Confia

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POV's BRASIL

Estava trocando Morgan no quarto da vó Lúcia, quando braços fortes envolvem a minha cintura. Tom beija meu pescoço. A sensação dos seus lábios safados em contato com a minha pele me arrepia.

Que saudade que eu tava de te ver com nós — Bill está escorado na porta. Ele sorri com os olhos, o que o deixa ainda mais bonito. Caminha até mim e envolve meu rosto com suas mãos — Teu lugar é com a gente, ao nosso lado — sela nossos lábios e Tom beija meu ombro.

Tom termina de trocar Morgan e fico com a vó Lúcia até a hora de nos despedirmos.

Me manda foto no Cristo Redentor — peço, enquanto a envolvo em mais um abraço — Tem certeza que não quer vir conosco? Minha casa tem espaço, Vó.

conversamos, querida — beija meu rosto — Que Deus acompanhe vocês se vira para Tom e Bill — Ela é minha única neta, mesmo que não compartilhemos o mesmo DNA, então a protejam com as suas vidas — eles assentem e falam alguma coisa em seu ouvido e ela sorri.

Nos despedimos dela e entramos na Van. Acomodo as crianças nas cadeirinhas e me sento entre Tom e Bill. Apoio minhas costas no peito de Bill e coloco as pernas em cima do Tom, que começa a fazer massagem em meus dedos. Quando o carro pega a estrada, eu apago.

"Acorda, dorminhoca" Bill beija meus cabelos e abro os olhos devagar. Me espreguiço e meu corpo fica ainda mais mole, mas antes de sucumbir ao sono, me levanto, tiro as crianças das cadeirinhas e saímos da van.

Meu celular vibra e uma chuva de mensagens do Will chegam. Percebo que não as mandou agora e sim quando eu estava no sítio. Pergunto como eles estão depois de ontem e o apito de mensagens soa segundos depois.

* Estão bem, é trabalho.

* Queria vê-los antes de ir embora.

Me manda um endereço.

* Estamos aqui, vem logo.

Fico encarando a tela do celular, ponderando se vou ou não. Me levanto e tomo uma ducha rápida, faço uma hidratação básica, passo desodorante e coloco um macacãozinho curto de mangas morcego na cor laranja. O busto é decotado e as costas presas por amarras. Estou secando o cabelo quando o click da porta me faz respirar fundo.  Eles me olham de cima a baixo, mas não falam nada.

Cadê as crianças? — coloco um brinco.

Georg pediu para ficar com eles — Bill responde.

É mais uma desculpa para ficar perto da Georgia, na verdade — Tom fala e dou um sorriso.

Coloco o outro brinco e ajeito o cabelo. Me viro para eles.

Vou encontrar os garotos perdidos — automaticamente o semblante deles muda — Quero me despedir deles.

Telefona — Bill diz.

Eu quero vê-los — eles tensionam a mandíbula — Não vou demorar, quero me despedir deles e vou levar as crianças— pego minha bolsa e jogo o celular para dentro.

Vamos te levar — Tom se levanta e caminha em direção a cômoda.

Suspiro e apenas assinto. Saímos do quarto e Bill fala algo em alemão para o segurança, que passa um rádio. Entro no elevador e os gêmeos param centímetros a frente de mim. A porta de fecha e painel indica os andares que estamos descendo. Em seu código de gêmeos, eles se olham e depois viram para mim e me empurram na parede.

Criminous Paradise | TOM E BILL KAULITZOnde histórias criam vida. Descubra agora