30. Carinho

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🐆 | Maria Fernanda.
20h26, domingo.

Acordei sentindo as mãos do L8 em volta do meu corpo, minha cabeça estava apoiada em seu peito e eu puxei a perna de cima dele devagar, mas mesmo assim ele acabou acordando.

Mafê: Não quis te acordar. — Sorri sem graça vendo ele se mexer embaixo de mim.

L8: Tá mais calma? — Perguntou levantando meu rosto com as mãos.

Mafê: Uhum. — Fui me soltando dos braços dele e sentei na cama. Estava com vergonha de ter ficado tão vulnerável perto dele.

L8: Vai me falar o que rolou pra tu ter chorado tanto? — Ele sentou também e me olhou apoiando as mãos na minha perna.

Mafê: Discuti com uma pessoa que me faz lembrar de uma fase muito ruim da minha vida. — Falei baixo, a voz chega falhou. — Não quero tocar nesse assunto.

L8: Tudo bem. — Olhei pra ele sorrindo sem mostrar os dentes. — Tá com fome? — Concordei, não sabia que horas eram, mas o quarto estava escuro e pela janela já era noite.

Mafê: Vou tomar um banho primeiro. — Ele balançou a cabeça e eu levantei procurando o meu celular pelo quarto, achei ele em cima da escrivaninha e olhei a hora: 20h29.

Deixei ele no quarto e fui até o banheiro depois de pegar uma muda de roupa no armário, tomei um banho de não mais de dez minutos e voltei pro quarto já vestida e bem cheirosinha.

Ele havia arrumado a cama e estava sentado na beira mexendo no celular. — Posso fazer uma janta pra gente.

L8: Não quer comer em outro lugar não pô? Vai te dar trabalho.

Mafê: Você vai me ajudar. — Dei risada e peguei na mão dele indo até a cozinha. — Você gosta de que?

L8: Qualquer parada que tu fizer aí eu mando pra dentro, vou esquentar não. — Ele sorriu indo sentar na cadeira.

Mafê: Nem avisei a Alice que vim embora. — Abri o WhatsApp procurando a conversa dela.

L8: Eu pedi pra Braga dar recado.

Mafê: Ah, por isso então ela não mandou nada. — Deixei meu celular na mesa e abri o armário da cozinha pegando uma panela média pra começar a cozinhar.

Tinha um pouco de nhoque recheado no freezer, sempre deixava uma porção pronta e já congelada para ser prático durante a semana. — Gosta de nhoque?

L8: O da minha mãe eu me amarro, vamos ver o teu. — Falou com ar de riso e eu já pré-aqueci o forno em 230°.

Mafê: Espero que o meu fique tão bom quanto. — Sorri pegando ingredientes para fazer o molho vermelho.

Botei ele pra picar o tomate e a cebola, que começou a fazer até que certinho. Coloquei o arroz pra cozinhar e separei umas laranjas pra fazer um suquinho fresco.

L8: Até suco? Tô merecendo mermo? — Ele sorriu enquanto cortava o tomate.

Mafê: Vou te dar essa moral porque cuidou de mim hoje. — Dei dois passinhos até ele e me inclinei para deixar um selinho na sua boca, fui me afastar de volta e ele me segurou pela coxa.

L8: Agora tu vem cá. — Ele afastou a tábua e prendeu a mão na minha nuca, me beijando. Apoiei a mão na coxa dele e aproveitei do beijo que não foi rápido tá.

Fui afastando dele aos poucos e sorri beijando a bochecha dele.

Voltei pra bancada e foquei em terminar o suco enquanto o arroz não ficava pronto. Depois de colocar uma boa quantidade de nhoque no forno, comecei o molho de tomate com o que ele já tinha cortado.

Um novo (re)começoOnde histórias criam vida. Descubra agora