Mais que amigos 3

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É claro que tava bom demais pra ser verdade. Passamos a noite toda fodendo como se o mundo fosse acabar, e agora era só mais um dia de trabalho normal? Claro que alguma coisa ia dar errado.

A equipe começa a jogar conversa fora pra aliviar o clima. Gaz abre a boca pra falar mais alguma coisa, e já senti meu sangue esquentar. Aquela voz me soando como um zumbido irritante no ouvido.

— Ghost, mas você não acha que—

— Eu já falei o que acho. — Interrompi falando friamente.

Meus olhos cravam nele e quase esqueci que estávamos no meio de uma missão, infelizmente não pude o encher de porrada ali mesmo.

— Se você tem algo a mais pra falar, espera até a gente pousar.

O silêncio que se seguiu foi pesado. Gaz fechou a boca sem vontade de continuar depois daquela resposta.

— Ela vai ficar bem? — Gaz perguntou, como se realmente se importasse. Só de ouvir a voz dele falando dela já me subiu o sangue pra cabeça.

— Vai. — Respondi seco e imediato, sem nem olhar na cara dele.

— Parece que ela tava mal ontem também. — Gaz continuou. — Estranho, não?

Quase virei o pescoço pra encarar ele. Porra, estranho é que você tá vivo ainda, isso sim. Eu tenho coisa mais importante agora do que voar no pescoço dele.

— Ela só precisa de descanso. Deixem esse assunto pra lá. — Gaz cutuca.

— Precisamos resolver essa questão, agora que S/n virou alvo. — John começou olhando pra cada um de nós.

— Ela não pode mais sair sozinha. — Cruzei os braços deixando bem claro que isso não era uma sugestão, era uma ordem. Minha ordem.

John concordou com um aceno de cabeça.

Dane-se. Quando se tratava da S/n, não existia discussão. Ela era minha prioridade, sempre.

— Vamo reforçar a segurança. — Disse John, sério como sempre.

— E quem vai ficar de babá? — Johnny perguntou, levantando a sobrancelha, sarcástico.

— Eu cuido disso. — Respondi seco novamente.

Gaz bufou incomodado com isso e percebo, ele já foi abrindo aquela maldita boca de novo.

— Não acha que isso é um pouco demais, não? Ela já tá em casa. Não precisa sufocar a garota.

Eu me virei lentamente na direção dele, cada músculo do meu corpo tensionando.

— Não vou deixar ela sozinha nem por um segundo. — Minhas palavras saem lentas e geladas, encerrando o assunto. — Cada segundo importa. Se der mole, ela tá morta.

Darkness - Tenente RileyOnde histórias criam vida. Descubra agora