Criminous Paradise | TOM E BILL KAULITZ

Cinco Meses

O choro de Morgan me faz despertar. Abro os olhos, marejados pelo sono e vejo a hora no relógio: 03:00 AM. Respiro fundo e quando vou me levantar, Bill se mexe e fala "Deixa que eu vou". Ele se senta na beira da cama, coça os olhos e depois coloca a roupa e vai em direção ao quarto da Morgan. Tom me puxa para deitar novamente em seu peito e me aninho nele, deixando o sono tomar conta.

Desde o nascimento da nossa filha, eles têm sido muito companheiros e ótimos pais. Como são dois, dividem todas as tarefas para que eu não me sobrecarregue e consiga distribuir minha atenção entre Henry e Morgan. Henry passa todo o seu tempo brincando ao lado dela.

O primeiro mês foi muito dolorido. A recuperação da cirurgia, as tentativas falhas de amamentar... não consegui produzir leite e isso me deixou muito frustrada. Na última consulta que fiz, a médica me explicou porquê tive complicações no parto. Meu corpo estava sobe muito estresse dos últimos acontecimentos, assim como lesões internas foram causadas quando eu já estava grávida. Certamente isso afetaria de alguma forma o desenvolvimento gestacional.

Dias depois que chegamos em casa, eu e eles conversamos sobre a exposição das crianças, pelo fato de serem pessoas públicas e fazerem o que fazem.

— Eu gostaria de não expor a Morgan a mídia, muito menos aos... contatos de vocês — peço, enquanto nos deitamos na cama — Nem ela e nem Henry, por favor.

—Tudo bem — Tom é o primeiro a falar — Achamos melhor também.

— Tenho medo do que pode acontecer se souberem que vocês tiveram uma filha.

— Nada vai acontecer — Bill garante — Nem com ela, nem com Henry, muito menos com você — me encara — Nossa segurança falhou uma vez, não vai acontecer de novo — aproxima seu rosto do meu e sela nossos lábios.

— Vocês precisam melhorar o sistema de segurança. Não tive dificuldade nenhuma em passar por ele — me olham com curiosidade.

— Você poderia fazer isso por nós —Tom fala, enquanto me aninho em seu colo.

—E tirar o emprego do Caleb? —debocho.

— Trabalha com ele — Bill diz.

— Vou exigir um salário bem alto.

—Você não precisa de salário, tudo o que temos também é seu — Tom diz — Só precisamos oficializar isso — olho para ele, que dá um sorriso travesso.

— Do que você está falando? — pergunto e meu coração palpitar. Ele está falando o que eu acho que está? —Tom?