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Delegacia de Nova  Iorque.

29 de abril de 2009.

(...)

Maraisa estava ao lado de Marília enquanto a mesma interrogava o assassino. O mesmo tinha as mãos e os pés presos. — Quantos crimes você cometeu? — Marília fitou o homem com fúria, Maraisa percebeu o olhar de deboche do outro e fechou o semblante.

— Delegada. — Sua atenção foi para a morena. — Você é linda, seus olhos escuros, seu cabelo preto é perfeito e seu corpo, não tenho oque dizer sobre ele. — Maraisa se encolheu na cadeira um pouco desconfortável. — Se não estivesse preso com toda certeza a chamaria para um encontro. — Marília olhou o outro e bateu na mesa.

— Respeita Maraisa e não dirige a palavra a ela para falar suas imbecilidades! — Praticamente gritou. — Agora responda minhas perguntas, maldito.

— Eu não sei, Marília. — O assassino respondeu de forma fria e olhou para Maraisa. — Eu não sei quantos crimes cometi, mas foi um prazer conhecer você, Maraisa.

Maraisa ficou sem palavras e olhou para Marília. — O que é isso, Marília? — Respondeu com raiva. — Você está deixando ele ficar confortável e ficar com suas brincadeirinhas.

— Eu disse para parar de olhar para ela! — A voz de Marília parecia mais séria do que a normal e sua expressão não esboçava um sorriso. — Agora responda minhas perguntas e pare de falar com ela, ou nós dois teremos problemas.

O assassino olhou novamente para Maraisa e sorriu. — Pode ser, Marilia, nós dois não precisamos de problemas. — Disse o homem calmamente e ficou olhando para o interrogatório. — O que você quer saber, delegada?

— Por que você mata seus alvos? — Deu alguns passos para a frente e olhou para o assassino de forma fria. — Para que você escolhe os alvos? Por que você comete esses assassinatos? — Os dedos de Marília se contorciam no ar e o rosto da mulher ficou ainda mais sério. — Responda minhas perguntas, imbecil! — A voz da mulher era severa e parecia que o assassino poderia tomar um puxão de orelha a qualquer momento.

— Eu mato para poder ter poder, eu não aguento a vida que eu tenho, meu trabalho, minha família e amigos me dão raiva. — Deu um suspiro e olhou para Marília. — Eu escolho minhas vítimas ao acaso, não tenho nenhum objetivo específico, apenas quero matar alguém. — O assassino continuava olhando para Maraisa, sorrindo e fitando os lábios da mesma. — Eu me sinto bem matando, não me importo do seu parecer, delegada.

— Por que você se sente bem matando? — A expressão de raiva da mulher se acentuou enquanto a pergunta era feita e a mão começou a dar tapas na mesa. — Fale, imbecil! — A voz de Marília chegou a ficar bem alta e a expressão da mesma era de fúria. — Por que você fica olhando para ela? — Marília olhou para o assassino. — Qual o seu problema? Você acha que vai conseguir algo com ela?

— O que me interessa é apenas o seu olhar de interesse, sua boca, seu pescoço... — O assassino olhou para Maraisa outra vez. — O seu cabelo, e claro, ela. — Suspirou. — Ela é uma delegada que me interessa, não é por mal não... Mas eu adoraria a ver sem essa roupa.

Marília processou a fala do outro por alguns segundos antes de ir até o mesmo e empurrar a cadeira do homem. — Se você quer saber se vai para o inferno ou não, elogie ela mais uma vez.

— Droga, agora que eu estava começando a fantasiar ela nua.. — Maraisa olhou Marília quando a mesma proferiu um soco no rosto do assassino.

— Por favor, desligue as câmeras do interrogatório.

 Inimigas no Altar | Malila. Onde histórias criam vida. Descubra agora