25. Princesa

674 24 3
                                    

🐆 | Maria Fernanda.
18h29, quinta-feira.

Assim que saí do trabalho peguei um Uber e fui direto pra casa da minha mãe, que havia me mandado mensagem cedo dizendo que era pra eu ir lá hoje.

Entrei no carro já mandando uma mensagem pro Teteu, ia fazer ele me buscar na entrada do morro e me levar até lá, abuso mesmo.

Mafê: Obrigada, fica com Deus! — Desejei ao senhorzinho que dirigia e saí do carro vendo o gatinho um pouco mais depois das barricadas. — Oie!

Teteu: Oi, minha princesa. — Sua mão foi direto na minha cintura e ele beijou o meu pescoço, ali na frente dos vapores mesmo.

Mafê: Tem como me deixar lá na minha mãe? — Falei quando ele me soltou.

Teteu: Claro que levo. — Sorriu indo comigo até a moto. Foi rapidinho até chegar na casa dela. — Tu estar aqui hoje tem algo haver do teu irmão ter vindo aqui ontem?

Mafê: O quê? — Levantei o olhar indignada.

Teteu: É pô, Espinha teve aí ontem, conversou com a tua coroa. Ele me pediu pra colocar ela sob minha proteção, achei que tu tava sabendo... — Ele foi parando de falar, Mateus sabia mais que ninguém o quanto eu queria distância do Eliseu, foi o Teteu que esteve do meu lado quando minha mãe adoeceu, estávamos no comecinho do nosso namoro e ele cuidou tanto dela quanto de mim.

Mafê: Eu não fiquei sabendo de nada.

Teteu: Pô, nem deveria ter falado nada pra tu. — Ele esfregou a testa. — Escuta tua mãe, você um dia vai ter que entender o lado do mano.

Mafê: Entender o quê, Mateus? — Encarei ele.

Teteu: Não vou me meter nesse assunto denovo, tu sabe que eu não vou escolher um lado, tu e ele são minha família também. — Falou calmo. — Quando quiser ir embora me manda mensagem que eu venho te buscar.

Mafê: Tudo bem. — Ele puxou minha mão dando um beijinho nela.

Teteu: Só tenta não discutir com a tua mãe, dona Josi quis tanto se acertar com o Espinha, deixa os dois se resolver pra lá.

Mafê: Já disse que eu te amo? — Sorri fraco beijando a mão dele como forma de carinho.

Teteu: Diz que ama, mas não quer nada. Aí tu me fode. — Ele riu negando com a cabeça. — Me avisa quando acabar aí. — Deu um selinho na minha boca e saiu com a moto que nem doido.

Dei as costas e fui abrir o portão com a minha chave, cheguei na varandinha e ela já estava na porta me esperando.

Josiane: Ouvi a moto do Mateus. — Abriu a porta e eu entrei indo pra sala. — Boa noite né, Fernanda.

Mafê: O que o Eliseu queria? — Fui direta olhando pra ela.

Josiane: E eu lá te devo satisfação agora, garota? — Ela riu e foi se sentar no sofá.

Mafê: Mãe, sem gracinha. — Soltei o ar pelo nariz, deixando minha bolsa na mesinha do centro.

Josiane: Você tem que aprender a perdoar, Fernanda. — Falou um tempinho depois.

Um novo (re)começoOnde histórias criam vida. Descubra agora