Inimigas no Altar | Malila.

03.

Nova Iorque.

29 de Março de 2009.

(...)

Marília acordou pela manhã e abriu os olhos pela claridade que atingia seu quarto. Quando levantou suspirou profundamente olhando para o outro lado da cama vazio, após pensar por um tempo decidiu levantar e começar sua rotina de todos os dias.

Sempre tomava banho, treinava um pouco, corria pelo condomínio, tomava seu café da manhã e ia para o trabalho. Sua rotina era assim, de domingo a domingo sem nenhuma diferença, exceto nas vezes que pegava folga, oque era bem raro, Marília sempre estava ocupada com seu trabalho, priorizava ele acima de qualquer coisa.

Marília se levantou e começou a preparar sua rotina diária. Ela tomou banho, treinou um pouco e correu pelo condomínio em uma tentativa de iniciar seu dia da melhor forma possível. Ela se sentou em seu balcão e tomou seu café da manhã enquanto olhava pela janela, pensativa sobre sua vida. 

Como sempre, ela estava com o pensamento no seu trabalho e estava ansiosa para começar suas investigações. Ela sentia que estava no caminho certo e que iria encontrar a verdade sobre o possível assassinato, ou desaparecimento de Brooke.

— Bom dia. — Seu colega sorriu quando viu a outra entrar na delegacia. Marília descartou o copo descartável que estava bebendo café e sorriu.

— Bom dia. — Suspirou e olhou em volta vendo os outros chegar. — O chefe está aí?

— Sim, mas está em reunião com a delegada Maraisa.

Marília rapidamente sentiu seu sorriso se desfazendo ao ouvir a frase. Maraisa tinha sido mais rápida que ela e provavelmente a outra estava apresentando as provas do caso e suas teorias.

Droga, dessa vez ela não iria ficar com os créditos.

Marília olhou para o seu amigo que parecia ter percebido a irritação dela.

— Ah tá. — Disse ele com um sorrisinho debochado. — Parece que perdeu a hora para começar a investigação e deixar toda a glória para a outra delegada.

Marília se ajeitou nos ombros e saiu para o corredor em busca da outra colega. Ela sabia que agora precisava fazer qualquer coisa para não perder a credibilidade no caso que ela iniciou. 

— Ei Maraisa, tudo bem? — Disse Marília, se aproximando da delegada enquanto a outra conversava com o chefe. — Eu tenho algumas teorias para discutir com você. — Ela estava visivelmente irritada pela outra ter chegado antes.

— Eu não tenho tempo agora. — Disse Maraisa, olhando para Marília com um olhar sério. — Estou conversando com o chefe.

Marília ficou em silêncio, o rosto dela deixou claro seu descontentamento e sua irritação.

— É importante, Maraisa! — Pediu Marília, que estava sem paciência.

— Eu estou conversando com o chefe! — Maraisa se virou para o chefe e voltou a falar com ele. — Estava a caminho de apresentar minhas provas com relação ao caso Brooke e não vou deixar ninguém atrasar os meus trabalhos.

Marília ficou irritada, mas não tinha o que fazer. Ela foi ignorada pela outra delegada e não poderia fazer nada até agora.

— Por favor, Maraisa, eu tenho coisas muito importantes para mostrar para você... — Tentou Marília, mas não foi ouvida.

Maraisa não prestou atenção em Marília, mas continuou falando com o chefe sobre suas teorias e provas.

— Eu não vou dar o crédito para quem não fez nada. Se for para perder tempo com coisas sem sentido, prefiro continuar com minhas próprias investigações.