Delegacia de polícia de Nova Iorque.
09 de Abril de 2009.
(...)
Marília olhava pela janela transparente Maraisa de um lado para o outro recebendo elogios e parabéns por ter conseguido resolver um caso tão grande em menos de um mês.
Ignorou todos ao lado de fora e fechou a persiana do escritório sentando no sofá pensando que poderia ser ela ali.
Marília sentiu uma mistura de sentimentos diferentes naquele momento. Ela sentia tanto orgulho de Maraisa quanto ciúmes.
Sabia que Maraisa merecia toda a atenção e os elogios por ter resolvido o caso de forma tão rápida e eficiente, mas não podia evitar de ficar com inveja da outra. Ela sabia que se estivesse no lugar dela, também conseguiria ser tão sucesso.
Ao ouvir alguns barulhos vindos da porta, Marília olhou para a frente e viu Maraisa entrar no escritório. A morena deu uma risadinha ao ver o rosto da loira, mas sentiu uma pontada de remorso em seu coração ao ver o olhar triste e de inveja de Marília.
— O que está acontecendo? — Maraisa perguntou sem saber do que era a expressão triste de Marília. — Você está bem?
— Estou, por que não estaria?
— Porque eu roubei seu caso e resolvi ele rápido e estou levando toda glória por isso? — Perguntou de maneira debochada. — A filha da senhora Brooke está presa e mais uma vez eu ganhei pelos meus instintos, isso não te irrita? — Maraisa provocou.
— Eu não estou nem aí pra você. — Marília levantou. — Eu realmente não ligo para oque você faz ou deixa de fazer.
Maraisa sorriu sarcasticamente e bateu palmas para Marília.— Vai, vai e se faz de ofendida. Sei que você está morrendo de ciúmes de mim e, provavelmente, queria muito resolver esse caso. — Continuou falando e gesticulando. — Mas não se preocupe, sua hora vai chegar.
Marília bateu a mão sobre a mesa do escritório e olhou para Maraisa. — Tá bom, tá bom. Eu sei que você está me tirando, mas tem limite para a deboche. — A loira continuou olhando para a outra com um olhar sério. — Você fez um puta trabalho no caso da senhora Brooke e não tenho oque reclamar, mas é o seu ego que não deixa ninguém em paz, principalmente quando se trata de mim. — Marília suspirou.
— Então está triste? — Maraisa riu. — Que bom saber que te afetou tanto assim. — Marília foi até a outra com um olhar de raiva.
— Você não me afetou em porra nenhuma! — Praticamente gritou. — Tenho meus problemas fora daqui e meu mundo não gira em torno de você. Maraisa, perto do que vivo você é insignificante, então para de encher meu saco e some do meu escritório!
— Nossa, agora quem se doeu foi você, né. — Dizia Maraisa em tom sarcástico, se dirigindo a Marília sem se dar o mínimo de importância.
— Só quero que você se retire. — Repetiu Marília em tom sério. — Eu só quero ficar sozinha.
— Oh, que pena. Mas eu não vou sair de bom grado.
Marília se irritou com a atitude de Maraisa e tentou empurrá-la para que a mesma saísse do seu escritório.
— Saia daqui agora! — Dizia com uma voz ríspida.
— Ah, sério? — Maraisa se recusou, fingindo ter ficado aterrorizada. — O que fará se eu não sair? Vai bater em mim? — A morena não deixava de ser sarcástica.
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Inimigas no Altar | Malila.
أدب الهواةMarília e Maraisa sempre foram rivais. Mas a delegada se vê obrigada a pedir a ajuda de Maraisa para fingirem ser um casal para convencer a família dela. Entre brigas e mentiras, elas precisarão lidar com suas diferenças e aprender a se conhecer me...