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Nova Iorque.

04 de maio de 2009.

(...)

- Então o suspeito trabalha em uma empresa de transporte? - Maraisa assentiu. - Ele tem trinta e nove anos, é moreno e a estrutura corporal dele é de um homem de um metro e oitenta.

- Certo. - Maraisa suspirou. - Me dê mais detalhes sobre o corpo e a autópsia de Hanna.

- Bom, a autópsia relatou que ela morreu por asfixia, ela também foi abusada e o corpo de delito constatou que Hanna foi violentada ao menos cinco vezes. - Marília tomou ar antes de continuar. - Teve três costelas fraturadas e o quadril quebrado, detectamos também sangue nos pulmões dela.

- Ela só tinha apenas seis anos e morreu de maneira tão cruel, isso não é justo.

- Não é e nunca será. - Maraisa baixou o olhar. - É difícil lidar com crianças, se quiser sair do caso.

- Vou levar adiante, sou a nova chefe desse departamento e James tem que ver o meu potencial para lidar com essas situações.

- Maraisa, não precisa sofrer com uma situação apenas pra mostrar seu potencial.

- Eu conheço meus limites e irei parar quando ver que não dá pra seguir, ok?

- Certo, então vou continuar. - Marília olhou para Maraisa e deu prosseguimento na investigação. - A autópsia é o processo de dissecação do corpo, o médico forense disse que era uma criança muito saudável e não tinha nenhum trauma.

- Então alguém teve que fazer isso a Hanna. - Maraisa a olhou com uma expressão de raiva. - A Hanna não tinha nenhum problema e foi tirada da vida de uma maneira injusta.

- Exatamente, uma criança de seis anos. - Marília concordou.

- Quem poderia fazer isso? - Maraisa se debruçou sobre a mesa. - Não consigo entender a cabeça de um monstro desses.

- Eu também não. - Marília disse com um suspiro. - A Hanna foi sequestrada quando estava saindo da escola um pouco antes das quatro da tarde.

- Alguém a havia seguido até a escola ou ela foi raptada aleatoriamente? - Maraisa a olhou.

- Pelo que James me falou, o crime aconteceu muito rápido. - Marília estava séria. - Não temos nenhuma informação sobre quem poderia ter feito isso.

- Então temos que continuar pesquisando para tentar encontrar algum vestígio do sequestrador, alguma testemunha que viu alguma coisa ou uma câmera de segurança que possa ter filmado aquele indivíduo.

- Marília, poderia pesquisar as câmeras que tinham por perto?

- Posso fazer isso. - Marília arrastou a cadeira até o computador digitando alguns códigos para ter acesso às câmeras. - Vou mandar alguns interrogatórios pelo seu email, verifique as testemunhas e o histórico dos pais de Hanna.

- Certo.

Maraisa suspirou e começou a verificar os emails e o histórico dos pais de Hanna.

 Inimigas no Altar | Malila. Onde histórias criam vida. Descubra agora