Concentre-se

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Não consigo acreditar que ontem ele estava me pedindo em casamento e agora nem sei se está vivo. Busco em minhas memórias para ver se encontro alguma pista das pessoas que o pegaram, mas só consigo lembrar das máscaras pretas e as armas apontadas para nós. Tom se coloca na minha frente e vejo quando dá um solavanco para trás e é puxado para frente em seguida. "TOM" grito, quando eles o puxam semiacordado, com o rosto sangrando. Minutos antes suas mãos quentes acariciavam meu cabelo e agora ele está preso em algum lugar. Quando as armas foram apontadas, ele se colocou em minha frente. Tampou a visão dos homens mascarados, para que não me ferissem. Como eu queria que ele não tivesse feito isso e eu fosse levada em seu lugar. Puxo meus joelhos até o peito e fecho os olhos. "Tom" sussurro e deixo as lágrimas inundarem meus olhos. 

Ontem, enquanto estávamos deitados na cama, passava os dedos em sua barriga definida e admirava seu rosto. Ele é tão lindo que é de tirar o fôlego.

- Gosta do que vê? - dá aquele sorriso gostoso.

- Você é tão lindo - digo - Eu amo o que vejo - selo nossos lábios.

Ele vem para cima de mim e o puxo pelas tranças. Me beija de forma apaixonada, com sua língua deslizando sobre a minha. Seu corpo aquece o meu, sua excitação começa a ficar evidente e suas mãos apertam minha cintura.

- Você não cansa? - pergunto, com um sorriso nos lábios.

- De você? Nunca - volta a me beijar e nossos corpos de unem. 

A porta se abrindo me desvia das lembranças com Tom. Spencer, Hanna, Aria e Georgia entram no quarto e me abraçam apertado. Choro, deixando todo o medo vir a tona. Elas se sentam na cama comigo e seguram minha mão e acariciam minhas costas.

- Como está se sentindo? - Georgia pergunta.

- Ontem ele estava me pedindo em casamento e agora está sei lá onde.

- Você não conseguiu ver o rosto dos sequestradores? - Spencer pergunta e faço que não com a cabeça. 

- Eles vão encontrá-lo - Hanna fala, apertando minha mão - Caleb me disse que antes de vocês virem para cá, traçaram um plano para casos como esses - a encaro, sem entender.

- Como assim? 

- Caleb estava trabalhando em dispositivos rastreadores - Hanna explica - Para caso você fosse sequestrada novamente, eles conseguirem te rastrear - ela aponta para o meu colar e o toco. Tiro do pescoço e procuro o dispositivo. É tão pequeno, que se ela não tivesse dito isso, eu confundiria fácil com um adereço do pingente. 

- Ele está usando um rastreador? - pergunto - Hanna?

- E-eu não sei, eles nos pediram para ficar com você - diz. 

Levanto de sobressalto e saio em disparada do quarto. Desço as escadas, notando a movimentação próximo ao escritório. Um dos seguranças está saindo e entro sem pedir licença. Todos que estão no cômodo me encaram, principalmente Bill, Georg, Gustav, Caleb, Liam e Taylor. Bill vem em minha direção e tenta me puxar para fora. Não me movo.

- Vamos para o quarto - Bill fala, enquanto tenta mais uma vez me tirar do escritório.

- Não.

- Bianca... - Bill fala meu nome e o interrompo. 

- Não Bill - falo, sentindo meus olhos marejarem - Eu quero saber o que estão fazendo para encontrá-lo e quero saber agora - eles se olham, sem dizer nada. As lágrimas descem pelos meus olhos e o desespero toma conta da minha mente. 

Criminous Paradise | TOM E BILL KAULITZOnde histórias criam vida. Descubra agora