31. Rendido

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🐆 | Maria Fernanda.
18h40, terça-feira.

Teteu: Princesa, sua mãe não quis te incomodar, mas ela tá passando mal desde ontem

Tenta dar um pulo aqui depois do trampo. (16h34)

Fiquei com a mensagem dele até o fim do meu expediente. Quando acabou eu nem pensei duas vezes antes de pegar um Uber e ir pra casa da minha mãe. Sabia da teimosia dela, conhecia bem a peça. Passava mal e não tinha coragem de me avisar.

Chegando em Lucas pedi um menino pra me deixar na casa dela e pedi também que avisasse ao Teteu que eu estava por aqui.

Entrei na casa com a minha chave e encontrei a bonita deitada no sofá, mexia no celular e estava com a feição bem abatida.

Josiane: Oi, amor. — Sorriu me olhando. — Que surpresa você aqui.

Mafê: É né, tive que saber pelo Teteu que você estava passando mal. — Reclamei indo pro lado dela.

Josiane: Eu já estou melhor.

Mafê: Uhum, a cara tá bem boa né mãe. — Fui até o rack e parei pra ler os remédios que ela estava tomando.

Josiane: Ontem eu fui no posto, fiquei no soro, já estou melhor mesmo.

Mafê: Vou preparar uma comida pra você, que dê sustância.

Josiane: Foi só uma infecção alimentar, Fernanda.

Mafê: Por isso mesmo não pode comer qualquer coisa.

Josiane: Já vi que não adianta conversar contigo, vou subir pra dormir.

Teteu: E aí, tia. — Ele passou pela porta da sala e foi abraçar ela.

Josiane: Você é um falso Mateus, foi me dedurar pra Fernanda.

Teteu: Oxi, falei nada não. — Ele falou desentendido e eu e ela reviramos os olhos.

Josiane: Ajuda a Mafê aí na cozinha, vou deitar um pouco. — Ela foi pro quarto e eu segui pra cozinha com o Teteu atrás de mim.

Teteu: Coroa é foda né. — Puxou o banquinho pra sentar. — Até teu irmão ficou preocupado com ela.

Mafê: E ele sabe que ela passou mal como? — Virei pra ele já com a sobrancelha arqueada.

Teteu: Ele que levou ela pro posto, ficou... — Ele parou de falar quando viu a cara de cu que eu estava fazendo. — Ih, falei demais.

Mafê: Vai ficar me escondendo as coisas agora?

Teteu: Me enganei, falei tudo errado.

Mafê: Depois fala que tá do meu lado.

Teteu: Já disse que não vou escolher um lado. — Falou na defensiva.

Mafê: Me esqueci disso. — Fui debochada.

Teteu: Vai querer ajuda aí ou não?

Mafê: Vai lavando o arroz aí.— Empurrei ele que foi reclamando.

Um novo (re)começoOnde histórias criam vida. Descubra agora