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Seu salto alto ecoa pelo corredor, o som afiado e certeiro como uma marca de presença. Quando você entra na sala de reunião, é como se o ar se condensasse; as conversas morrem instantaneamente, e todos os olhares se voltam para mim. Meu olhar percorre o ambiente, analisando rapidamente os rostos desconhecidos procurando pelo responsável da equipe 141. Missão urgente, direto ao ponto.
— Desculpe a demora — Mantenho o tom de voz firme e calma. — Alguém sabe onde está o oficial do caso? Preciso falar com ele agora.
Inclino a cabeça em um cumprimento rápido deixando um leve sorriso surgir nos meus lábios avermelhados pelo batom. Mas antes que alguém responda, a porta se abre com uma força inesperada. Um homem alto, de barba marcada e expressão dura, entra na sala.
— Sou eu. Me acompanhe — Ele diz, direto.
Eu observo o rosto sério, as linhas firmes e a autoridade silenciosa que exala. Parece que acabo de conhecer o Capitão Price.
Olho brevemente para o resto da equipe acenando com a cabeça em licença antes de seguir o homem para fora da sala. Caminhamos em silêncio pelo corredor, eu tentando controlar meu nervosismo enquanto respiro fundo. Normalmente, isso não acontece, já encarei situações complicadas, mas dessa vez..
— Já está por dentro do caso Bravo? — Busco uma abertura, algo pra iniciar a conversa.
— Sim, já li os detalhes. Vamos deixar para discutir isso mais tarde. Agora nosso foco é resolver sobre a cadeia do criminoso Ghost — Ele responde com sua voz firme e direta.
Ghost.
Esse nome mexe comigo.
— Não temos tempo pra perder — Finaliza sem rodeios.
Já estudei o perfil, sei o tipo de ameaça que este homem representa.
Já li e reli tudo sobre ele, cada crime, cada detalhe, e mesmo assim, o peso de saber com quem vou lidar não sai da minha cabeça, tenho que juntar toda minha confiança pra entrevistar ele durante as sessões, não deve ser tão ruim. Odeio admitir, mas o maior criminoso desse país me assusta.
Continuamos andando até o Capitão parar diante de uma porta de segurança reforçada. Ele olha pra mim, o olhar sério. A única coisa que se ouve é o som do sistema de segurança destravando.
— Pra ficar claro, essa missão não é só um trabalho qualquer. Confiança é tudo, e ele fareja o medo.
Saimos do QG e estavamos no pátio esperando o resto da equipe. Respiro o ar fresco sentindo o vento balançar meus cabelos.
— Esse cara é perigoso e não podemos nos dar ao luxo de cometer erros. — Disse enquanto se senta em uma das caixas que havia ali.
— Não vamos cometer erro. — Afirmei com seriedade.
