Capítulo 05

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Danna Scott

Abro os olhos lentamente, e fico encarando o teto branco. Olho pro lado e.. Esse não é o meu quarto. Esse não é o meu quarto, onde eu estou?! Me sento na cama rapidamente, oque.. Meu Deus que roupa é essa?! Isso é uma blusa e não é minha, é de um homem.. é de um homem! Puta que pariu Danna, não me diga que você fez merda. Cacete! Olho por baixo do edredom e.. pelo menos estou de calcinha.

Levanto da cama igual o flash, coisa que logo me arrependo de fazer. Minha cabeça começou com uma dor infernal. Desgrama.

Espera aí.. Eu tô lembrando. Eu fui pra balada com a Liese, depois eu bebi.. um pouquinho exageradamente e um homem quase me estrupou. Caralho, depois ainda me perguntam porque não gosto de ir pra esse tipo de lugar.

Espera, o cara gato.. Christian, ou Christopher.. Christopher! O nome dele é Christopher! E eu tô na casa dele, ele me deu carona e.. acho que o meu apartamento tava trancado.

Aos poucos as coisas vão clareando.

Tento levantar da cama outra vez, dessa, mas devagar.. Caminho até a porta, e a abro, saindo em um corredor cheio de portas. O cara deve ser parente do Sílvio Santos.

Desço as escadas, e logo ouço um barulho de panela. Caminho até a porta de onde veio o barulho, encontrando Christopher sem camisa, fazendo panquecas. Eu acho que são panquecas.

Dou uma torce falsa, e ele se vira rapidamente.

- Oh, Buenos dias, morena - diz sorrindo, e com a voz rouca.

Seu cabelo ainda está meio bagunçado, e seu rosto ainda demonstra sono. As marcas de travesseiro em seu corpo me faz deduzir que ele também acordou faz pouco tempo.

- Buenos dias - digo, e ele continua me encarando em silêncio. Logo, percebo pra onde estava olhando - você quer parar de olhar para as minhas pernas? - digo envergonhada, e puxando mais a sua camisa, que em mim, era mais pra um vestido.

- Desculpa - ele diz afastando o olhar - mas.. não é nada que eu já não tenha visto. - fala, me deixando de queixo caído.

- O que?! O que você quer dizer com.. Espera, nós.. - digo fazendo careta, e ele entende o recado.

- Não! Lógico que não, sua tola - ele fala rindo - é só que.. Você não acha que essa blusa foi parar em você magicamente, né? Alguém teve que por.

- Deveria ter me deixado de vestido.

- Você não cansa de ser tão mal agradecida? - diz franzindo a sobrancelha. Eu respiro fundo. Droga! Ele tem razão.

- Tem razão.. me desculpa. Você foi adorável cuidando de mim e só oque eu fiz foi te xingar. Eu fui uma idiota, desculpa. - digo sincera.

- Ok. - ele diz, se virando novamente para continuar o preparo do café.

- Então.. eu acho que chegou minha hora.

- Não vai ficar pro café? - ele diz se virando outra vez.

- Eu não quero incomodar.

- Você jamais incomodaria - ele diz sério - mesmo falando dos elfos e anões. - diz caindo na risada.

- Desculpa? - digo confusa.

- Você tinha que ver você bêbada, quase jurei que você tinha fumado maconha - ele ri ainda mais, e eu reviro os olhos - ainda quer comprar elfos?

- Vai a merda. - digo, e ele dá outra gargalhada.

Ele ficou me zoando por ontem a noite durante umas meia hora, até que finalmente volta a sua atenção pro café.

- Morena, você pode pegar o cereal no segundo armário, por favor? - pergunta e eu assinto.

Caminho até o armário e logo abro o mesmo, merda, é alto demais. Os meus 1,60 não ajudam muito. Fico na pontinha dos pés, e estico o braço. As pontinhas dos meus dedos triscam no cereal. Vamos, Danna.. tá quase..

Faço mais um pouco de esforço, até que sinto duas grandes mãos na minha cintura me levantando do chão. Pego o cereal, e ele me coloca no chão outra vez. Me viro pra ele, e quase que nosso narizes se chocam. Ele está perto. Muito perto.

Me olha com aquele olhar, e Deus.. poderia ficar admirando os seus olhos por horas.

- Aqui está o cereal. - digo baixo, até porque estávamos muito perto um do outro, e entrego a ele o cereal.

Ele pega na caixa, e roça a sua mão na minha propositadamente. Desgraçado.

- Gracias, morena. - ele diz, mas continua em seu lugar. Sem mexer um músculo se quer.

Ele morde o seu lábio inferior, e sua vista desce até os meus lábios.
Ele se aproxima calmamente, e eu dou um passo pra trás, encostando no balcão. Merda.

Ele dá uma risadinha, e se aproxima mais. Suas mãos vão até o balcão atrás de mim, me deixando sem saída.

- Christopher...

- Danna... - ele diz me encarando tão intensamente, que minhas pernas ficam fraca.

- Você pode se afastar, por favor? - digo baixo.

- Você quer que eu me afaste? - pergunta com os lábios roçando em meu pescoço.

Dios mío. Eu não vou aguentar muito, me ajuda!

- Q..quero - minha voz falha assim que ele deposita um beijo em meu pescoço. Ele ri fraco e morde o lábio.

- Tem certeza? - pergunta, e eu não respondo,  desviando meu olhar. Ele pega em meu queixo delicadamente, me fazendo olhar pra ele - olhe para mim quando eu estiver falando. - diz, e eu assinto.

Ele aproxima seu rosto do meu, roçando nosso narizes. Uma de suas mãos fica em minha cintura, enquanto a outra vai até o meu cabelo.

- Sabia.. que eu tenho uma queda por morenas? - pergunta, e eu nego com a cabeça - e você com essa camisa não está ajudando nada..

Ele se aproxima dos meus lábios e sussurra..

- Eres condenamente hermosa, morena..

Ele se aproxima mais, e eu fecho meus olhos já me preparando pro que ia acontecer, até que..

- Christopher! - uma terceira voz surge. Abro meus olhos outra vez, e Christopher bufa.

- Mierda - ele diz fechando os olhos de frustração. Se afasta de mim, me deixando livre das suas garras - isso ainda não acabou muñeca - diz saindo da cozinha.

Solto o ar que eu nem sabia que estava prendendo e passo as mãos em meu cabelo.

Oque estava prestes a acontecer nessa cozinha, senhor?




Continua...
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Minha Morena •• Christopher Vélez Onde histórias criam vida. Descubra agora