Oscar Cabarra Negrete cresceu com o desejo de vingança contra a família Colucci em seu coração, após seu pai ter passado anos preso por um crime que não cometeu e sua família ter passado diversas dificuldades.
Após a morte do pai, Okane, como é con...
— Então vocês dois armaram tudo isso bem debaixo do meu nariz?– Luka pergunta na vídeochamada que tínhamos feito com seu pai, pra anunciar a ele que tínhamos voltado.
— Sim, filho. Planejamos tudo sem que você desconfiasse. Toda a história do trabalho foi inventada por mim. O Oscar viajou pra Acapulco ontem, conforme combinado.
— Aí, foi só contratar um motorista e pedir pra ele trocar de lugar comigo na hora certa.— completo rindo.
— Olha só, vocês podiam ter me matado do coração, sabiam? Esqueceram que eu quase fui sequestrado?
— Para de drama, garoto. O importante é que deu certo e vocês estão juntos agora. Estou feliz demais por isso.
— Ele também estaria.– digo sorrindo e Marcelo assente, pensando no meu pai. Luka me abraça. Fico imaginando ele ali, do lado do Marcelo, sorrindo abraçado a ele assim como eu estava com o Luka. Ele com certeza estaria radiante.
— Vocês dois lembram tanto a gente na idade de vocês. É como se eu estivesse vendo um espelho na minha frente. Mas enfim...divirtam-se. O Luka conhece essa cidade como a palma da mão, Oscar. Ele vai adorar te apresentar. Preciso resolver algumas coisas da empresa, meninos. Até mais.– e se despede, desligando em seguida.
— Eles se amavam tanto, né?– Luka pergunta e assinto.– Eu vejo tanta dor no olhar do meu pai quando ele pensa no que eles não puderam viver. Tudo isso por causa dessa maldito assassinato.
— Não foi só a vida do seu avô que foi tirada nesse dia. A vida dos nossos pais e a nossa também foi.– digo e ele assente.– Eu só quero justiça, por todos nós.
— Então...– Luka pergunta enquanto brinca com meus dedos, entrelaçados aos seus.— Agora que meu pai meio que foi...nosso cupido e que a gente sabe que nossos pais tiveram um romance, então não foi nenhum deles, quem você acha que foi?
— Acho que você tava certo– digo e ele sorri pra mim, me mandando continuar.– Agora eu...tenho quase certeza que foi o Gus.
— Ele sabia de tudo sobre você?
— Desde o começo. Até me ajudou, jurando que foi o seu pai. Quando eu...disse que desistiria da vingança por você ele simplesmente surtou e fez o que fez na sua festa.
— Que filho da puta. Mas por que ele mataria meu avô?
— É o que a gente tem que descobrir. Posso contar contigo?
— Sempre. Adoro um desafio, não sei se sabe...
— É mesmo? Eu nunca perceberia.
— Eu imaginei. Mas meu maior desafio, até hoje, foi fazer um cara marrento e teimoso admitir que estava apaixonado por mim. Oh carinha que me deu uma canseira!
— E você conseguiu fazer ele se apaixonar por você?
— Consegui. E hoje ele não vive sem mim...— diz e se aproxima de mim, pra me beijar.
— Não sei de onde você tirou isso...– digo e sorrio pra ele.– Você percebeu que a história se repete? Nossos...pais se apaixonaram, aí a gente se apaixonou.
— Só espero que a nossa história não termine com você sendo preso injustamente na minha frente.— ele brinca e rio.
— Não vai, não. Vai terminar com a gente bem velhinho e ainda discutindo por tudo. – digo sorrindo e lhe roubo outro beijo.
— Não tenho dúvidas...— diz sorrindo.– Eu te amo.
— Eu te amo mais...— digo e ele me abraça, depois de beijar minha bochecha.
— Pra onde você quer ir amanhã? Tenho tantas coisas pra te mostrar aqui!
— Tenho certeza que eu vou gostar de tudo. Então...vou deixar você escolher pra onde vai me levar.
— Uh, gostei disso...– diz– Mas...aproveitando que você tá com o computador ligado, a gente pode dar uma olhada no processo do seu pai. Você tem ele aí, né?
— Tenho...mas foi o Gus quem me mandou. Naquela época que a gente se aproximou e que você achou estranho.
— Então você tá dizendo que ele pensou em tudo? Ele viu que você poderia descobrir tudo e agiu mais rápido que você, pra te manipular...
— Exatamente. E eu não sei até que ponto o que tá aqui é verdadeiro e até onde ele adulterou, mas...tem algumas coisas estranhas. Principalmente o fato de que todas as informações estão muito bem colocadas e super coincidentes. Todo mundo disse a mesmissima coisa, sem um ponto ou vírgula fora do lugar. Nem se o culpado fosse realmente o meu pai, teria possibilidade dos depoimentos coincidirem tanto assim.
— O que quer dizer que realmente armaram.
— Exato! No começo, eu pensei que tinha sido seu pai, mas não...o que deixa a única pessoa que tinha acesso a todo o andamento do processo como nosso suspeito...
— O Gus. Então já ficou claro que ele adulterou o processo, pra te fazer pensar que foi meu pai.
— Pois é. Precisamos ir atrás das testemunhas. Eles são a única chave pra gente provar que o meu pai é inocente...
— Mas todas sumiram do mapa depois do julgamento.– Luka argumenta.– Vai ser difícil demais de encontrar alguma delas. Ainda mais uma disposta a ajudar a gente.
— Você tem razão. Mas que outra escolha a gente tem? Precisamos fazer isso...
— Tá legal. Vou te ajudar. É só falar do que precisa que eu faça.
— Obrigado. Mas não vou te deixar fazer nada sozinho, ainda mais quando o Gus é o principal suspeito . Nós somos uma dupla e o que tivermos que fazer, vamos fazer juntos...
— Você sempre me protegendo, hein?– diz e sorrio.
— Desde criança você adora se meter em perigo, aí tenho que fazer isso.– digo beijando ele.– Mas é sério, toma cuidado a partir de agora. E fica de olho no Gus. A gente não sabe o que ele pode armar agora, ainda mais se souber que a gente voltou.
— Verdade. A gente tem que tomar cuidado a partir de agora, ou vamos colocar tudo a perder. E isso é tudo que a gente não quer.– diz e assinto.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Reta finaaaal. Acho que tem uns três ou quatro capítulos pela frente. E o epílogo.