38_ Eu gosto de você como nunca gostei de ninguém.

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Kimberly Audrey

...Escutamos gritos fora do banheiro e batidas na porta.

Merda.

Quando o Kaleb e a Britney me falaram que a polícia poderia aparecer numa festa eu não pensei que fosse verdade.

Eu não quero ser presa. O que vão pensar de mim na faculdade?

Eu não posso nem sair do banheiro.

Entrei em desespero, socorro.

-O que a gente vai fazer? -perguntei começando a andar de um lado para o outro.

-Eu não sei. -Dylan não parecia preocupado, ele estava super tranquilo.

-Você não sabe? A polícia está lá fora!

Eu nunca mais vou pra uma festa.

-Kimberly se acalme. -falou Dylan se encostando na parede. -Vamos ficar aqui até que isso passe.

Soltei uma risada sincera.

-Você é um louco. -encarei ele desacreditada.

-Ou você pode chamar o seu amigo. -bufou.

Será que ele está com ciúmes?

-Seu idiota... -murmurei.

Ficamos em silêncio, apenas escutando os gritos.

Pelo espelho eu conseguia ver o Dylan todo calmo e de olhos fechados.

Eu queria estar beijando ele e o abraçando.

-Eu gosto de você. -Dylan falou bem baixo e eu franzi o cenho.

-O-oquê? -encarei o mesmo que ainda estava de olhos fechados.

Parte de mim desejava que eu tivesse escutado direito.

O meu coração acelerava nas batidas com a possibilidade de pensar que o Dylan finalmente estava gostando de mim.

-Eu gosto de você como nunca gostei de ninguém. -ele finalmente me encarou.

Eu não sabia se era a bebida que o estava fazendo falar aquelas coisas mas eu estava gostando de o escutar.

Dylan caminhou até mim.

-Você está bêbado, não sabe o que fala. -sorri nervosa e ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

-Mas eu não posso ficar com você e não imagina o quanto sofro com isso... -continuou, tocou o meu lábio inferior com o seu polegar e eu fechei os olhos.

-Você não pode ficar comigo mas eu posso ficar com você. -falei abrindo os olhos e ele sorriu.

-Você não entende. -falou apreensivo.

-O quê? -mordi a parte de dentro da minha bochecha.

Dylan se afastou de mim.

Eu não sei o que se passa nessa cabecinha mas eu quero muito descobrir.

Dylan não parecia estar bem, não fisicamente mas sim psicologicamente. O seu olhar transparecia uma tristeza.

-Eu não sei como amar... -confessou me encarando e eu sorri tocando a parte lateral do seu pescoço.

-Eu posso ensinar você a amar, Dylan.

-Ruivinha...

-Dylan, o amor é uma das mais belas manifestações que existem, e eu posso oferecer-lhe. -fiz carinho em seu cabelo.

Continua

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;)

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