Capítulo 19

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Christopher Vélez

Acordo com o barulho do despertador as quatro e meia da manhã. Tenho um voo pro México as seis.

Estou negociando com uma empresa de lá e para isso o mais seguro é fechar contrato pessoalmente. Nesse ramo nunca se sabe oque pode acontecer.

Passo a mão em meu rosto e me levanto. Caminho até o banheiro e em seguida tomo meu banho. Quando acabo, me enxugo com a toalha e depois visto a minha roupa.

Um terno preto.

Já vestido, olho o relógio no meu pulso e vejo que já são cinco horas.

Ligo para o meu motorista e depois mando uma mensagem para Erick perguntando se ele já estava pronto. Como meu braço direito ele costuma ir nas viagens comigo.

Pego a minha mala e depois tranco a casa.

- Bom dia, Christopher!

Ah não, agora não..

- Dona Flor. - me viro para encarar a senhora.

- Faz tanto tempo que não te vejo, menino! Pensei até que tinha se mudado.

Nós nos vimos ontem.

- Eu ainda estou aqui, Dona Flor. - sorrio pequeno.

Meu celular apita, e vejo uma mensagem do meu motorista falando que já chegou.

- E a sua mãe? Como está?

- Está bem. - sorrio educado.

- Oh, estou morrendo de saudades dela. - diz juntando as mãos.

- Eu também.

- E aquela lasanha que ela faz! Hoje eu vou fazer, venho trazer um pedaço pra você.

Até falaria pra ela que estou indo viajar, mas sei que se quer vai lembrar de fazer a lasanha.

- Obrigado, Dona Flor, vou adorar. Agora eu.. tenho que ir. Estou atrasado.

- Ah sim! Claro, vai com Deus, meu filho. - sorri.

- Amém. Fica com Deus também. - digo sorrindo e finalmente entro no elevador.

Já fora do prédio, caminho até o meu carro.

- Adam. - cumprimento meu motorista, entrando no carro em seguida.

- Sr.Vélez. - diz e fecha a minha porta.

Ele rodeia para entrar no carro e em seguida começa a conduzir.

Pego o meu celular e vejo se Erick respondeu a minha mensagem.
Nem visualizou.

- Aeroporto, Sr.Vélez? - Adam pergunta me olhando pelo retrovisor.

- Apartamento do Erick. - digo e ele assente.

Depois de quinze minutos, chegamos no apartamento do cú seco.

Adam abre a minha porta e eu desço, entrando no prédio em passos apressados.

O porteiro acena pra mim e eu aceno de volta. Entro no elevador e em seguida já estou batendo, ou esmurrando, a porta.

Vejo depois de cinco minutos a maçaneta se virar e depois a cara de bosta de Richard.

Entro no apartamento.

- Claro, pode entrar. - escuto a sua voz sarcástica.

- Cadê aquele cara de cú? - pergunto estressado.

- Dormindo igual uma cabra seca. - diz saindo pra cozinha.

Eu fecho os olhos tentando não matar aquele carrapato seco.

Minha Morena •• Christopher Vélez Onde histórias criam vida. Descubra agora