38.

792 108 88
                                        

Nova Iorque.

16 de julho.

(...)

— Está chegando o seu aniversário, quero te levar em um lugar especial. — Maraisa sentou no colo de Marília sorrindo. Teve seu pescoço beijado e olhou a outra.

— Eu posso saber onde?

— Eu não posso te contar, é uma surpresa. — Maraisa respondeu e deu um beijo a bochecha de Marília. — Vai ser especial, garanto. — Maraisa puxou a mais velha para si e as duas olharam uma para a outra. — Estava com saudades de fazer isso.

— Posso tentar adivinhar? — Maraisa negou com a cabeça.

— Agora temos que ver como seus pais estão. — Suspirou. — Sua mãe está nos chamando para o jantar e Maiara chegará amanhã.

— Ela e o bebê estão bem?

— Sim.

— Já sabemos o que é?

— Ela irá anunciar no almoço com a família reunida. — Deitou o corpo da mais velha na cama. — Hum, sabe o que eu estava pensando?

— Não, me diz.

Maraisa se escorou para frente no colo de Marília, seus braços segurou a outra por inteiro. Com um leve sorriso, olhou para ela com os olhos brilhantes e enxergando tudo por aquela perspectiva embaçada de sedução.

Marília percebeu na hora que Maraisa queria algo mais e seu corpo sentiu uma sensação estranha.

— Ah, podia te pedir uma coisa — Maraisa puxou Marília para si. — Me faça uma massagem nas costas? Por favor? Está doendo e a fisioterapeuta falou que é bom para relaxar os músculos tensos e isso ajuda com a circulação.

Marília concordou com a cabeça e beijou Maraisa. — Claro, meu amor. Eu vou deixar você mais relaxada. Só me espere na cama.

Maraisa assentiu e começou a tirar as peças de roupa deixando as mesmas cair no chão. Ao ficar completamente nua deitou-se de bruços na cama e suspirou.

— Estou te esperando, Marília.

— Onde está o creme que sua fisioterapeuta indicou? Não estou achando. — Maraisa levantou e pegou o lençol enrolando o mesmo no corpo. Quando chegou no closet Marília estava no meio do mesmo parecendo procurar algo.

— Não está na minha gaveta de produtos? — A mais velha negou com a cabeça e a delegada se aproximou.

— Será que minha mãe guardou em algum lugar?

— Ela não entrou no quarto essa semana, não que eu me lembre. — Maraisa suspirou e olhou Marília. — Melhor deixar quieto.

— Mas não está com dor?

— Só um pouco. Posso tomar um relaxante muscular e melhora.

— Eu queria te ajudar com isso.

— Hum, tenho uma ideia melhor. — Puxou as mãos da outra para sua cintura e beijou o queixo da mesma. — E se enchermos a banheira com água quente e ficarmos lá por um tempo. O que me diz?

— É uma ótima ideia! Acho que vai conseguir te relaxar muito bem. — Marília riu e beijou a boca de Maraisa. — Vamo lá.

— Vamos! 

Maraisa agarrou pela mão de Marília e levou a outra até o banheiro. Chegando no banheiro começou a encher a banheira com água quente.

Puxou Marília para si para beijar seus lábios. Com movimentos calmos e suaves, Marília começou a massagear as costas da outra com seus dedos que se moviam para cima e para baixo com uma leve pressão.

 Inimigas no Altar | Malila. Onde histórias criam vida. Descubra agora