Nova Iorque.
06 de maio de 2009.
(...)
Marília arrumava o smoking preto que vestia para aquela noite. Usava uma calça social preta um pouco larga. Vestia um blazer sem nada por baixo expondo seu decote profundo.
Se olhou mais uma vez no espelho e avistou seus próprios lábios em um tom escuro de vermelho. Sorriu e jogou o cabelo para o lado admirada consigo mesma.
Estava se sentindo extremamente sexy e confiante. Há muito tempo não se sentia daquele jeito confiante e digna de um encontro. O frio na barriga era constante a fazendo pensar em mil possibilidades.
— Está linda, minha querida. — Ruth chamou a atenção de Marília ao entrar no quarto.
— Obrigada, mãe. — Sorriu e se virou. — Trouxe os saltos que eu pedi?
— Aqui está. — A mais velha entregou uma caixa a Marília. — Maraisa está se arrumando no meu quarto, vou voltar a ajudar ela.
— Vai lá e obrigada mais uma vez.
Beijou o rosto de Ruth e abriu a caixa retirando o par de saltos da mesma. Calçou os saltos e deu uma pequena passada pelo quarto. Quando viu que já estava pronta passou um perfume forte e foi até onde Maraisa estava.
Deu três batidas na porta e esperou uma resposta. — Ela já está pronta?
— Um minuto. — Ruth falou do outro lado da porta.
— Vou esperar ela lá embaixo.
Ouviu uma confirmação e desceu os degraus da escada com as mãos no bolso.
Estava ansiosa e curiosa para saber como Maraisa podia estar. Se ela estaria de matar. Se estaria um pouco mais simples para o jantar. Qual seria a cor do vestido. Como estaria o cabelo. Ela estava ansiosa para reparar nos mínimos detalhes.
E como se tivesse seus dezessete anos novamente para esperar a primeira namorada para ir ao baile de formatura. Ficou na ponta da escada escorada no corrimão da mesma, apenas esperando Maraisa descer aqueles degraus. Suas mãos soavam constantemente.
A porta se abriu e Maraisa saiu com um vestido vermelho, longo e justo. Suas madeixas negras estavam prendidas em um penteado alto.
A maquiagem da Maraisa estava impecável. O delineado dos olhos puxava a atenção para eles, que brilhavam até no escuro.
A boca escurecida com um batom escuro, quase preto, mas com uma luz quase violeta que escorria pela tinta. O batom realçava os lábios de Maraisa e tornavam os os mais atrativos. Marília então observou mais detalhes. Ela estava hipnotizada.
— Nossa, Maraisa. — A mulher estava com a voz rouca. — Estás belíssima.
— Obrigada, Marília. — Maraisa disse sorrindo. — Você parece estar um pouco nervosa. Você está maravilhosa.
Maraisa sorriu e acenou com a cabeça. — Obrigada, Maraisa.
— Podemos ir? — Maraisa perguntou gentilmente. — A noite está bonita e não podemos desperdiçar o nosso tempo aqui. — Disse com um sorriso gentil nos lábios
— Sim, claro. — Marília respondeu, colocando a mão na cintura da mais nova.
— Onde você vai me levar, Marília? — Quando chegaram na garagem foram até o carro. Marília abriu a porta do passageiro para outra que adentrou no mesmo sorrindo. — Obrigada pela gentileza.
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Inimigas no Altar | Malila.
Fiksi PenggemarMarília e Maraisa sempre foram rivais. Mas a delegada se vê obrigada a pedir a ajuda de Maraisa para fingirem ser um casal para convencer a família dela. Entre brigas e mentiras, elas precisarão lidar com suas diferenças e aprender a se conhecer me...