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Delegacia Polícia de Nova Iorque.

17 de julho.

(...)

— Então descobrimos quem fez isso com Maraisa?

— Sim. Foi um manda chuva de uma quadrilha que ela prendeu.

— Então balearam minha noiva por vingança? — Jackson assentiu. — Qual a probabilidade do incêndio ter sido causado pela mesma pessoa?

— Nenhuma. — Jackson jogou os papéis sobre a mesa de Marília. — Também pensei na possibilidade, porém são pessoas totalmente opostas, mas ambas estão presas e pagaram pelo que fizeram com a nossa chefe.

— Mas então quem foi? — Marília perguntou confusa.

Jackson não respondeu, apenas continuou a ler os documentos que tinha na mesa. Marília se aproximou e olhou sobre os papéis, tentando descobrir o que estava escrito.

— Então, o que há nesses papéis é que o baleamento foi causado por outra pessoa, não pelos presos. — Jackson explicou, colocando a mão sobre os papéis. — É um homem que já estamos tentando capturar há muitos anos. Ele é responsável por vários incêndios criminosos em Nova Iorque. Ele é extremamente perigoso. Sem contar a fama de serial killer. Descobrimos também que ele já fez parte da corporação do exército e foi um dos melhores snipers.

— E o incêndio? — A outra se serviu com um pouco de café.

— Foi um curto circuito proposital e causado por um menino adolescente qualquer. Mas quem mandou fazer já está sob custódia.

Marília analisou os papéis com atenção. Ela estava incrivelmente preocupada agora. Olhou para Jackson com medo nos olhos, enquanto ele continuava a ler os papéis em silêncio.

— É o que você está pensando? — Marília perguntou em voz alta, enquanto se aproximava dele.

— Não, mas isso não anula o fato que terão que ter uma atenção redobrada com os dois criminosos sendo presos. Eles podem ainda estar atrás de vingança, então tome cuidado.

— Eu vou tomar. — Marília estava sentindo um pouco de medo, mas não quer mostrar isso para Jackson. — Então, como foi que descobriram sobre o sniper?

— Eles conseguiram rastreá-lo através de uma mancha de sangue durante uma investigação de um assassinato. Ele nunca foi visto, mas as vítimas que sobreviveram aos ataques o descreveram da mesma forma. — Jackson falou calmamente. — Ele é um assassino que se esconde atrás da corporação da lei para levar a cabo seus crimes hediondos. Já sabemos que ele já matou dezenas de pessoas, mas nunca conseguimos capturar o mesmo.

— Mas sabemos que ele estar preso não significa muita coisa e que corremos o risco mesmo assim.

— Exato, é só ter cuidado daqui para frente. — Ele continuou a ler os papéis, parecendo bastante concentrado. — Mas, não se preocupe, Marília. Eles não podem fazer nada a não ser que eles queiram pegar outra condenação para a prisão. — Jackson disse com um sorriso sarcástico, colocando os papéis de volta dentro de uma pasta. — Só tome cuidado, não deixe nada escapar da sua frente. Eles vão tentar algo para se vingar.

— Obrigada, Jackson. É muito bom saber que podemos contar com você para nos ajudar. — Marília concordou calmamente. — Eu sei que eles vão tentar algo, mas tenho certeza que poderei me proteger a mim mesma e a todos ao nosso redor.

— Isso é bom saber. — Jackson se levantou da mesa e virou as costas para Marília. — De qualquer jeito, eu tenho que ir para uma reunião no tribunal. — Ele pegou a pasta com os papéis e saiu da sala.

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