ᴛʀɪɴᴛᴀ ᴇ ᴛʀᴇ̂s

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Estar no hospital depois de muito tempo é uma sensação estranha

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Estar no hospital depois de muito tempo é uma sensação estranha. A situação tinha saído de controle e nem Sav sabia o que fazer, já que da última vez, a mãe estava presente então foi mais fácil.

As horas se passavam e nenhuma notícia até agora, somente eu e Alex estávamos acordados. E então, resolvi falar algo.

———— É a primeira vez que ele age assim. Ele nunca me bateu e sei que nunca me bateria.

———— Eu sei disso.

Pode até saber, mas qualquer um teria pensado nessa situação.

———— É só uma situação difícil, a mãe dele morreu há alguns meses e aí ele acaba desconta no cigarro. A Sav pediu para parar, e então veio a crise.

———— Eu entendo. ———— diz ———— Meu pai faz a mesma coisa.

Não vejo Alex há quase cinco anos, não sei de quase nada que aconteceu na vida dele nesses últimos tempos. Infelizmente, perdemos o contato.

———— Sinto muito.

———— Eu também sinto. Sei que essa situação é difícil.

Sorri e apoio minha cabeça em seu ombro. Quase três horas se passam e nada, já tinha casando de ficar sentada na poltrona e fiquei andando pelos corredores. Até peguei um café para poder continuar acordada.

Voltei para a sala de espera e as meninas já tinham acordado. Balanço a cabeça, significando que nenhuma notícia apareceu.

Esse momento é tão agonizante, você fica esperando notícias que podem ser boas ou ruins. Isso me lembra muito os momentos do câncer do meu pai, onde passei muitas noites no hospital esperando que ele melhorasse.

Assim que vejo o médico responsável, meu coração dispara. É o pior momento agora: as notícias.

———— Como ele está? ———— Sav foi a primeira a perguntar.

———— Estava sedado, por isso não conseguimos dar notícias, mas agora a situação está mais controlada e ele está mais calmo. ———— diz ———— Além disso, talvez a única preocupação é a mão esquerda que quebrou. O que aconteceu, afinal?

———— Socou a parede com muita força.

———— E isso tem a ver com seu olho roxo? ———— se virou para mim.

Claro, eu deveria saber que poderia haver esse tipo de pergunta.

———— Não.

———— Quanto tempo de internação?

———— Dois dias, e o hospital recomenda uma internação em uma clínica.

———— Meu irmão não vai para uma clínica.

———— Será que a gente pode ver ele? ———— Sabina fala, cortando o assunto.

———— Claro, me acompanhem.

Quero morrer quando entro no quarto. Todas as lembranças que tenho com meu pai, a maioria, pode se dizer, que foi nesse local. Não consigo ficar aqui. Saio do hospital o mais rápido possível.

ᴍʏ ʙᴇsᴛ ғʀɪᴇɴᴅ's ᴄᴏᴜsɪɴOnde histórias criam vida. Descubra agora