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Delegacia de polícia de Nova Iorque.

29 de março de 2009.

(...)

Maraisa saiu da sala com as duas pastas em punho, rindo e feliz por ter vencido Marília. Ela sabia que a loira estava confusa por estar sentindo atração pelo corpo da morena, mas Maraisa não tinha qualquer interesse na delegada.

A morena apenas ficava brincando com os sentimentos de Marília por diversão. Era uma diversão fútil e não levaria a nada.

- Olá, chef. - Maraisa fitou o mais velho. - Onde estávamos?

- Iria apresentar as provas.

- Claro, senhor James. - A morena sorriu. - Marília me atrapalhou, agora posso voltar a apresentar o caso, sim?

- Então, disse que conversou com o doutor que deu alta para nossa vítima? - Maraisa assentiu.

- Ela recebeu alta há dois anos.

Maraisa sorriu, ao ver que finalmente poderia seguir com a investigação. Ela sabia das dificuldades que Marília iria causar, mas era a vontade de derrotar a loira que a mantinha firme e forte.

Ela entregou as anotações ao chefe e olhou para o mesmo.

- Eu sei que é um caso complicado, mas há algo de estranho nisso tudo. - Disse a delegada. - Espero que possamos encontrar a verdade e colocar esse assassino atrás das grades, senhora Brooke não é mais uma usuária, ela não desapareceu de repente e peço que abra uma investigação contra a filha da mesma.

O chefe ouviu com atenção Maraisa e franziu o cenho.

- Você poderia me explicar melhor? - Perguntou, com um semblante sério. - O que há de tão diferente disso de qualquer outro caso de desaparecimento na cidade, no seu ponto de vista?

James estava curioso sobre a forma de trabalhar da morena, mesmo que já tivesse sua opinião formada sobre o rumo que as investigações de Maraisa iriam tomar.

- Claro, senhor James. - A morena respirou fundo e se preparou para sua fala. - Marília pode não concordar, mas há algo muito errado em tudo isso, o que ela fez foi apenas uma investigação superficial e não buscou encontrar outras soluções além das duas mais plausíveis. Na verdade, há algo além da superficialidade que a Marília não olhou...

A morena olhou para um dos lados, dando ênfase para quem estava falando.A delegada esperava com ansiedade para dar sua opinião.

- O desaparecimento misterioso da senhora Brooke é algo a mais, eu acredito que seja um homicídio. - A morena olhou para o chefe com um tom mais sério. - Se a senhora Brooke tivesse simplesmente se perdido, algum sinal ou qualquer coisa seria encontrada. Entendo que a família poderia pensar que ela iria ter uma recaída , mas algum sinal disso também teria encontrado as autoridades, se é que é isso que aconteceu.

Maraisa se inclinou para frente e olhou para o chefe, deixando clara a sua certeza.O chefe escutava com atenção a opinião da delegada. - Continua. - Passou a mão sobre sua barba.

- E a filha dela tinha uma relação não tão estável com Brooke, e ela tendo uma dívida com agiotas pode ter tomado uma decisão drástica para conseguir a fortuna, sendo ela a única herdeira. - Maraisa pegou alguns documentos do banco e mostrou ao outro. - Será que agora podemos tratar esse caso como um homicídio culposo ao invés de um simples desaparecimento!?

O chefe olhou os documentos em silêncio, com um olhar pensativo no rosto. Parecia que agora tudo começava a fazer sentido para ele.

- Você está dizendo que a senhora Brooke foi assassinada por sua filha? - O chefe parecia incrédulo, mesmo já suspeitando de algo como isso. - Com que objetivo? - Perguntou.

 Inimigas no Altar | Malila. Onde histórias criam vida. Descubra agora