14. Folga

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🐆 | Maria Fernanda.
11h28, sexta-feira.

Me dei o luxo de acordar tarde e aproveitar minha folga nessa sexta-feira linda.

Ontem a noite custei a pegar no sono, minha mente não parava de me lembrar do momento com o Araújo no banheiro, o homem tinha me deixado louca em poucos minutos, que isso.

Espantei os pensamentos impuros com aquele pedaço de mal caminho e fui caçar o que fazer, começando por uma geral da casa. Coloquei uma música de fundo e quando dei conta o relógio marcava 13h34.

Tomei um banho rápido pra poder ir ao mercado, peguei minha carteira e saí de casa com pressa. Hoje não ia andando até o mercadinho nem a pau, desci pra esquina e paguei um mototáxi pra me levar até lá.

Assim que ele parou com a moto em frente ao mercado, entreguei o dinheiro e desci da garupa olhando para os lados. Avistei o Roger com uma garota grudada nele, praticamente no colo, ele desviou o olhar quando me viu e puxou o rosto da menina dando um beijo nela. Poxa, fiquei tão triste.

Revirei os olhos e entrei no mercado, entrei direto pra seção do açougue e escolhi uma bela peça de carne para preparar meu almoço. Comprei outras coisinhas que estava precisando em casa e só essa saidinha me custou 167,00 reais.

Não sou nenhuma safada pra subir de volta com esse monte de sacola, então voltei de mototáxi pra casa.

Preparei meu almoço com todo capricho e liguei pra minha mãe enquanto preparava minha comida.

Josiane: Oi, indiazinha. — Sorri com o apelido. — Está animada, o que foi?

Mafê: Se eu te contar você nem acredita. — A reação da minha mãe conseguiu superar a da Ana Alice.

Ela literalmente saltitou pela casa, gritou fazendo maior auê. — Mãe, sossega. — Dei risada dela, o celular estava apoiado em algum canto e eu só via ela toda boba comemorando.

Josiane: Isso merece até uma comemoração.

Mafê: Não inventa, doida.

Josiane: Vem aqui pra casa hoje, fica esse fim de semana aqui comigo.

Mafê: Amanhã eu trabalho cedo. — Fiz bico.

Josiane: Domingo então.

Mafê: Vamos ver. — Ela emendou outros vários assuntos e acabou que eu terminei de preparar a comida e ainda almocei em ligação com ela. — Amanhã eu acordo cedo, vou deitar um pouquinho.

Josiane: Vê se vem domingo aqui, arrasta a Ana. — Balancei a cabeça mandando beijo pra ela. — Beijos, descansa tá. — Me despedi e desliguei a ligação.

Lavei a louça que eu fiz e fui dormir real, um cochilo pós almoço? Quero nada além disso.

💋 | Braga.
16h36, sexta-feira.

L8: Só de olho em tu catando a mina do teu irmão tá. — Olhei de canto pra ele. Nós dois tava sozinhos na salinha da boca.

Braga: Ih, que história é essa? — Ri nervosa.

L8: Vai falar que não sabia que o Kauê tá comendo a enfermeira lá? — Abri mó olhão pra ele. Mas é claro que eu não sabia disso.

Braga: Papo reto?

L8: Papo reto, fi. — Ele riu da minha cara.

Um novo (re)começoOnde histórias criam vida. Descubra agora