46. Imã

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🎱 | L8.
18h54, sexta-feira.

Flávia: Faz o Henrique vir, Luís, ele não quer nem sair da cama.

Mafê: Criança fica sentimental assim mesmo. — A Flávia tinha contado todo o caô pra Maria e as duas super se deram bem, estavam conversando desde a hora que descemos.

L8: Tem essa não. — Deixei as duas na cozinha e subi pro quarto bater um papo com o moleque. — Aí. — Cheguei perto, vendo ele encolhido no centro da cama gigante. — Levanta aí neguin, bora jantar.

Henrique: Não quero. — Falou de olhos fechados, o bico do tamanho do mundo.

L8: Vai ficar nessa mesmo? — Mexi nos fios do seu cabelo, olhando ele afundar a cabeça no travesseiro. — Tua mãe fez um rango pra gente.

Henrique: A comida dela é ruim. — A voz saiu abafada e eu não segurei o risada alta.

Ouvi o ruído da porta e a Mafê colocou a cabeça pra dentro do quarto, me olhando como se perguntasse se podia entrar.

L8: Tem visita aí pra tu.

Henrique: Não quero ver ninguém.

Mafê: Nem eu? Poxa, assim eu vou embora. — Foi ouvir a voz da nega que ele afastou o travesseiro do rosto e virou a cabeça curioso procurando ela no quarto. — Tô indo embora então.

Henrique: Não... — Ele se sentou na cama com cara de manhoso. — Não vai ficar?

Mafê: Só se você der aquele sorriso bonito e vir me abraçar. — Ela chegou perto e parou na frente da cama abrindo os braços para ele a abraçar. Ele não hesitou em se jogar nos braços dela, ainda em cima da cama.

Maluco, mina me prendeu ali só pela forma que tratou meu moleque. Coisa que nenhuma anterior teve paciência e carinho de fazer. — Aí, não fica mais bonito com um sorriso no rosto? - Ela apertou a bochecha dele, que sorria de orelha a orelha.

Henrique: Porquê não disse antes que ela tava aqui? — Me olhou agarrado no pescoço da morena.

L8: Mó vacilão você, me viu mais cedo e nem falar comigo falou. — Apontei o dedo rindo. — Aí pra ela tá cheio de graça. — Ele tombou a cabeça para trás, dando uma gargalhada gostosa.

Henrique puxou minha mão e me fez abraçá-lo ainda no colo da Mafê. A posição fez eu ficar com o rosto próximo do dela e eu me estiquei pra deixar um selinho na sua boca, murmurando um agradecimento. — Valeu aí. — Ela piscou de volta e eu me afastei olhando o safado do Henrique.

Mafê: Vamos lá jantar, pode ser?

Henrique: Combinado, parceira. — Fez toque com ela e saltou na cama pra poder descer. — Mas não fala pra minha mãe que eu disse que a comida dela é ruim. — Balancei a cabeça sorrindo.

Ele abriu a porta do quarto e foi na frente bem mais animado.

L8: Tu tem um efeito nas pessoas, que doideira mané. — Olhei pra ela sorrindo, envolvendo a sua cintura com meus braços.

Mafê: Bobo. — Riu devolvendo o selinho. — Vamos que eu estou com fome. — Saí do quarto abraçado nela, mulher tinha um imã do caralho, meu corpo não sabia e muito menos queria desgrudar.

Flávia: Depois quero saber o segredo pra convencer esse molequinho aqui. — Disse assim que a Mafê entrou na cozinha.

Mafê: Ele tem um gênio forte, não é? — Comentou. As duas olharam para o Henrique, que estava mais que entretido no celular.

Um novo (re)começoOnde histórias criam vida. Descubra agora