Criminous Paradise | TOM E BILL KAULITZ

Não resista, Tom

Ainda estava me adaptando ao serviço novo. É totalmente diferente do que eu fazia na escola, pois exigia mais planejamento e aprofundamento dos conteúdos. Que é o que eu gosto! Conheci minhas turmas, fiz meu plano do semestre e entreguei para Georgia. Ela se tornou minha melhor companhia no trabalho. Almoçávamos ou tomávamos café juntas sempre e conversávamos sobre as maiores trivialidades da vida.

— Faz meses que não saio com alguém — fala, enquanto caminhamos pelo campus — Nem sei mais como paquerar.

— Mas por quê?

— Sei lá, os homens hoje em dia são muito bobos — dá de ombros.

— Vamos sair juntas qualquer dia desses, fora daqui — dá um sorriso para mim e continuamos caminhando, jogando conversa fora.

[...]

Longos dias se passaram e não vi os Kaulitz com tanta frequência como gostaria. Bill dormiu comigo algumas vezes e Tom apenas ia embora depois que transávamos. Enquanto Bill não tinha receio em querer minha companhia, Tom fazia questão de deixar bem claro que eu não era diferente e não mudaria seus hábitos por mim.

Uns dias antes...

Bill está deitado na cama ao meu lado e Tom termina de colocar seu casaco e sai em direção a porta. Escuto seus passos pelo corredor, levanto correndo e visto a camiseta do Bill.

— Tom — o chamo e ele para no meio da escada, me encarando.

— Oi — fala, seco.

— Quer dormir aqui? — pergunto e paro na sua frente, me encostando no corrimão — A cama é bem grande — dou um sorriso tímido.

Ele parece ter ficado confuso, como se estivesse em dúvida sobre o que responder.

— Bia...

— Por favor, fica — me aproximo e coloco as mãos em seu peito, sentindo ele respirar pesado — Fica — me aproximo mais, ficando a centímetros da sua boca.

Seu olhar desce para minha boca e ele passa a língua em seu piercing. Esse gesto me hipnotiza, faz minha intimidade pulsar de desejo por ele. Meu estomago se contrai e borboletas dançam em minha barriga. Por favor, Tom, não resista... Assim que esse pensamento passa em minha cabeça, ele respira fundo e retira minhas mãos de seu peito, as segurando nas suas.

— Já disse que não durmo com ninguém —  por um momento, parece que sua voz vacilou. Solto o ar que estava prendendo.

— Tudo bem — não consigo esconder minha cara de decepção — Não vou mais pedir — dou um sorriso falso.

Ele se afasta e vai embora, enquanto fico parada, com cara de idiota e sem entender como fui tão trouxa. Porra, Tom, qual é a sua?

[...]

O final de semana chega e os Kaulitz falaram que vamos na boate que Tom me levou. Meu filho, como todos os finais de semana, estava com meus tios, então eu conseguia sair e viver além da maternidade e trabalho. Resolvo convidar Georgia.

— Vou em uma festa hoje, quer ir comigo?

— Ai Bianca, sei não.

— Dançar, beber e dar risada, o que quer mais? 

— Tá, me passa o endereço.

Envio o endereço para Georgia e começo a me arrumar, pois logo eles chegariam para me buscar. Assim que passo meu gloss, escuto a buzina do carro. Dou uma última conferida em minha roupa e vou ao encontro deles.