Delegacia de Polícia de Nova Iorque.
28 de março de 2009.
(...)
A delegada Marília Mendonça caminhava apressada pelos corredores, a caminho de seu escritório. Era uma manhã agitada na delegacia, com vários casos para trabalhar. Mas a delegada sabia que tinha um caso em particular que exigia sua atenção urgentemente.
Na delegacia ficava-se um clima tenso, em uma situação de tensão entre Marília, uma delegada de renome, e Maraisa, sua parceira e rival pessoal.
Marília era uma mulher impetuosa e decidida, sempre na busca por justiça. Mas hoje, ela teria que lidar com uma situação difícil de resolver.
— Já disse que não podemos invadir assim, não temos certeza sobre isso. — Marília alegou para o seu chefe. — Ela é mãe e está passando por dificuldades, não tem provas que ela está maltratando a criança…
— A criança ficar mais de três horas sozinha não é suficiente para você? — Maraisa cruzou os braços, interrompendo a outra. — Eu irei invadir aquela casa e chamarei o conselho do telar e ninguém irá me impedir, muito menos você!
Marília não conseguiu esconder um grande suspiro de cansaço ao ouvir as justificativas de Maraisa, em quem ela já não confiava há muito tempo.
Apesar de sua experiência e dedicação, Maraisa muitas vezes tinha uma visão limitada das situações e tendia a agir apenas pelos seus instintos. Mas Marília sabia que não seria fácil encontrar um consenso entre as duas, então tentou manter a calma.
— Está bem, vamos fazer o que é melhor para a criança, mas não me responsabilizo se as consequências forem graves — Disse Marília.
— Não irá bater o pé? Discutir e discordar como das outras vezes? — Maraisa franziu o cenho.
— Tenho coisas melhores para fazer. — Virou sua atenção para o chefe que olhava as duas. — Só saibam que vocês estão tomando uma decisão drástica e errada.
O chefe só balançou a cabeça, parecendo meio perplexo diante da situação. Marília era uma policial comprometida e talentosa, e Maraisa também tinha seus méritos.
Mas as duas não eram de forma alguma amigas, e isso às vezes fazia com que os demais policiais se questionassem sobre a eficácia de seus métodos.
Apesar das divergências, as duas tinham uma coisa em comum: as duas queriam fazer o melhor possível para serem as melhores.
Então, mesmo que a decisão fosse arriscada, elas estavam determinadas a seguir em frente, cada uma com a sua opinião, indiferente do resultado, o importante era uma ganhar como das outras vezes, elas sempre estavam em alguma competição, seja de um caso grande, ou de um caso pequeno.
— Que fique bem claro, se essa criança sofrer, eu não fiz parte disso!
O homem só concordou com a cabeça, demonstrando que a decisão já tinha sido tomada. Ele só aguardava para ver o desenrolar das coisas.
Enquanto Marília caminhava para o seu escritório, Maraisa continuava olhando para ela com reprovação. Era evidente que as duas nunca iriam concordar em nada, mas Marília estava acostumada a lidar com as diferenças.
A delegada abriu a porta do seu escritório e se dirigiu para a sua mesa, sentando-se com força na cadeira.
Marília olhou para a mesa, tentando organizar os pensamentos. No fundo, ela sabia que era preciso agir com cautela e não poderia arriscar o futuro da criança. De repente, uma voz chamou sua atenção.
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Inimigas no Altar | Malila.
FanfictionMarília e Maraisa sempre foram rivais. Mas a delegada se vê obrigada a pedir a ajuda de Maraisa para fingirem ser um casal para convencer a família dela. Entre brigas e mentiras, elas precisarão lidar com suas diferenças e aprender a se conhecer me...