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Delegacia de polícia de Nova Iorque.

07 de maio de 2009.

(...)

Maraisa pisou naquela delegacia com medo do seu próximo passo. Estava ansiosa para ver oque tinham descoberto sobre o caso de Hanna. — Está tudo bem? — Marília a olhou preocupada. — Sabe que não precisa entrar na sala de interrogatório.

— É... Eu sei. Mas eu quero saber oque aconteceu com Hanna e quem fez isso com ela. — Maraisa parou de falar e a expressão de sua face mudou rapidamente. — Eu vou entrar, de qualquer forma.

Marília pegou o braço de Maraisa, olhando para a outra com expressão preocupada. — Tem certeza de que quer fazer isso? — Marília perguntou, com uma entonação de dúvida na voz.

— Marília, eu sou chefe desse departamento, tenho que resolver isso logo ou não terei paz. — Segurou o braço da mais velha. — Então entra comigo e se eu não conseguir fazer nada, faça por mim. 

— Eu vou estar do seu lado — Marília disse com segurança. — Vou estar lá por você e por Hanna. — E as duas entraram na sala de interrogatório.

Maraisa sentou em uma cadeira e observou a sala. O assassino ainda não tinha chegado. Então ficou esperando os policiais chegarem com o mesmo.

— Minha mãe acabou de mandar mensagem nos convidando para viajar esse final de semana para Las Vegas, uma viagem em família. — Maraisa fitou a loira e sorriu.

— Isso me parece ótimo.

— Ela disse que quer fazer a viagem porque você adora praias, posso confirmar nossa presença?

— Mas não é uma viagem de família, Marília? — Maraisa parecia insegura. — Eu sei que eles pensam que eu sou sua noiva, mas eu não quero ir e… deixar a reforma do meu apartamento, está tendo muitos problemas e essa semana eu terei que resolver. Não vai ser uma semana fácil.

— Eu posso te ajudar com isso. — Marília tocou a mão da delegada sorrindo.

— Obrigada, mas eu consigo resolver meus problemas sozinha, não quero te atrapalhar em nada. — Afastou a mão da outra. — Jackson não está vindo?

— Está sim. — Marília sorriu e começou a bater os dedos na mesa.

A porta foi aberta e Jackson apareceu com uma pasta em mãos. Quando Maraisa olhou um pouco melhor pode ver um homem baixo, com uma roupa laranja e com as mãos e pés acorrentados. Engoliu a seco e acenou para o colega.

— Aqui está o nosso maldito assassino. — Jackson jogou a pasta na mesa. — Ele é todo de vocês, podem encher ele de perguntas. — Colocou as mãos na cintura.

Maraisa viu o homem preso sentar na mesa e ele parecia ter uma expressão fria no rosto. Ele era do tipo que usava óculos e era careca. Era baixo e não tinha um dos melhores físicos.

— Boa tarde, delegadas. — O homem sorriu debochado e olhou as mulheres.

Maraisa pegou a pasta de Jackson e deu uma olhada no conteúdo.

— Ah, obrigado, Jackson. — E deu uma olhada no acusado vendo que o mesmo era advogado. — Boa tarde, Anderson. — Ela disse profissionalmente, mas com uma expressão de raiva nos olhos.

Anderson sorriu debochado e falou com um tom sarcástico.

— Bom, delegada, espero que você esteja preparada para me questionar. — Maraisa não respondeu e apenas o encarou fixamente, com o olhar cheio de  ódio. — Eu sei por que estou preso, e mesmo assim vou lhe dar o prazer de perguntar, mas se você quer algo de mim, diga logo.

 Inimigas no Altar | Malila. Onde histórias criam vida. Descubra agora