Criminous Paradise | TOM E BILL KAULITZ

𝐓𝐮𝐫𝐧𝐢𝐧𝐠 𝐏𝐚𝐠𝐞

Chegamos no aeroporto e viro meu rosto para encarar os gêmeos.

— Para onde vamos? — eles apenas sorriem e se levantam.

Tom desafivela o cinto na cadeirinha de Henry e o puxa pela mão e Bill tira Morgan do bebê conforto. Desafivelo meu cinto e me levanto rápido.

— Podem me responder? — eles se viram e apenas sorriem.

— É surpresa! — Bill fala e afaga meu rosto.

Apenas esse toque é capaz de me borbulhar por dentro! Meu raciocínio falha ao vê-lo sorrir dessa forma travessa e não sei como mantenho os pés no chão, quando parece que seu sorriso me faz flutuar. Saio do meu transe quando a mão de Tom toca a minha e me puxa.

— Vamos? — pergunta, sorrindo como se soubesse exatamente o que faz comigo.

— Eu trabal... — seu dedo toca meus lábios e me silencia.

— Apenas relaxa, que já cuidamos de tudo! Vem! — me puxa e somos os últimos a sair do micro.

Abraço todos e vamos em direção ao avião, não é o mesmo que viajei da última vez, sendo bem maior e mais luxuoso. Assim que entramos só confirma o que a visão de fora mostra: a parte interna é enorme e toda a linguagem é em rico e extravagante. Olho para eles e não contenho uma risada. Os bancos são reclináveis e transformam-se em camas que fecham-se em cabines pequenas. Tom me leva até a suíte principal. Uma cama grande de casal, duas poltronas, uma televisão gigante, armário embutido e banheiro privativo. Não digo nada por alguns segundos, ainda absorvendo o que meus olhos enxergam.

— Esse é o nosso quarto! — ele diz de forma tímida e a voz animada de Henry fica cada vez mais alta.

— Nossa! — solto o fôlego e ele sorri.

— Há outros dois quartos, mas são menores que esse. — minha boca se abre, mas não consigo dizer nada. — Um é do Georg, mas ele cedeu para as crianças e outro para Spencer e Gustav. — agora sorrio para ele, me inclino para frente e na ponta dos pés, selo nossos lábios.

O segurança traz nossas malas e apenas largo minha bolsa na cama e vou em direção aos outros. O piloto nos avisa que iremos decolar em alguns minutos, então ajeito as crianças nos assentos e me sento entre eles e Bill ao lado de Henry e Tom ao lado de Morgan. Olho para os outros e todos estão com um sorriso no rosto, felizes! E uma alegria súbita me sobe em todo o peito.

Estamos no ar há cerca de uma hora e a comissária de bordo vem com drinks para nós e suco para as crianças. Estão todos devidamente relaxados e percebo que apenas eu estou incomodada por não saber onde vamos. Me levanto e chamo Spencer para me acompanhar até o quarto.

— Uau, os Kaulitz realmente não poupam em nada! — diz e sorri.

— Para onde estamos indo? — ela trava e dá um pigarro.

— Não faço ideia. — dá de ombros e noto a mentira em seu olhar, que não encontra o meu quando responde.

Spencer foi a primeira que fiz amizade, logo depois conhecemos Aria e dias depois Hanna. Jovens universitárias que matavam-se de estudar e fazer noite das garotas. Spencer foi a primeira que compartilhei alguns segredos, foi a primeira que me abraçou na primeira noite que dormi na sua casa chique da colina e acordei gritando, pois tive um pesadelo. Mesmo com minhas camadas, ela gostou de mim como se eu fosse sua irmã mais nova e a conheço como se ela fosse minha irmã mais velha.