17_ Piranha obcecada.

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Kimberly Audrey

...-A Viviane está dançando com o Nathan Oliver...

A Gabriela abriu a boca chocada e se desatou a rir.

-Para! -choraminguei.

Nesse momento eu só queria enfiar a minha cabeça num buraco.

-É aquele garoto que você...

-Que eu vomitei nele.

-Mano... -Gabriela não parava de rir.

Quando eu tinha quatorze anos eu tentei beijar o Nathan mas eu tinha comido algo que não me caiu bem e quando eu estava prestes a beijar nele eu vomitei.

O Nathan depois disso deixou de falar comigo, ele ficou traumatizado e eu também.

A escola toda ficou sabendo e começou a me zoar.

Desde então eu nunca tentei beijar ninguém. E me sinto orgulhosa por saber que continuo bv.

Passei a festa toda evitando o Nathan, tive que me jogar na piscina só pra ele não me ver.

Nesse momento me encontro no meu quarto, a minha mãe foi buscar a gente apesar da Chloe ter ficado chateada. Ela não queria sair de lá.

Parece uma sem teto.

Fui até a gaveta e peguei os meus binóculos.

Vamos ver o que o meu namoradinho está fazendo.

Caminhei até a varanda e pra minha sorte a lâmpada do quarto do Dylan estava acesa.

Peguei os binóculos e fiquei encarando o Dylan.

Ele estava na sua cama com o computador e com fones.

Ele estava sem camisa e com uma bermuda.

Estou espiando o meu vizinho.

Vocês acham que eu sou doida?

-O que você está fazendo? -uma voz de rato soa pelo meu quarto.

Encarei a garota assustada e escondi os binóculos.

-Nada que te interessa. -falei e ela me encarou desconfiada.

-Você estava espiando o vizinho? -perguntou sorrindo maliciosa.

Droga.

Ela vai estragar tudo.

-Não. É. Da. Tua. Conta. -revirei os olhos e ela se aproximou.

-O que está escondendo aí? -perguntou tentando pegar os meus binóculos.

-Para! -ela me arrancou os binóculos e quando eu tentei pegar eles de volta ela ameaçou jogar eles. -Sua estúpida.

Insultei e ela riu.

-Eu não acredito que você está espiando o vizinho. Deixa ver... -observou o Dylan através dos binóculos. -Bem gato.

Fechei os meus punhos indo pra cima dela.

Quem disse que a mais nova não pode bater na mais velha?

-Se você se atrever a encostar um dedo em mim eu acabo com você e de quebra falo tudo para o nosso querido Dylan. -ameaçou e eu recuei.

-Você é uma víbora. -cuspi.

-E você é uma piranha obcecada. -riu.

-Eu te odeio! -soltei entredentes.

-Eu. Não. Me. Importo. -riu ainda mais. -Se você não quiser que eu abra a minha boca, você precisa fazer algo por mim.

Eu não acredito que farei isso.

-Oquê?

-Você tem de parar de dizer que eu sou feia. -falou e eu ri.

Ela não consegue ser mais maluca né?

-Oquê? -ela cruzou os braços. -Você está falando sério?

-Você me magoa quando fala que eu sou feia. -fez bico.

As lágrimas já brotavam nos meus olhos de tanta risada.

-Tá. Eu paro. -parei de rir. -É só prometer não contar pra ninguém.

-Eu não vou contar pra ninguém, isso nem me interessa. -suspirei. -Bom, eu já vou tirar o meu sono de beleza.

Caminhou em direção à porta até que travou.

-Cuidado para não assustar a criança. -saiu do quarto.

-Ele é literalmente da sua idade. -murmurei e voltei a minha ocupação.

Espiar o Dylan.

Continua

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o se esqueçam de marcar na estrelinha ;)

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