Guarda-Costa 2

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╰─►⸙͎ Desejo e raiva

— ATENDE PORRA! — Gritei, fechando minhas mãos num punho consumido pelo ódio

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— ATENDE PORRA! — Gritei, fechando minhas mãos num punho consumido pelo ódio.

Mais uma chamada ignorada, e já era a décima vez que tentava. Após a mensagem ela me enviou uma mensagem, na qual eu quase tive que traduzir.

“Eu jsa eldtou boltado pfra caza”

Meu deus, ela deve estar morta de bêbada. Nem me dou o trabalho de responder.

Ela saiu, mesmo depois de eu ter deixado bem claro: "Não volta tarde". E o que ela fez? Desobedeceu. Já passava da hora, e nada dela aparecer.

Minha mente começou a rodar com várias merdas que poderiam ter acontecido. Cada cenário pior que o outro, eu já estava ficando louco, morrendo de preocupação.
Respirei fundo tentando manter o controle, mas eu já tinha perdido faz tempo.

Eu deveria ir atrás dela? Porra, é claro que eu deveria ter ido.

— Você vai pagar por isso... — Murmurei entre dentes, desligando a ligação que ela nem se dignou a atender.

Fiquei parado encarando o nada, as mãos fechadas em punhos tão fortes que senti as unhas cravarem na pele. Eu tava trincando os dentes de tanto ódio, cada músculo do meu corpo tenso.

Minha mandíbula trincada tentava controlar meu ódio. Paro olhando para o nada pensando se deveria ou não ir atrás dela. Se eu encontrasse ela agora...Eu nem sei o que faria, provavelmente besteira. Passei a mão pelo cabelo, pensando.

Decido em segundos. Pego as chaves do carro e caminho para a garagem em passos rápidos. Paro abruptamente e me viro num pulo ao ouvir um barulho. Meus olhos se estreitam ao vê-la.

Bebada pra caralho, parada na porta.

O alívio que senti sumiu na hora, por raiva.

Como ela pôde ser tão irresponsável? E se algo tivesse acontecido? Puta que pariu, ela não pensa?!

Minhas mãos tremem enquanto a encaro, com queimando ódio nos olhos. Ela nem faz ideia do quanto eu me preocupo, do quanto isso me fode a cabeça.

— Espero que você tenha uma boa explicação pra isso — Cuspo as palavras, segurando pra não explodir.

Cerrei meu punho, minha raiva crescendo novamente e mais forte ao vê-la que ela estava bêbada ao ponto de não dar a mínima para isso, apenas revirou os olhos e começou a caminhar para seu quarto, seus saltos altos ecoando pelo corredor enquanto cambaleava.
O arrependimento de ter deixado ela ir pra essa porra de festa tá me corroendo por dentro.Essa vai ser a última vez. Ela vai entender, nem que seja na marra.

Em passos largos, alcancei ela e a peguei sem esforço, jogando seu corpo por cima do meu ombro.

— Mas que merda é essa?! — Ela gritou surpresa, batendo nas minhas costas igual uma criança.

Darkness - Tenente RileyOnde histórias criam vida. Descubra agora