar sem poder usar sua individualidade por alguns minutos.

- Pessoas moravam ali?

- Aqui é uma área proibida. - ele me olhou pelo retrovisor. - Então, não ninguém mora aqui.

- Área proibida?

- Sim, proibimos qualquer um de morar ou vir aqui, depois do que fizeram com Inko. - voltou a olhar para a pista a sua frente.

- E para onde as outras pessoas foram? - o olhei confusa.

- Yaoyorozo construí moradia para eles em outro lugar.

- Falando assim, parece até que vocês são sensatos. - zombei.

- Somos sensatos. Você que é a doida aqui. - ele respondeu. - Izuku ainda acha que você vai tomar consciência das coisas. Eu já acho que você vai ser a nossa ruína.

- Se vocês se comportarem, prometo não ser ruína de ninguém.

- Isso é uma ameaça, [Nome]. - ele parou o carro e se virou para trás.

- De formar alguma, Katsuki. - falei olhando diretamente para seus olhos vermelhos.

(...)

Assim que cheguei em casa fui direto para o meu quarto. Olhei para o relógio ao lado da cama, e vi que marcava 8:30 da manhã. Eu passei um dia todo sem dormir, que loucura. Tirei minhas roupas e fui em direção ao banheiro.

A água quente relaxava meus músculos, mas não minha mente que estava presa em coisas importantes. Lembrei do papel que a outra [Nome] tinha me dado. Eu precisava saber o que era aquilo. Eu também precisava fazer algo sobre os meninos. Eu nem sabia o que fazer com eles, na verdade.

Sai do banho determinada em descobrir o que era aquele papel. Mas o cansaço logo meu atingiu quando vi minha cama.

(...)

Abri meu olhos e me encontrei no quarto, onde tinha os computadores com a máquina de teletransporte. Eu corri até o computador e a tela indicava terra ZZA, e o quebrei com minha invisibilidade, causando um estrondo. Eu estava socava e chorava.

Logo a porta atrás de mim, foi aberta bruscamente e um suspiro de susto saiu de um lábio que não era o meu. Me virei para ver quem era.

- Por que você fez isso, minha filha!

- Mamãe? - soei confusa.

- Oh, meu Deus! O que aconteceu com o seu rosto? Por que você está toda machucada? Onde estava?

- Mãe, eu-

- Deve ser as coisas que nosso pai manda ela fazer. - Kurono falou aparecendo logo atrás dela. Ele estava mais novo, parecia ter 19 ou 20 anos. Ele piscou para mim e eu concordei. De algum modo eu sabia o que estava acontecendo, mas ver minha mãe era estranho. Ela estava viva.

Eles me puxaram para fora do quarto, e andamos pelo corredor. Senti o cheiro da comida de minha vó, e escutei as vozes de Izuku e Kaori. Entrei na cozinha e os vi sentados com os cotovelos apoiados na ilha comendo biscoitos que estava em uma bandeja de metal. Izuku estava diferente, parecia até que tinha seus 15 anos novamente. Eles me olharam e Izuku correu até mim, me segurando pelos ombros.

O que era tudo isso?

- [Nome]?

Meus olhos abriram de vagar e pude ver que estava em meu quarto. Kaori estava com uma cara preocupada, mas logo, relaxou e se sentou na cama. Ela balançou a cabeça e suspirou pesado.

- Isso vai me deixar louca.

- O que aconteceu? - falei sonolenta.

- Você dormiu por quase 15 horas direto. Pensei até que aquele loirinho tinha te matado. - falei se referindo ao Katsuki.

- Há! Se o loirinho fizer algo comigo ele vai ser fatiado pelo Izuku. - zombei. Me sentei na cama e senti uma dor em minha cabeça.

- Vamos, tem comida lá em baixo. - ela falou, se levantando e me esperando fazer o mesmo.

- Ka, eu tive um sonho tão vivido. Parecia realidade. - ela continuou quieta. Esperando que eu a contasse o sonho. - Era em outro lugar, e você estava lá, o Kurono também. E o Izuku estava como antes. Minha mãe estava viva e minha avó também. Eu não sei direito como explicar, era como se fosse uma lembrança e não um sonho na verdade.

- Espera aí, como é? - ela se apoiou na cama e se aproximou de mim. Eu a expliquei de novo o sonho. - Isso é efeito Garnier Malet.

- Efeito Garnier Malet?










Demorei para um caralho rapaziada! Puta q pariu menor!
Como vocês estão??? Me digam
O que vocês estão achando da fic? Conte me!
Não esqueçam de votar pf🖤🖤🖤

Ruínas - Imagine Izuku Midoriya (BNHA)Onde histórias criam vida. Descubra agora