29_ As suas orações devem ter funcionado.

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Kimberly Audrey

-E a Britney? -perguntou a minha mãe se sentando comigo no sofá.

-Ela já foi. -um silêncio prevaleceu mas nada incómodo.

Uma pequena pergunta surgiu e eu me virei pra ela que assistia os desenhos que coloquei.

-A senhora não devia estar trabalhando?

-Estou de folga. -respondeu ainda assistindo e eu franzi o cenho.

-Você é a chefe. -ela sorriu.

-E? Eu mereço uma folga. -se aconchegou no sofá.

-E a Bella? -perguntei lembrando que hoje ela não veio. -Continua mal?

-Infelizmente sim. -suspirou. -Mas está melhorando.

-Que-

O som da campainha me interrompeu.

Encarei a minha mãe com a esperança dela não me mandar.

-Vai logo Kimberly. -bufei levantando do sofá e saindo de casa.

Fui até o portão e avistei o Dylan que assim que me viu sorriu.

-Oi ruivinha!

-Oi! -encarei ele confusa. -O que faz aqui?

-Eu vim te convidar pra dar um passeio. -arqueei as sobrancelhas.

-E agora quem está procurando motivos pra ficar perto do outro? -falei e ele soltou uma risada.

-Eu sei que você gosta da minha companhia cabelo de fogo. -sorriu de canto e essa foi a minha vez de soltar uma risada. -Vamos?

Eu fiquei um tempo em silêncio só pra parecer que eu estava pensando.

-Tá. -abri a porta e reparei que o mesmo estava de bermuda e uma camiseta. Tudo preto.

-Vamos. -caminhou em direção à sua BMW.

Estou impressionada. É o terceiro carro que eu vejo com ele.

-Quantos carros você tem? -perguntei e o mesmo pareceu ficar pensativo.

Ele ainda está pensando?

-Cinco apenas. -abri a minha boca chocada. -Por agora.

-Pra quê você precisa de cinco carros?

-Olha ruivinha... -senti o meu coração disparar. Ele não vai parar de me chamar assim não? -Eu quero completar a minha colecção.

Falou e eu assenti.

Entramos no carro e infelizmente o desgraçado não me deixou dirigir.

-Pra onde a gente vai? -falei apertando o cinto de segurança.

-Caladinha. -sussurou com a voz rouca e eu engoli seco.

Estou perdida não é?

Dylan deu partida no seu carro e eu apenas apreciava as ruas.

Depois de um tempo nós finalmente nos encontrávamos no nosso destino.

Estávamos num parque de diversão.

Encarei o Dylan que sorria animado.

-Eaí? Pronta pra se divertir? -sorri.

-Antes você nem notava a minha existência e agora a gente se diverte juntos. -falei e ele riu.

-As suas orações devem ter funcionado. -ironizou e eu sorri amarelo.

Eu não fiz nenhuma oração.

Eu estava prestes a fazer uma...

-Vamos? -falou caminhando e eu o segui.

Ele comprou sorvetes pra nós. Depois disso a gente foi jogar vários jogos.

E como eu sou competitiva eu fazia de tudo pra ganhar. Quando eu me distraí por um segundo o Dylan me passou a perna.

-TRAPACEIRO.

[...]

A gente estava exausto de tanto que jogamos.

-Eu te ganhei. -falou ofegante.

-Cala. Boca. -falei pausadamente pela falta de ar. -Você foi um trapaceiro.

-Você que não sabe jogar! -falou e eu semirrei os olhos.

-Olha aqui-

-Quer água? -perguntou e assenti. Primeiro mato a sede daí acabo com ele.

Com beijos.

Ele se afastou indo comprar a água.

Apenas fiquei encarando o nada enquanto eu esperava o Dylan.

Eu estou muito feliz por saber que ele está ficando próximo de mim.

Eu só espero que ele crie sentimentos por mim.

Avistei o Dylan correndo em minha direção e eu fiquei confusa por ver ele desesperado e sem nenhuma garrafa de água em suas mãos.

-KIMBERLY EU BATI NUM IDIOTA E AGORA ESTÃO ME SEGUINDO COM O TIO!

-O QUÊ? -entrei em desespero também.

-E COM CÃES!

Era engraçado ver a maneira como nós estávamos desesperados.

-DYLAN-

-TEMOS QUE SAIR DAQUI! -avistei um senhor e com dois cães enormes correrendo em nossa direção.

-Dylan eles estão vindo. -o Dylan arregalou os olhos.

-O QU- -tapei a sua boca.

-Não grita porra! -o senhor e os cães estavam cada vez mais perto.

-Me beija. -falou e eu franzi o cenho sentindo o meu coração disparar.

-O-oquê?

-Só pra eles não me reconhecerem. -o senhor e os cães já estavam perto. -Kimberly...

-Eu-

No mesmo segundo o Dylan juntou os nossos lábios iniciando assim um beijo.

Continua

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