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Delegacia de polícia de Nova Iorque.

25 de maio de 2009.

(...)

— As investigações continuam e descobrimos que colocaram fogo no meu apartamento de maneira proposital. — Maraisa falou frustrada. — Foi um ataque, agora tem que saber quem provocou ele.

— Vamos descobrir juntas, ok?! — Teve seu corpo abraçado por Marília. Apertou a cintura da mesma enquanto deitava sua cabeça no peito da mais velha.

— Isso está sendo tão exaustivo, quando eu penso que irei voltar com minha rotina, da algo errado na reforma.

— Você realmente quer voltar pro seu apartamento? — Marília parecia não estar muito contente com a decisão de Maraisa.

— Hum, eu realmente estou gostando de passar um tempo com sua família e você, mas eu quero voltar um pouco a minha rotina de estar sozinha…

— Mas agora somos namoradas, Maraisa.

— Eu sei, eu sei… — Suspirou. — Só que eu preciso ver se isso é realmente oque eu quero, entende? Não posso ir com pressa e preciso de um tempo para pensar em tudo que aconteceu entre a gente.

— Eu entendo. — Marília disse, tentando levar a situação tranquilamente. — Apenas, por favor, tenha cuidado. — Marília olhou para Maraisa, colocando uma das mãos na cintura de sua namorada. — Você precisa de segurança e não quero que nada de ruim aconteça.

— Não se preocupe, Marília. — O corpo de Maraisa se acercou ao de sua namorada, aconchegando-lhe a cintura mais forte e apertando-lhe a mão. — Eu vou ficar bem. — Deixou que a mão de Marília descesse para sua cintura.

— Tudo bem, então. — Marília pareceu contente ao ouvir isso. — Mas, afinal, como está indo a reforma do seu apartamento? Você sabe quando termina? Eu estou ansiosa por você voltar para sua casa. Mas... — Marília deu uma apertada no quadril de Maraisa. — Quero que você faça o que for melhor para você, sempre, entende?

— Claro que entendo, Marília. — Maraisa parecia relaxada, dando outra apertada na cintura da mais velha. — A reforma está indo bem, eles disseram que termina daqui uma semana.

Sentiu um grande alívio saindo de suas costas. Maraisa não queria ser um fardo para Marília, e parecia que a situação do apartamento tinha tido tal efeito.

— Que ótimo! — Marília parece feliz de ouvir a notícia. — Agora podemos contar os dias para você voltar a sua rotina, de uma forma muito mais relaxada e em sua casa. — Os lábios dela se aproximaram dos de Maraisa. — Só quero que você esteja confortável, o resto não importa.

— Obrigada por ser tão compreensiva e gentil comigo nessa situação, Marília. — A mão de Maraisa acariciou os cabelos da namorada. — Eu realmente não imaginava que seria tão difícil lidar com tudo isso sozinha. E tenho que admitir que você está sendo o meu maior apoio e em nunca iria imaginar que eu estaria precisando tanto de você — Deu um beijo de leve no pescoço da outra. — Estar contigo tem sido algo bom e especial para mim e obrigada por estar me surpreendendo de maneira tão boa nesses últimos meses.

— Não se preocupe, Maraisa. — Marília colocou o olhar no de Maraisa com carinho. — Eu estarei aqui o tempo que for necessário. Você está sendo muito paciente comigo e, para ser sincera, eu realmente preciso saber que você estará segura.

— Obrigada.

Quando os lábios das duas se tocaram, Marília não se conteve e deu um beijo mais longo, e com mais intensidade em Maraisa. Marília continuou beijando a delegada, cada vez com mais intensidade.

 Inimigas no Altar | Malila. Onde histórias criam vida. Descubra agora