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— ATENDE PORRA! — Gritei, fechando minhas mãos num punho consumido pelo ódio.
Mais uma chamada ignorada, e já era a décima vez que tentava. Após a mensagem ela me enviou uma mensagem, na qual eu quase tive que traduzir.
“Eu jsa eldtou boltado pfra caza”
Meu deus, s/n deve estar morta de bêbada. Nem me dou o trabalho de responder.
Ela saiu, mesmo depois de eu ter deixado bem claro: "Não volta tarde". E o que ela fez? Desobedeceu. Já passava da hora, e nada dela aparecer.
Minha mente começou a rodar com várias merdas que poderiam ter acontecido. Cada cenário pior que o outro, eu já estava ficando louco, morrendo de preocupação. Respirei fundo tentando manter o controle, mas eu já tinha perdido faz tempo.
Eu deveria ir atrás dela? Porra, é claro que eu deveria ter ido. Maldito dia que me rendi ao seu encanto.
— Você vai pagar por isso... — Murmurei entre dentes, desligando a ligação que ela nem se dignou a atender.
Fiquei parado encarando o nada, as mãos fechadas em punhos tão fortes que senti as unhas cravarem na pele. Eu tava trincando os dentes de tanto ódio, cada músculo do meu corpo tenso.
Paro, olhando para o nada pensando se deveria ou não ir atrás. Se eu a encontrasse agora, nem sei o que faria, provavelmente besteira. Passei a mão pelo cabelo, pensando.
Decido em segundos. Pego as chaves do carro e caminho para a garagem em passos rápidos. Paro abruptamente e me viro num pulo ao ouvir um barulho. Meus olhos se estreitam ao vê-la.
Bebada pra caralho, parada na porta.
O alívio que senti sumiu na hora, por raiva.
Como pôde ser tão irresponsável? E se algo tivesse acontecido? Puta que pariu, ela não pensa.
Minhas mãos tremem enquanto a encaro, com queimando ódio nos olhos. Ela nem faz ideia do quanto eu me preocupo, do quanto isso me fode a cabeça.
— Espero que você tenha uma boa explicação pra isso — Cuspo as palavras, segurando pra não explodir.
Cerrei meu punho, minha raiva crescendo novamente e mais forte ao vê-la que ela estava bêbada ao ponto de não dar a mínima para isso, apenas revirou os olhos e começou a caminhar para seu quarto, seus saltos altos ecoando pelo corredor enquanto cambaleava. O arrependimento de ter deixado ela ir pra essa porra de festa tá me corroendo por dentro. Essa vai ser a última vez. Ela vai entender, nem que seja na marra.
Em passos largos, alcancei e a peguei sem esforço, jogando seu corpo por cima do meu ombro.
— Mas que merda é essa?! — Gritou surpresa, batendo nas minhas costas igual uma criança.