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Meu pai decidiu contratar um guarda-costas pra mim, como se eu fosse algum tipo de imbecil incapaz de me cuidar sozinha.
Aparentemente, o problema sou eu. Meu pai mexe com coisa suja, então qualquer passo que eu dou, é um "risco". Como ele tá sempre viajando e nunca pode estar por perto pra me proteger, resolveu me colocar sob a vigilância de um gigante rude e esquisito.
Eu estava enlouquecendo.
Além daquele ogro ser ENORME e três vezes o meu tamanho, ele é muito esquisito. Simon é enorme, três vezes o meu tamanho, é protetor de um jeito que me deixa desconfortável, e isso me irrita mais do que deveria. Ele sempre tem uma resposta curta e grossa na ponta da língua. O fato dele sempre ser ignorante dá vontade de esbofeteá-lo, descer o cacete nele e depois disso eu provavelmente teria no máximo ter todos meus membros desconectados facilmente.
Mas por um lado, não vou negar..não consigo parar de notar o quão atraente ele é. Tudo naquele homem exala uma masculinidade forte. É ridículo o quanto ele me irrita e me atrai ao mesmo tempo. Eu queria odiar Simon de verdade, só que é impossível.
A maioria das vezes sempre acabo sozinha quando alguém me convida pra sair ou vem passar uma simples noite aqui. Não sei se é o tamanho dele, o jeito que ele olha pra todo mundo, ou o simples fato de que ele consegue fazer qualquer pessoa se sentir um lixo só com a presença dele. Simon é uma montanha de músculos, esquisito. Parece que ele foi esculpido de pedra.
Eu odeio isso. Odeio que mesmo enquanto tô reclamando dele, não consigo tirar os olhos dele. Principalmente daquela balaclava.
Só de eu pensar em chegar perto dele, já sou recebida com aquele tom rude, igual uma pedra. Parece que ele nem me vê como uma pessoa, só um trabalho. Me pego imaginando o que tem por trás daquela balaclava, será que é tão assustador quanto ele parece?
Eu odeio admitir, mas essa dúvida me corroi. E é aí que eu me pego de novo, pensando nele. Droga.
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Ela tava se preparando pra sair de novo essa noite. Já vi esse filme antes.
Ela escolheu um daqueles vestidos que parecia ser costurado com um pedaço de pano. Vermelho, curto e justo, tão justo que parecia moldado ao seu corpo. Como se já não bastasse, ela ainda calçou aquele par de saltos Louboutin que ela adora exibir por aí. Eu a observava se arrumar, tentei não deixar transparecer o quanto isso me incomodava. O vestido abraçava cada maldita curva dela, isso tava me tirando do sério. Cada vez que ela se vestia assim, parecia que estava me testando.
