40. De volta

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🐆 | Maria Fernanda.
21h34, sábado.

E depois de um tempo afastada, lá estava eu na minha casa em Vigário, entrei no meu lar sozinha, as sacolas de roupas ainda se encontravam do mesmo jeito que eu deixei naquela noite.

Peguei elas indo pro meu quarto e eu tentei não lembrar do que aconteceu ali, mas era impossível. Controlei a respiração para não cair no choro e me desesperar.

Fui até meu guarda-roupa e abri guardando as peças novas para que eu distraísse a mente.

Estar aqui já não me deixava confortável e eu já havia pensado em procurar um outro lugar para morar.

Essa casa era minha, estava no meu nome, mas nada me impedia de colocar pra alugar ou até mesmo vender e ir pra um outro canto.

Ontem a noite eu me desentendi com o Mateus, nossa conversa tomou um rumo que não estava nos meus planos, ele me cobrou uma decisão que eu não tinha de imediato, então simplesmente agradeci pelo cuidado e estadia em sua casa e juntei minhas coisas para retornar para Vigário assim que o dia clareou.

Ele não achou ruim eu ir embora, tão pouco insistiu para que eu ficasse. Pelo contrário, me mandou meter o pé já que minha intenção era apenas brincar com o seu sentimento, segundo suas palavras.

Fiquei chateada pela forma que ele falou comigo, mas ao chegar no baile e encontrar ele com uma qualquer no colo enquanto a beijava, deixando bem claro que não existia porra de sentimento nenhum, fiquei puta porque se fosse pra ele ficar com outra ele poderia muito bem ter feito lá na puta que pariu em Lucas, mas preferiu vir esfregar na minha cara aqui no baile, pois sabia que eu iria comparecer.

Ana Alice: Não vem achar ruim. — Alice comentou baixo do meu lado me guiando pra longe do Mateus, que se quer olhou nos meus olhos.

Mafê: Dizia tanto que tava afim de mim, que me amava... — Falei com o deboche carregado na voz.

Ana Alice: Se liga Mafê, teu bofe dois tá bem ali. — Ela falou e eu não me dei o trabalho de procurar, sabia que ele estaria por ali.

Mafê: Outro que vai me dar dor de cabeça. — Falei baixo, sabia que tinha que conversar com ele, explicar do meu sumiço e dar uma justificativa.

Ana Alice: Você gosta de problema que eu sei. — Ela riu.

Mafê: Adoro sim. — Sorri nervosa, indo com ela até o Leozinho, que estava acompanhado da Carolina.

🎱 | L8.
23h12, sábado.

O cheiro bom do perfume dela chegou até mim antes mesmo dela aparecer na minha frente, ouvi sua voz distante junto da amiga e virei encontrando a Mafê, estava de costas pra mim, o vestido justo caía muito bem nela, a cor clara contrastava com os longos cabelos escuros. Ela não perdia a mania de colocar uma mecha atrás da orelha e agora estava andando até o Leozinho.

A nega sumiu do meu mapa, não retornando minhas ligações e nem respondendo minhas mensagens, depois da segunda semana eu parei de insistir e toquei minha vida. Mas ela estava ali de volta, na minha frente e eu fiquei desconfortável com a sensação dela perto.

Braga: Ela parece bem melhor. — A Braga comentou do meu lado e eu desviei o olhar da morena pra encarar ela.

L8: Que bom.

Braga: Não vai lá?

L8: E tem pra que ir? — Arqueei a sobrancelha.

Braga: Alice falou comigo que ela não está namorando o Teteu, como ele vive explanando.

Um novo (re)começoOnde histórias criam vida. Descubra agora