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Sentei no quarto. Minha mente me forçava a revisitar cada momento, cada olhar que lancei nela naquela maldita prisão. Eu tentava negar, como se fosse possível enterrar uma coisa dessas. E se eu conseguisse evitar, teria feito isso na hora, mas essa maldita mulher entrou na minha cabeça sem aviso nenhum, e ficou. Não dava pra esquecer seu rosto, aqueles olhos cheios, sua pose tão profissional era uma maldição de atraente, e o corpo…Caralho, aquele corpo. Cada vez que tentava afastar esses pensamentos, só piorava.
Fecho os olhos, mas é como se ela estivesse aqui. Só um olhar já era suficiente pra me fazer querer mais.
Inconscientemente, fiz oque faço de melhor, acabei desenhando. No primeiro dia, só queria ver se era capaz de tirá-la da mente. E acabei viciado. Passei dias nisso, traçando cada curva que lembrava, cada detalhe que me fazia pensar nela de um jeito que não devia.
Me deitei na cama e pensei naquela garota, eu nem sei o nome dela..
Mas oque isso importa, fodase.
Não sei o que deu em mim fazer aquilo, quando toquei nos seus braços desci a mão apertando aquela cintura fina com tanta força, que a desgraçads nem percebeu, com aqueles olhos brilhando pra mim parecia até inocente.
Desde que ela me entrevistou vi que tinha belas pernas, aquele batom vermelho em seus lábios. Lembro até do seu jeito de andar, que fazi qualquer homem perder o rumo.
A cada segundo, tudo o que me vinha era imaginar esses olhos me olhando de baixo, aquele cabelo preso na minha mão enquanto os lábios dela me tomavam sem uma palavra. Só ela, daquele jeito, e eu segurando cada maldito fio pra ela não fugir.
— Caralho — Resmungo baixo, passando a mão no rosto, tentando tirar essas imagens da cabeça.
Minha mão desceu quase que por impulso, tentando aliviar uma pressão que estava deixando minhas calças apertadas. Aí, minha cabeça começava a ir longe demais, como se fosse questão de tempo pra eu ver aquela cena se tornar real.
Puxo o ar com força, me recuso a ceder pra essa porra.
Encosto a cabeça na cama e fecho os olhos, mas já é tarde demais. Minha mão desliza apertando o suficiente pra tentar aliviar.
Eu estava duro, parecendo uma rocha. E vai se foder, eu odiei isso. Eu não iria me tocar pensando numa maldita oficial — ou seja lá o que ela fosse.
“Isso é um absurdo, desgraça,” Murmurei.
Minhas mãos cerraram o lençol, o tecido esticando entre meus dedos. Respirei fundo, tentando apagar a imagem daquela cintura apertada nas minhas mãos, mas cada detalhe voltava mais vívido. Era patético estar assim, me deixando levar por uma mulher que nem conhecia direito.
Levantei da cama num pulo. Andei até o banheiro me desfazendo das roupas com a urgência.
O vapor do chuveiro tava quase me sufocando, mas nem assim eu conseguia tirar esses pensamentos da minha cabeça.
