6. Fotos

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OKANE

Era guerra o que ele queria? Muito bem! Era guerra que ele teria.

Depois de sair do vestiário e perceber que o Luka não estava mais no Empório e, aparentemente, estava me dando um perdido, nem precisei fazer muito esforço pra encontrar ele, já que suas amigas fizeram o favor de postar um story no shopping com ele aparecendo no fundo, então eu soube exatamente pra onde ir.

Ele não ficou nada contente quando eu apareci lá, deu pra ver em seus olhos, mas não teria outra escolha a não ser me aturar indo a todos os lugares com ele e seus amigos. Mas pior mesmo, foi quando ele foi sair do shopping e eu fui junto.

— Oh, o que você acha que tá fazendo?– pergunta ao me ver entrar no carro junto com ele.

— Olha só, caso ainda não tenha entendido, eu sou seu segurança particular. Logo, eu tenho que ir contigo a todos os lugares que você vai.

— Sim, gênio. Eu já entendi que não dá pra fugir do fato que você é praticamente a minha sombra agora. Mas eu ainda não entendi o que isso tem a ver com o fato de você estar no mesmo carro que eu!

— Como você espera que eu te acompanhe se eu não for no seu carro senhor Colucci?

— Sei lá, pega um táxi, um uber, um ônibus ou algum transporte alternativo de pobre que você é acostumado a usar!— diz e reviro os olhos.— E outra coisa: se vou ser obrigado a conviver contigo, não me chame de senhor Colucci. Isso me lembra meu pai e não preciso ser lembrado que sou filho dele mais do que já sou!– diz e sua fala me deixa um pouco intrigado. Então...quer dizer que o grande Marcelo Colucci não é um pai tão bom assim? Interessante...

— E como quer ser chamado?

— De Luka! – diz dando de ombros como se fosse óbvio.

— Tá legal então, Lukas...– digo errado de propósito, so pra irritar ele, que faz uma careta

— É Luka! Repete comigo: Lu-ka. Não Lukas...– diz irritado e começo a rir.– E pare de rir. Não dei permissão pra fazer isso!

— Que pena que nisso você não pode mandar em mim!– digo rindo mais ainda– E se quer que eu te chame de Luka, pode me chamar de Okane.— digo e dessa vez ele é quem começa a rir.

— Que apelido merda! Parece nome de sushi. – diz ainda rindo.

— Olha, você sabe sorrir...— observo isso é ele para.

— Você não vai me deixar em paz, né?

— Eu avisei. Torne fácil e será fácil, mas se tornar difícil, será ainda pior!— encerro num sorriso

— Você tá adorando isso, né?— pergunta. – Saber que eu não posso dizer não pra essa droga porque meu pai quem pediu e te contratou.

— Mas é claro. Vou ser muito bem recompensado quando tudo isso terminar. Pode ter certeza!– digo dando uma piscada pra ele, que revira os olhos e dá partida no carro, sem nem entender que eu não me referia à retribuição financeira, mas sim à lavagem de alma que ver aquela família destruída me causaria.– A gente vai pra onde agora?

— Um terreno baldio bem isolado, onde eu vou matar você com requintes de crueldade, esquartejar seu corpo em mil pedaços e me livrar deles...– diz com um sorriso psicopata, que me faz engolir em seco, devo admitir.– É brincadeira tá? Mas poderia não ser. E respondendo à sua pergunta. Tô indo trabalhar!

— Uau, você trabalha então?– pergunto fingindo choque.

— Engraçadinho. Você achou o que? Que a minha profissão era ser herdeiro?

— Talvez...Mas você trabalha do que?

— Modelo. De algumas marcas famosas. – diz sorrindo.– E tenho ensaio de uma delas daqui a pouco.

— Entendi...— digo assentindo e deixo que ele continue dirigindo até o lugar do tal ensaio, organizando as informações que eu sabia até agora.

1. Luka e Marcelo não se dão muito bem
2. O Marcelo confia em mim por ter salvado o filho dele.
3. Vou ter que me mudar pra casa deles, o que significa que vou estar ainda mais perto de descobrir que Marcelo matou o próprio pai.

— Ei! A gente chegou!— diz estalando os dedos na minha frente.– Você tem que abrir a porta pra mim também?

— Não, né? Para de palhaçada!– digo e saio do carro, olhando para os lados enquanto Luka anda até o estúdio em que seriam as fotos.

— Vou trocar de roupa. Posso ir sozinho ou você tem ir pro vestiário comigo?

— Você não vai parar com essas piadinhas não?

— Eu tenho que achar alguma graça nessa merda de situação né? – diz e se afasta de mim, indo realmente trocar de roupa.

Me sento num dos sofás que tinham no estúdio e começo a ler uma das revistas, pra matar o tempo, até Luka voltar...

E puta que pariu!

Ele estava sem camisa e todo arrumado pra sessão de fotos. E eu seria louco se não admitisse que ele é muito bonito. Mais ainda quando não está sendo um mimadinho irritante, mas é, muito bonito. E trato de não ficar encarando muito, pra que ele não perceba que eu estava olhando e volto a ler a revista, embora não consiga me concentrar na leitura.

Passamos a tarde inteira ali e eu não consegui passar de duas páginas da revista, que servia mais pra disfarçar as encaradas que eu dava no Luka, do que pra ler.

— Vamos? Já terminei aqui! – pergunta me chamando.

— Então quer dizer que você não vai embora sem mim?

— Não, não. Esse truque já ficou batido...tenho que pensar em algo mais...surpreendente!– diz e faço uma careta.– E acho que você tem que se mudar pra minha casa né?

— Infelizmente...– digo.

— Porque é muito provável que vão querer atacar lá em casa, depois de ter um mar de seguranças e...você.– me olha– Só na cabeça do meu pai...Mas enfim, se quiser, a gente passa pela sua casa e pega suas coisas de lá. Tô indo pra casa mesmo...

— O que...Meu Deus será que já sequestraram o Luka e trocaram ele por outro? – pergunto.

— Olha só, seu engraçadinho! Eu posso te largar aqui e fazer você ir a pé!– diz.

— Não é só voce que pode fazer piadas, queridinho!– e sorrio pra ele, enquanto andamos pro carro. Eu não seria tão orgulhoso a ponto de não aceitar a carona. Algo me dizia que esses momentos do Luka sendo bonzinho são raros. É melhor aproveitar...

Okane, para de ser gay

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Okane, para de ser gay.
Paro naoooo

Isso pq é o primeiro dia deles juntos. Ainda tem chão pra essa história, hein?

Prevejo flashbacks dos babies Luka e Okane brincando juntos no próximo capítulo 🤭

Lo siento | LukaneOnde histórias criam vida. Descubra agora